A Filosofia da Educação
Por: Cleide Maria Xavier Cavalcanti • 26/5/2023 • Resenha • 1.327 Palavras (6 Páginas) • 96 Visualizações
TEXTO 01 – ANÁLISE E CRÍTICA
POR UMA DEFINIÇÃO FILOSÓFICA DA EDUCAÇÃO
contribuições da filosofia para pensar o fazer educativo
O texto destaca qual a contribuição da filosofia para o conceito de Educação. Mas para se definir a sua importância na Educação precisei primeiro entender o que é Ciência e Filosofia.
Segundo o site https://www.colab.re/conteudo/ciencia, Ciência, “Derivada do latim scientia, a palavra significa conhecimento. Mas não se trata de um conhecimento qualquer, ela busca compreender fatos e verdades, leis naturais da vida, para saber e explicar como o universo funciona.”
E Filosofia, segundo G. Cotrim (2016), “ é um ramo do conhecimento que tem a fama de ser abstrato e difícil, (…). Seus objetos básicos de estudo são temas tão comuns e fundamentais da existência humana como a vida e a morte, o bem e o mal, a verdade e a falsidade, a felicidade e a dor, o amor, o poder e tantos outros. ...”
E, na concepção de André Comte-Sponvillee (Cotrim-2016), Filosofar é algo não apenas necessário e útil, mas também prazeroso. E pode ser tão simples como pensar a vida e viver o pensamento – só que de maneira profunda e radical.”
Segundo o professor Abreu, C (2019) , “(..) Por causa de seu conteúdo, parece que a filosofia não pode ser considerada como uma disciplina científica. Do ponto de vista metodológico, entretanto, o resultado de nossa reflexão é diferente: a característica de qualquer disciplina científica é que ela procede de forma rigorosa e intersubjetivamente controlável. A (boa) filosofia satisfaz ambos requisitos metodológicos.(…)”
Pois bem, no século XX substituiu-se a autoridade filosófica pelas referências decorrentes do saber científico, concedendo à Pedagogia a identidade adotada pelas “ciências da educação”. Diante disso houve um rompimento do saber pedagógico do modelo metafísico que, até então, dominava a educação´.Ou seja, a Educação deixou de sofrer a influência da Filosofia, a qual foi substituída pela autoridade do conhecimento científico. A educação adquiriu autonomia na “construção de seus sentidos”, “de suas finalidades” e “de como e porque se deve ensinar” Com a “emancipação da Educação”, sem a proteção da autoridade metafísica, a soberania da Filosofia foi reduzida ao posto de uma reflexão pela ciência, ficando a esta submissa, tornando-se um método investigatório. A Filosofia ganhou espaço no campo da política e da Educação, passando a exercer nesta grande influência, principalmente a partir de 1980, ocasião em Antônio Gramsci aclamou “todos são filósofos”, então a filosofia defini-se como uma atividade genericamente realizada, um “modo de ser” de um indivíduo ou grupo.
Anísio Teixeira sintetizou que “conforme o tipo de experiência de cada um, será a filosofia de cada um” e, segundo ele a filosofia poderia ser confundida com a própria “ a atividade de pensar.”
Com a reformulação, a Filosofia assumiu uma postura democrática, libertando-se das classes sociais mais elevadas (burguesia), naturalizando, assim, a sua prática, inserindo-se na vida cotidiana de todos – pesquisadores ou homem comum. Em contrapartida, o seu rompimento com a classe elevada gerou grande preocupação no sentido de a sua essência, “o patrimônio do pensamento” e ainda rompendo totalmente do “elitismo” e assim se torna refém dos novos dogmas da sociedade como um todo. Assim, buscando uma solução para o impasse, a Filosofia passou a se apoiar na crítica racional, na razão científica que a desvinculou do “dogmatismo científico” , portanto, segundo o pensamento de Anísio Teixeira e a chave para isso seria “(…) Quando o conhecimento é suscetível de verificação, transforma-se em ciência, e enquanto permanece como visão, como simples hipótese de valor, sujeito aos vaivéns da apreciação atual dos homens e do estado presente de suas instituições, diremos, é filosofia.”
CONCLUSÃO
Assim, no campo da Educação a filosofia se faria presente quando a questão posta em análise a ciência não pudesse explicar ou assegurar, permanecendo,assim, como “intuição”, “visão”, “hipótese de valor”. Nesse sentido, está aí a contribuição da filosofia na prática Educacional. Ou seja, tudo o que a ciência não puder explicar, comprovar, a filosofia será aplicada.
Referência Bibliográfica:
Abreu, C. (2019). É a filosofia uma ciência?. Intuitio, 12(2), e32723. https://doi.org/10.15448/1983-4012.2019.2.32723
Cotrim, Gilberto, Mirna Fernandes. Fundamentos de Filosofia- São Paulo, 4ª Edição, Saraiva-2016
Filosofia da Educação – texto 01 – Por uma Definição Filosófica da Educação – Fundação Cecierj, In: Teixeira, Anísio.
TEXTO 02 – ANÁLISE E CRÍTICA
CORPO e CIDADE: Desafios da formação humana frente a precariedade
O texto faz uma abordagem sobre presença do corpo no tempo x espaço, da presença física x presença virtual, criados diante dos avanços da tecnologia virtual, da violência nos grandes centros urbanos, da discriminação racial e de gênero, da carência de muitos ao acesso do mundo tecnológico/virtual, e que coloca a todos à margem do convívio social, das relações de afeto.
Um corpo ausente?
Sobre esse tema, que trata das práticas educativas, percebi a preocupação da Autora do texto ao abordar, implicitamente, o ensino à distância caracterizado pela ausência do aluno na sala de aula, exigindo do educando dedicação, disciplina enquanto lhe transferido o ônus da construção do seu conhecimento em razão da carência física do professor na condução e assimilação do aprendizado. Além do distanciamento social causado pelo ensino à distância, a Autora demonstra uma inquietação sobre o afastamento social gerado pelas redes sociais, que, apesar da interação virtual, acaba levando o indivíduo ao isolamento físico, onde o calor humano, o afeto e os sentimentos humanos ficam em segundo plano, quiça esquecidos. Nesse mesma linha de raciocínio, a Autora trata o isolamento decorrente da violência e da discriminação, como um todo.
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