A Educação e Diversidade
Por: Marcio Fraiberg Machado • 7/2/2019 • Relatório de pesquisa • 527 Palavras (3 Páginas) • 161 Visualizações
Prof. Marcio Fraiberg Machado
Diversidade e respeito às diferenças
A miscigenação étnica e cultural predominante em nosso país, constroem os indivíduos, especialmente os de tenra idade. A construção do sujeito dar-se-á a partir de suas vivências, partindo de onde nasce, em seu contexto socioeconômico, desembocando na escola e nas vivências que vai adquirindo.
Possui-se todos os tipos de lares, desde aqueles onde carinho e afeto existem e são compartilhados, até aqueles em que alguma forma de brutalidade é praticada (GALLO; WILLIAMS, 2005). Esses ambientes, (des)constroem o indivíduo, obrigando-o a confrontar o dilema de traçar seu destino de acordo ou não com o seu passado. São as atividades educativas que permitem ao indivíduo ampliar sua noção de cidadão, ampliando também sua tolerância às diferenças individuais. Assim, é fundamental a importância da escola no desenvolvimento socioemocional dos educandos em sua relações com os outros (MARTURANO; LOUREIRO, 2003; GRESHAM, 2009). É a escola que permitirá uma possível mudança, que precisa ser de respeito e afeto para com o educando e de valorização de suas vivências.
O respeito à diversidade, especialmente no ambiente escolar, facilita o trabalho e angaria mentes as atividades em grupo. O contato desde cedo, com reforçadores proativos ajuda na construção de um indivíduo atuante. Busca-se como ideal, que todo professor tenha como meta construir um ambiente de respeito e valorização, na construção de cidadãos que possam opinar sobre sua realidade e se proponham a modificá-la, num espírito de coletividade e respeito aos demais.
Situação marcante:
Tive uma aluna branca de olhos muito claros, identificada como "alemoa" pelos colegas, e única na sala. Após as aulas de ciências, foi re-apelidada de "albina". Seus maiores acusadores eram as meninas de etnia negra e morenas, onde diziam que ela não se encaixava na "comunidade" das colegas.
O trabalho foi intenso no sentido de inserir a menina "diferente", por não ser do grupo a que as outras desejariam que fosse. Confesso que trabalhei com a orientadora da escola, pois estamos "meio" que preparados para o contrário, a aceitação do negro, mas não a situação que vimos. Somente após um trabalho de conscientização que teve o título de: Faça aos outros o que deseja que eles façam a você! Que logramos êxito. Nas aulas de ciências, usava imagens de seres humanos sem a pele, apenas com os tecidos aparentes, e questionava de que cor era essa pessoa?
Essas discussões se ampliavam quando questionava por que a cor da pele é mais importante do que a essência do humano, com trabalhos que precisam esquecer a pele e focar nas conquistas.
Referências:
GALLO, A. E.; WILLIAMS, L. C. A. Adolescentes em conflito com a lei: uma revisão dos fatores de risco para a conduta infracional. In: Psicologia: teoria e prática, São Paulo, v. 7, n. 1, p. 8195, 2005.
GRESHAM, F. M. Análise do comportamento aplicada às habilidades sociais. In: DEL PRETTE, Z. A. P.; DEL PRETTE, A. (Org.). Psicologia das habilidades sociais: diversidade teórica e suas implicações. Petrópolis: Vozes, 2009. p. 1756.
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