A GESTÃO DEMOCRÁTICA E A EDUCAÇÃO BÁSICA
Por: iuryloko • 29/11/2016 • Projeto de pesquisa • 3.140 Palavras (13 Páginas) • 353 Visualizações
UNIVERSIDADE BRAZ CUBAS
CURSO DE PEDAGOGIA
GESTÃO DEMOCRÁTICA E A EDUCAÇÃO BÁSICA
MOGI DAS CRUZES, SP
2014
ISMÉRIA BRITO SANTOS PEREIRA – RGM 313967
GESTÃO DEMOCRÁTICA E A EDUCAÇÃO BÁSICA
Trabalho apresentado como requisito para avaliação parcial da disciplina Trabalho de Conclusão de Curso no curso de Pedagogia.
MOGI DAS CRUZES, SP
2014
SUMÁRIO
1 GESTÃO DEMOCRÁTICA E A EDUCAÇÃO BÁSICA................................. | 3 |
1.1 A evolução da educação.......................................................................... | 3 |
1.2 A educação sob a perspectiva da gestão democrático participativa..................................................................................................... | 4 |
1.3 Aspectos da gestão democrático participativa..................................... | 6 |
1.4 Estrutura da organização escolar para a gestão participativa............ | 9 |
1.5 Projeto Político Pedagógico - PPP......................................................... | 10 |
BIBLIOGRAFIA.................................................................................................. | 13 |
1 GESTÃO DEMOCRÁTICA E A EDUCAÇÃO BÁSICA
1.1 A evolução da educação
Discutir a organização escolar compreende uma profunda análise da função nos dias de hoje. Perceber o papel desta instituição nos contextos da sociedade pressupõe o entendimento do que queremos da educação e de aonde queremos chegar como sociedade (GROCHOSKA, 2011).
Educação surgiu na Roma e Grécia, e a primeira Universidade na Idade Média, quando o ensino passou a ser ministrado por instituições específicas. Já no século XII em Paris, aconteceu a largada para o surgimento de inúmeras outras, a maioria vinculadas com a igreja, mas dependiam de autorização do clero ou governo para funcionar. As principais faculdades da época eram: Leis, medicina, astronomia e lógica (PENIN; VIEIRA, 2002 apud GROCHOSKA, 2011)..
O ideal de escola para todos surgiu, de acordo com Penin; vieira, (2002 apud Grochoska, 2011), após a Revolução Francesa e a Independência dos Estados Unidos, trabalhando para que o acesso á educação não fosse somente da elite mas também dos filhos da massa trabalhadora.
No Século XX iniciou o processo de modernização da educação brasileira originado pelo Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, que ocorreu em 1932, contemplando manifestações avançadas a respeito da escola pública, gratuita e laica para todos. (PENIN; VIEIRA, 2002, apud CROCHOSKA, 2011).
Os objetivos do manifesto eram os mesmos dos atuais, ou seja, vislumbra-se “uma escola que se integre á comunidade e aos contextos diários dos alunos, articulando todos os envolvidos no processo da instituição, com a possibilidade de realizar práticas educativas que de fato desenvolvam integralmente o educando” (GROCHOSKA, 2011, p. 21).
Para Libâneo (2004, apud Grochoska, 2011, p. 23), “ a escola da qual a sociedade necessita hoje é aquela que luta contra a exclusão econômica, política, cultural e pedagógica, promovendo formação básica, científica, estética e ética, além de desenvolvimento cognitivo e operativo”.
Para o bom desenvolvimento de uma boa educação dentro de um ambiente escolar, é necessário conhecimento do seu universo como um todo, ou seja, seus alunos, o trabalho dos professores, dos diretores, pedagogos e a participação dos pais, todos contribuindo para a sintonia do processo de aprendizagem com o cotidiano dos alunos.
Segundo Hengemühle (2004, apud Grochoska, 2011), o processo de aprendizagem sofreu mudanças no decorre do tempo, onde antigamente a proposta pedagógica era baseada na memorização, o que não atende atualmente as necessidades dos alunos e da sociedade como um todo, em que a criança tem facilidade ás informações transformando mais rapidamente seu senso crítico e reflexivo.
Assim sendo, a organização escolar precisa acompanhar estas mudanças para conseguir atingir seus alunos, “com objetivos claros com relação a educação que quer, a metodologia, a concepção da educação, ao perfil do professor, e especificamente do aluno que quer formar”(GROCHOSKA, 2011, p.25).
Para concepção da formação de um aluno integral e integrado, a autora sugere como princípio os quatro pilares do relatório de Delors que são: ser, conviver, conhecer e fazer.
1.2 A educação sob a perspectiva da gestão Democrático participativa
Como esclarece Grochoska (2011), a educação é um processo que engloba várias ações, como diagnóstico, tomada de decisão, definição de objetivos, encaminhamentos e avaliação para a retomada de rumo. Envolve toda a comunidade que faz parte do espaço no qual se propõe a ação pelo processo necessário, não se dando de maneira isolada, com encaminhamentos estáticos. Para que a efetivemos como um processo de constante melhoria dos espaços é necessário que haja planejamento.
A gestão educacional vai além da gestão escolar e inter relaciona todos os componentes de uma política de educação, envolvendo os sistemas de ensino, a direção, as diretrizes educacionais e os projetos políticos-pedagógicos(PPPs) das escolas. Entendemos sistemas de ensino como “A unidade de vários elementos intencionalmente reunidos, de modo a formar um conjunto coerente e operante” (SAVIANI, 1996, apud GROCHOSKA, 2011).
[...] uma resposta socialmente gerada a partir da relação entre as diversas vontades humanas e as determinações sociais, a partir da dinâmica dialética de complementaridade e negação com a totalidade social. As qualidades internas da gestão são, pois, sempre uma resposta às necessidades objetivas das organizações, tomadas a partir de imperativos sociais. (WELLEN, 2010, p.12).
A organização e os processos de gestão, incluindo a direção, assumem diferentes significados conforme a concepção que se tenha dos objetivos da educação em relação à sociedade e à formação dos alunos (LIBANEO, 2004, apud GROCHOSKA, 2011). A maneira como concebemos a educação, a concepção de sociedade, a atuação dos professores e a consciência de que aluno queremos formar interferem no estilo de gestão que conduz a escola (GROCHOSKA, 2011, p. 92).
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