A Educação Ambiental e Direitos Humanos
Por: Juliana Siqueira • 4/4/2018 • Resenha • 611 Palavras (3 Páginas) • 220 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
Resenha 2 – Educação Ambiental e Direitos Humanos
O presente texto relata, principalmente, articulações entre a Educação Ambiental (EA) e os direitos humanos. Existe uma crescente percepção da dimensão educativa dos conflitos gerados nessa área. Em projetos e programas de EA há uma extrema necessidade de incorporação de ações educativas visando aspectos de identificação de causas ambientais atreladas aos direitos humanos. Durante a Rio +20 foram realizados diversas movimentos que denunciaram situações de problemas ambientais que violavam os direitos humanos, como exemplo, o texto cita o brutal assassinato de dois pescadores da Baía de Guanabara.
“Qual Educação Ambiental seria necessária para o enfrentamento de violações dos direitos humanos e injustiças socioambientais que acometem populações socioambientalmente vulneráveis? ”. Essa pergunta possibilita um desenvolvimento enorme do texto, apontando a extrema importância da EA na conscientização da população.
A EA vem se consolidando cada dia a mais nas áreas acadêmicas e tem gerados grandes e importantes debates, principalmente, para a consolidação da Política de Educação Ambiental. No entanto, este tema relacionado aos direitos humanos vem sendo pouco trabalhado e pouco discutindo dentro das instituições.
Há uma incorporação do capitalismo na EA: os ditos conservacionistas se alegam a favor da intervenção tecnológica para a conservação do ambiente ou ainda a normalização das condutas institucionais para certa adequação ao ambiente. Tal metodologia é considerada, no texto, como uma “pobreza política de EA”, já que trata somente de adoções de práticas ingênuas que desprezam o conhecimento adquiridos durante os estudos.
A necessidade de se afirmar a EA de forma eficiente surge nesse contexto como uma forma de contribuir na construção de sociedades justas. Com isso, o surgimento da EA crítica é essencial para a construção da sustentabilidade via combate a injustiças ambientais. A EA crítica baseia-se no apoio ao combate das desigualdades socioambientais.
Em 1980 nasce o movimento de Justiça Ambiental, que se apoia em expor que em áreas com maior privação socioeconômica há também a maior falta de investimento em infraestruturas de saneamento, moradias de risco, depósitos de lixos tóxicos. Uma permissa fundamental dessa corrente é que o processo de acumulação de capitais priva certos grupos sociais do acesso aos recursos ambientais/naturais e a qualidade de vida, reafirmando que aqueles que o detêm possuem maiores poderem àqueles que não detêm.
Dentro do movimento da Justiça Ambiental identificamos duas correntes: o movimento contra a contaminação tóxica e o movimento contra o racismo ambiental. O primeiro ganhou notoriedade com o caso da comunidade que viviam frente a poluição por dejetos químicos e já o segundo está mais atrelado aos direitos humanos.
Segundo o autor, falar em injustiças requer entender como essas dimensões de desigualdades ambientais estão ligadas as questões políticas e sociais, apontando também para a valorização do papel dos grupos e comunidades. Dentro desses moldes, temos a Ecologia Política que possui como perspectivas que a crescente acumulação de capital tem demandado
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