A Filosofia da Educação
Por: Jéssica Coutinho • 2/11/2020 • Resenha • 356 Palavras (2 Páginas) • 278 Visualizações
Universidade Federal da Fronteira Sul
Curso de Pedagogia 6ª fase
Disciplina: Filosofia da Educação
Docente: Odair Neitzel
Discente: Jéssica Carla Fonseca Coutinho
SÍNTESE
Carta Sêneca 108
Na carta Sêneca, há explicitamente o reconhecimento do sábio-filósofo como
pedagogo da humanidade, e o filósofo endossa essa relação com as palavras do seu mestre Átalo, que ambos, mestre e discípulo necessitam objetivar o mesmo interesse, o
primeiro será útil para que o segundo possa progredir. Com bem nota Sêneca (Carta 108, 4):
De fato, quem convive diariamente com um filósofo obtém sempre algum beneficio: ou o seu caráter se aperfeiçoa, ou se torna mais apto ou aperfeiçoar-se. O poder da filosofia é tal que beneficia inevitavelmente não só os iniciados, mas até os que a conhecem ocasionalmente.
Há, nesse sentindo, todo um jogo de trocas de maneira recíproca e obrigatória, pois alcançar a perícia na virtude só é possível mediante a prática, melhor ainda se essa tarefa se realizar na presença de outro. O filósofo afirma que compartilhar o que se sabe é um dos atributos de um mestre em prol do cultivo da alma. Mas crítica aqueles com interesse de ouvir descuidado de qualquer aprendizagem, apenas como simples passatempo: “Não o faz para aprender a defender-se de algum vício, para interiorizar alguma lei moral que conduza ao aperfeiçoamento do caráter; vai lá apenas pelo prazer de ouvir” (Carta 108, 6)
E também lamenta afirmando que nem sempre esse resultado é alcançado, ora pelo descuido dos mestres, ora pela intenção (querer) dos discípulos: “Mas nem sempre o resultado é satisfatório, ou porque os mestres nos ensinam a argumentar e não a viver, ou porque os discípulos procuram os mestres não com a intenção de cultivarem a alma, mas sim de aguçarem o engenho”. (Carta 108, 23)
Na carta encontra-se registrado exemplos configurados a partir
de personagens aludidos com a intenção de justificar as afirmações e ilustrar com
concretude os problemas postos em debate. A proposta serve como meio para aquele
que está sendo educado, aconselhado a tomar como referência o modelo a seguir ou, por
outro lado, desaprovar e reter com censura. Nesse sentido, são propostos os exemplos
que devem ser praticados ou contraexemplos que deverão ser rejeitados. Ambos devem
colaborar com a constituição do sujeito ético.
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