A Educação na Diversidade
Por: alexfel • 22/4/2019 • Dissertação • 714 Palavras (3 Páginas) • 144 Visualizações
Como as diferenças culturais são trabalhadas na escola e na sala de aula
Quando se trata de diferenças culturais na escola e em sala de aula, surgem diferentes pontos de vistas quanto a integração de povos de culturas diferentes em um mesmo ambiente de aprendizagem. Cabe lembrar que alguns desses pontos de vistas são baseadas em opiniões sem fundamento, geradas muitas vezes por preconceitos.
No texto lido observa-se exemplos de participações na discussão que revelam um preconceito com relação ao povo a ser integrado (no caso os indígenas da etnia mapuche). Muitas vezes pessoas que não pertencem a minoria excluída podem cometer o erro de supor que os integrantes da etnia em questão nutrem algum preconceito contra o primeiro grupo e que a culpa deles não serem mais participantes da sociedade é deles próprios. Esse ponto de vista não leva em consideração as barreiras sociais, linguísticas e até geográficas existentes.
Para uma educação inclusiva ocorrer com eficácia, deve haver primeiramente uma sociedade inclusiva. No caso dos povos indígenas, eles devem ser parte da sociedade ao mesmo tempo que têm sua cultura e tradição respeitadas. Os alunos que não fazem parte desse grupo e que talvez constituam a maioria da sociedade, devem ser ensinados a ver a diversidade como uma riqueza, algo que pode acrescentar à educação de todo. O intercâmbio deve enriquecer os dois lados, valorizando as diferenças e lembrando que em essência as pessoas são todas iguais.
Ainda no texto é levantada a questão sobre o cuidado em não “folclorizar” uma outra cultura. Isso seria um erro, porque diminui todo um conjunto de tradições e costumes a hábitos que o restante da sociedade julga já conhecer. A história de um povo deve ser contada pelo povo dono da história e respeitada na sua forma verdadeira (ou se folclórica, da forma como esse povo enxerga o seu folclore).
Quando se trata de povos indígenas, muitas pessoas de fora apontam que as pessoas dessas comunidades são tímidas e fechadas para a comunicação. Mas se houver um pouco do exercício do pensamento pode-se chegar à conclusão de que é quase impossível que em uma comunidade inteira todos tenham uma personalidade introvertida. Com certeza eles transparecem isso para os “estrangeiros” porque na maioria das vezes se sentem diferentes quando entram em contato com eles, ou os de fora demonstram atitudes invasivas (mesmo que sem a intenção) e com certeza a barreira linguística exerce um forte papel nessa questão. Como não parecer tímido quando não se entende tudo que o outro fala e se vê obrigado a ficar calado?
Considerando o último ponto, percebe-se a necessidade de um atendimento diferenciado a alunos falantes de uma língua diferente da oficial. Nesse sentido, eles precisam de um atendimento especial para que assuntos que para eles já são fáceis quando trabalhados em suas línguas mães não pareçam difíceis em outro idioma. Além do mais, com o propósito de enriquecimento cultural, a língua nativa desse grupo pode ser oferecida como matéria de estudo para não nativos, para que o intercâmbio cultural seja trabalhado em duas vias. Muito que se têm da cultura de um povo pode ser conhecido, estudando e conhecendo sua língua mãe.
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