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A Filosofia da Educação

Por:   •  12/7/2019  •  Resenha  •  984 Palavras (4 Páginas)  •  151 Visualizações

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UEMA

PROGRAMA ENSINAR

LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

ATIVIDADE PROPOSTA: Elaborar um texto considerando a proximidade entre Paulo Freira e Adorno para uma emancipação Cultural.

Antes de explanar sobre a emancipação cultural proposta por Freire e Adorno é importante verificar o conceito de Homem defendido por Paulo Freire. Para ele, o homem é um ser de relações sociais e que dessa forma “não apenas está no mundo, mas com o mundo”. (FREIRE, 1982:39).

Paulo Freire defende que por ser um ser social, o homem constrói sua consciência crítica e transforma a si e ao meio pelo convívio em sociedade, assim sendo a escola tem um papel de destaque por ser o cenário ideal para o contato, o convívio e o diálogo.

Freire defende que o homem é um ser histórico e que está ligado ao tempo e ao contexto histórico. Dessa forma num contexto escolar, Freire explica que o professor ocupa um papel diretivo pois é problematizador, mas não é autoritário, porque é mediador e dialógico.

Uma vez que compreende-se que a pedagogia de Freire é uma pedagogia humanista e libertadora e que considera o homem um ser de relações é compreensível que o objeto de investigação e estudo sejam essas relações. Segundo Freire o homem é o único ser dotado da capacidade de agir conscientemente sobre a realidade objetiva, sendo a conscientização um aspecto intrínseco ao processo de aprendizagem. Desse modo quando um indivíduo adquire um nível de aprendizagem adequado, também desenvolve a conscientização que é um processo que evolui de acordo com o passar do tempo e que tem o papel de possibilitar ao homem sua emancipação e integração ao mundo real. É importante destacar que a ação-reflexão tem como fundamento principal desconstruir conceitos e reformulá-los a luz de novas perspectivas que mudam e interagem com o contexto social, político e histórico dos indivíduos. Um indivíduo que possui uma visão crítico- reflexiva não acredita em verdades absolutas, nem tenta sobrepor sua opinião sob as dos demais indivíduos, ao contrário, a reflexão crítica permite que o indivíduo seja tolerante com as opiniões dos outros. Para Freire:

A conscientização é isto; tomar posse da realidade; por esta razão, e por causa da radicação utópica que a informa, é um afastamento da realidade. A conscientização produz a desmitologização. É evidente e impressionante, mas os opressores jamais poderão provocar a conscientização para a libertação: como desmitologizar, se eu oprimo? Ao contrário, porque sou opressor, tenho a tendência a mistificar a realidade que se dá à captação dos oprimidos, para os quais a captação é feita de maneira mística e não crítica. O trabalho humanizante não poderá ser outro senão o trabalho da desmistificação. (FREIRE, 1980: 16)

Esse modelo de pensamento Freire teve como principal aspecto a mudança na forma de ensinar e aprender usado antes no sistema de ensino denominado Tradicional em que o professor era o centro e que os alunos eram apenas passivos e recebiam informações, o que Freire denominou como educação bancária. Dessa forma Freire trouxe a luz das discussões uma nova forma de educação em que o ambiente escolar e forma de ensinar e aprender são os principais instrumento para a conscientização e através dessa educação permissível que os homens tornem-se seres políticos e críticos. Freire defende a alfabetização como ponto de partida da educação, sendo ela o instrumento que dá ao homem condições de atuar na sociedade. No entanto não como o fim ou como sendo suficiente. Mas é importante ressaltar que o homem alfabetizado é capaz de se reconhecer como protagonista da sua própria vida, como sujeito histórico

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