A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE COM ALUNOS DE NECESSIDADE ESPECIAIS
Por: Jessica Jesus Sousa • 31/7/2019 • Projeto de pesquisa • 7.115 Palavras (29 Páginas) • 225 Visualizações
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A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE COM ALUNOS DE NECESSIDADE ESPECIAIS |
Graduação em Pedagogia, Especialização em Educação Especial e Inclusiva pela Faculdade de Educação São Luís de Jaboticabal – SP. E-mail do autor: jessica05carlos@hotmail.com Orientadora: Prof.ª Esp. Ana Carolina Caruso Bertonha. |
JESSSICA JESUS SOUSA |
10/07/2017 TUCANO-BA 2017 |
TRABALHO DE
CONCLUSÃO
DE CURSO
(TCC)
CURSO DE
PÓS-GRADUAÇÃO
FACULDADE DE EDUCAÇÃO SÃO LUÍS DE JABOTICABAL
A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE COM ALUNOS DE NECESSIDADE ESPECIAIS
JÉSSICA JESUS SOUSA
RESUMO: O presente estudo busca estabelecer a importância do afeto na Educação Inclusiva com crianças de necessidades especiais. A relação entre o afeto e a inclusão torna-se evidente na medida em que observamos a presença de estudantes com necessidades educacionais especiais na rede de ensino regular, graças à atual proposta governamental da inclusão que visa oferecer uma boa escola para todos, e o afeto com certeza tem um papel muito importante. Diante de tal acontecimento, buscamos trazer uma discussão sobre como tem se dado a inclusão das crianças com necessidades educacionais especiais no sistema de ensino regular, considerando os desafios e as perspectivas para os educadores, uma vez que trabalhando a inclusão com afeto a realidade é outra e o profissional da área da Educação Especial precisa está preparado para essa realidade. O estudo também foi ao encontro de vários teóricos que defende a educação inclusiva entre eles estão ARSÊNIO, 2007; DUTRA, 2009; REGINA RAMOS, 2000; CARMO, 2007; SILVA, 2007; MANZINI, 1997; FOREST & PEARPOINT, 1997; WERNECK, 1999; SASSAKI, 1999; MENDES, 2003; e LIBÂNEO, 2009. Etc.
Palavras-chave: Inclusão; Educação; Especial; Afeto; Respeito. Ensino- aprendizagem.
1 INTRODUÇÃO
Nesse trabalho o tema abordado é à importância da afetividade com alunos de necessidade especiais, que tem uma enorme importância em todo o processo de ensino e aprendizagem. Na condição de educadores, precisamos estar atentos ao fato de que, enquanto não dermos atenção necessária ao fator afetivo na relação educador-educando, corremos o risco de estarmos só trabalhando com a construção do real, do conhecimento, deixando de lado o trabalho da constituição do próprio sujeito que envolve valores e o próprio caráter necessário para o seu desenvolvimento integral, uma vez que essas crianças necessitam de uma atenção a mais.
A realidade atualmente tem mostrado que a escola tem realizado um papel que vai além da educação. A escolha deste projeto com o tema “a importância do afeto na Educação Inclusiva com crianças de necessidades especiais” se deu pelos os relatos de professores dos anos iniciais do ensino fundamental e de algumas observações vivenciadas no cotidiano escolar, percebe que aspecto afetivo tem uma profunda influência sobre o desenvolvimento intelectual da criança, podendo acelerar ou diminuir o ritmo de desenvolvimento do aluno com necessidades especiais.
Nos dias atuais percebe que os alunos vivenciam uma rotina de vida onde há uma gama de conflitos familiares, morais que muitas às vezes são influenciadas pela a sociedade e comunidades onde vivem e que vem influenciando de forma severa na construção dos valores humanos do aluno. A escola, o professor consegue enxergar o retrato dessa influência em sala de aula, se deparando com alunos desanimados com os estudos, agressivos, sem perspectiva em sala de aula, com traumas sentimentais que vem deixando a aprendizagem deste aluno comprometida. E assim temos obrigações de discutir nossas posturas como professores para receber as crianças com NEE, com muita atenção e carinho.
Falar em afetividade e inclusão é acreditar em uma educação com relevância social e, em uma escola construída a partir do respeito, compreensão e autonomia de ideias com a pretensão de formar cidadãos honestos e respeitáveis que olhem o mundo com a intenção de transformá-lo, sujeitos autônomos capazes de pensar por si próprio sem deixar de lado o outro. Assim o principal objetivo desse trabalho é analisar sobre o papel da afetividade no espaço de sala de aula, como fator importante no relacionamento professor e aluno na dinâmica escolar em especial os alunos com NEE.
A partir de reflexões e revisões teóricas acerca do tema em questão, buscar conhecimentos sobre a importância da afetividade e inclusão em sala de aula, estudei algumas teorias nas contribuições de alguns atores como: WALLON E VYGOTSKY, PIAGET ETC. 2000; CARMO, 2007; SILVA, 2007; MANZINI, 1997; FOREST & PEARPOINT, 1997, 2003; e LIBÂNEO, 2009. Etc.
2 BREVE HISTÓRICO DA INCLUSÃO NO BRASIL: LEGISLAÇÃO E ASPECTOS POLÍTICOS
Ao longo do século XIX é que os brasileiros interessados na questão começaram a se organizar para o atendimento às pessoas com deficiência.
No Brasil, iniciativas isoladas e precursoras de educação de indivíduos com necessidades educacionais especiais podem ser constatadas já no século XIX, e, acompanhando a tendência da época, em instituições residenciais e hospitais, portanto, fora do sistema de educação geral que aos poucos se iria constituindo no país (MENDES, 2006, p. 396 – 397). Na década de 1950, destaca “o descaso do serviço público e a falta de serviços deram origens aos movimentos comunitários, que resultaram na implantação de redes de escolas especiais privadas filantrópicas para estudantes que sempre estiveram excluídos da escola comum”.
Neste contexto, as primeiras instituições criadas no Brasil se voltaram para surdos e cegos. Em 1854 foi fundado O Imperial Instituto para Cegos, denominado posteriormente por “Instituto Benjamin Constant”. Em 1857 foi criado o Imperial Instituto dos Surdos-Mudos, ambos no Rio de Janeiro.
A partir deste momento, outros institutos para o atendimento aos deficientes surgiram, reproduzindo os modelos europeus. Os institutos ofereciam abrigo e proteção no sistema de internato de acordo com Carmo (2007). Diz “Boa parte das instituições criadas no século XX era particular e de caráter puramente assistencialista, embora a educação especial tenha sido assumida em termos de leis pelo governo federal”. A própria Diretriz Nacional para a Educação Especial de 2001 reconhece esta questão: [...] no imaginário coletivo, esses indivíduos ocupavam a posição de alvos da caridade popular e da assistência social, e não de sujeitos de direitos sociais, entre os quais se inclui o direito à educação (BRASIL, 2001, p.19). Em 1961 é que a deficiência passa a ser assumida em termos legislativos. Surgem dois artigos (art. 88 e art. 89) destinados aos deficientes na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 4024), que tinham como objetivo garantir a educação do sujeito com alguma deficiência. A LDB de 1971 teve em seu interior apenas um artigo destinado às pessoas com deficiência, especificando o papel dos conselhos de estado de garantir um tratamento especial nas escolas aos deficientes. Assim a
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