A Educação EaD
Por: Rodrigo Alexandre • 30/3/2019 • Resenha • 640 Palavras (3 Páginas) • 171 Visualizações
A Educação EaD
Nome do(a) Aluno(a) |
RODRIGO ALEXANDRE CAVALARINI FAUSTINO |
Nome do (a) tutor(a) |
DÉBORA OLIVEIRA SALES |
Todo e qualquer processo de mudança é passível de gerar desconforto e insegurança. Existe uma tendência na humanidade de se opor a tudo que desestabilize suas bases, no caso da EAD (Educação a Distância) não foi diferente. Como o autor apresenta “A Educação a distância (EAD) teve sua implantação retardada pelo conservadorismo da comunidade acadêmica” (LITTO, 2013-2014, p. 58), uma postura conservadora da academia que, embora venha sendo desfeita ao longo dos anos, ainda é muito forte.
Muitos desses preconceitos construídos e corroborados com argumentos falaciosos com relação à EAD advêm de um pseudoconhecimento que se dá no mundo imaginário, e não refletem na maior parte dos casos a opinião de quem pode comprovar as metodologias, aplicações, processos de ensino e aprendizagem participando de fato dos processos educacionais desta modalidade, o próprio autor faz essa observação ao falar dos mitos que circundam a metodologia da EAD.
O mundo está em constante mudança de seus paradigmas políticos, econômicos, de organização da sociedade, do trabalho, e não poderia ser diferente com relação à Educação. Essas mudanças também acontecem no que diz respeito à Educação e os sistemas de ensinar, aprender, características dos alunos, professores, espaços físicos de educação, metodologias e afins. As tecnologias possibilitam rupturas com modelos antigos no modo de se realizar as atividades, o próprio autor fala de “tecnologias de ruptura que estão mudando a sociedade atual” (LITTO, 2013-2014, p. 59).
No entanto, e como solicitado no enunciado de nossa atividade, a reflexão que me atenho diz respeito ao perfil do aluno. Nos modelos atuais de ensino não é possível equiparar a maturidade acadêmica dos alunos do Brasil com os alunos de outros países de primeiro mundo. Nossas limitações no sistema educacional, e que refletem no ensino superior, acontecem como uma construção em cadeia que se dão desde a Educação Infantil, em um sistema repleto de falhas [legislativas e administrativas] que não dão conta de garantir o espaço de desenvolvimento de crianças de 0 a 3 anos, um sistema legislativo e administrativo que no que lhe cabe a garantia obrigatória por força de lei faz interpretações do texto de lei e retira o direito à uma educação de qualidade e em período integral.
Nessa mesma cadeia os jovens são obrigados muitas vezes a escolher entre trabalhar para a sobrevivência da família ou estudar, quando podem realizar os dois os fazem em condições de aprendizado precárias. O Brasil, desde as reformas da coroa [Marques de Pombal e as reformas pombalinas] nunca deu continuidade aos programas de instrução pública de qualidade, com uma sucessão de propostas e a desvalorização dos agentes envolvidos no processo desde o império, “no Brasil não existe continuidade dos projetos educacionais, e essa é uma prática arraigada em nossa cultura” (MACIEL e SHIGUNOV NETO, 2006).
Neste sentido entendemos que embora sejam oportunos os apontamentos de Litto (2013-2014, p. 57-66) sobre a qualidade da EAD, sobre os benefícios que a mesma pode proporcionar ao desenvolvimento do país, e que militemos junto ao autor por uma expansão da modalidade de Educação a Distância. Um cenário perfeito seria considerar que a Educação pudesse se valer das tecnologias para chegar onde muitas vezes as estruturas físicas e humanas possuam dificuldades de alcançar, mas sobre quais condições irão encontrar esses públicos? Quais as lacunas de uma Educação Infantil, Fundamental e Médio irão encontrar esses alunos e que irão influenciar em sua maturidade acadêmica para darem conta da modalidade EAD?
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