A Educação e Diversidade

Multiculturalismo consiste no reconhecimento das diferenças e da individualidade de cada um. Se a discussão é pela igualdade de direitos, falar em diferenças parece uma contradição, se referido a diferenças de valores e costumes. O Brasil não deveria representar dificuldades, afinal de contas, a sociedade se resume em misturas, nada mais é que implicar respeito com valores dos outros.

Este conceito se divide em três abordagens: o assimilacionista, o diferencialista e o intercultural, onde o assimilacionista defende a teoria de não existir oportunidades iguais à todos. Negros, gays, indígenas e imigrantes são descriminados por, na maioria das vezes, não terem os mesmos acessos a determinados serviços, direitos fundamentais que os outros grupos sociais (por exemplo, os brancos) tem, e isso é considerado normal nos parâmetros sociais, tornando isso uma cultura hegemônica, onde é ditado uma regra e seguido pelos demais. Um exemplo claro disso é a mídia, que traz através de novelas tendências a serem seguidas (um esmalte, um anel), assim deixando de seguir sua cultura de origem para seguir a dominante.

Já a abordagem diferencialista afirma que temos de reconhecer as diferenças e assumi-las. É proposto que cada cultura seja inserida em um mesmo grupo, que consiste em um mesmo espaço e não interagir com os demais grupos, sendo assim não havendo mistura de culturas, onde negros viveriam somente com negros, gays viveriam com gays. Isso não poderia ocorrer pois não haveria o direito de escolha.

Na perspectiva intercultural é tratado uma mistura de culturas, onde prevalece a representação de que as culturas em contato se misturem e apareçam novas traços culturais formando uma nova cultura combinando as características de ambas.

A pluralidade cultural é o conhecimento e a valorização de características étnicas e culturais dos diferentes grupos sociais, a desigualdade socioeconômica e a crítica às relações sociais propõem explicitar a diversidade étnica e cultural, compreender relações e apontar transformações necessárias.

Vivemos em um país onde a pluralidade cultural é muito grande, tendo pessoas de diversos países, diversas raças e culturas. As diferenças culturais são divididas em grupos sociais que lutam pelo direito de igualdade e por uma educação justa sem preconceitos, racismo e discriminação.

É importante especificar que nada adianta só discutir ou publicar soluções em revistas ou jornais. O que verdadeiramente funcionará para uma sociedade com pluralidade cultural e com direitos humanos iguais no sentido mais amplo da palavra, é a conscientização de todos (educadores, alunos, família e governantes).

Salientando que depois de inserido o conhecimento e reconhecendo os direitos, para que tudo funcione é necessário a parte mais importante, colocar em prática diariamente os direitos, distribuindo-os de maneira igualitária.

Como consequência, atitudes diretas e concretas beneficiam a sociedade, englobando diferentes culturas, formando uma população com direitos adquiridos de forma justa dando importância aos Direitos Humanos de cada um. 

Direitos esses que podem ser exemplificados com a “Declaração Universal dos Direitos da Pessoa Humana, como uma conquista da humanidade para todos os seres humanos” e com a “Constituição de 1988 como instrumento jurídico fundamental do País: direitos e deveres individuais e coletivos; discriminação e racismo como crime; direitos culturais.”