A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE PARA A EDUCAÇÃO DE CORPO INTEIRO
Por: 98887 • 30/4/2017 • Trabalho acadêmico • 3.297 Palavras (14 Páginas) • 296 Visualizações
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CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE NITERÓI- UNIAN
PROJETO INTEGRADOR
NOME COMPLETO DO ACADÊMICO – RA
TITULO
A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE PARA A EDUCAÇÃO DE CORPO INTEIRO
Projeto de pesquisa apresentado ao curso de pedagogia do Centro de Educação à distância-CEAD da Universidade Anhanguera UNIAN como requisito obrigatório para cumprimento do trabalho de conclusão de curso, sob a orientação da tutora à distância TANIA MARA CAZADO FELIX
NITERÓI/ RIO DE JANEIRO
ABRIL/2017
Tema: A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE PARA A EDUCAÇÃO DE CORPO INTEIRO.
Este projeto mostra que corpo e mente deve ser entendidos como componentes que integram o mesmo organismo e ressalta a importância do lúdico na aprendizagem do aluno dentro da escola, de forma a estabelecer um elo entre o movimento e o desenvolvimento mental da criança.
Justificativa:
Nossa intenção nesse projeto com este tema é evidenciar o fato de que a educação precisa tomar outro rumo, em respeito à vida, em democracia, em liberdade, em autonomia. Para tanto, o corpo tem de ser protagonista da cena educativa, sem, no entanto, diminuir a importância da razão.
Para se adaptar ao mundo, para resolver, problemas, para agir sobre o mundo, transformando-o, o sujeito constrói movimentos corporais específicos, dirigidos para um fim e orientados por uma intenção: sãos os esquemas de ação. É por esses esquemas que o ser humano se expressará em todas as ocasiões de sua vida. Como a criança ainda não desenvolveu ainda o privilégio humano de representar por imagens suas experiências práticas, é nessa fase de desenvolvimento em que, em que por absoluta necessidade, formam-se todas as possibilidades básicas de movimentação corporal.
Este projeto procura conceituar o lúdico com o movimento corporal, demonstrar sua importância no desenvolvimento da criança e dentro da educação como uma metodologia que possibilita mais vida, prazer e significado ao processo de ensino aprendizagem, tendo em vista que é particularmente poderoso para estimular a vida social e o desenvolvimento construtivo.
O lúdico permite um desenvolvimento global e uma visão de mundo mais real. Por meio das descobertas e da criatividade, a criança pode se expressar, analisar, criticar e transformar a realidade. Se bem explicada e compreendida, a educação lúdica poderá contribuir para a melhoria do ensino, quer na qualificação ou formação crítica do educando, quer para redefinir valores e para melhorar o relacionamento das pessoas na sociedade. Para que a ludicidade de corpo inteiro caminhe efetivamente é preciso refletir sobre sua importância no processo de ensinar e aprender.
Problema:
Apesar das inúmeras controvérsias no campo da teoria sobre o conhecimento humano, tudo indica que nascemos para aprender. A herança genética, ao contrário do que ocorre com outros animais, não conta de prover o ser humano de todos os conhecimentos necessários à vida. Não é o instinto que nos guia, mas o conhecimento que podemos construir e acumular ao longo de nossa existência.
É o nosso mundo interior, abstrato que produz as fragmentações que nos definem como intelectuais, morais ou afetivos, e não a nossa realidade sensível, prática. Nossas análises do fenômeno humano são produtos de nosso pensamento, gerador, por sua vez, de palavras escritas e faladas, números e símbolos de toda ordem. Em geral, nessas análises, a fim de facilitar a compreensão, a criança-que na prática não tem essas divisões aparece “fatiada” em perfis, do lógico ao psicológico, do motor ao moral.
As consequências práticas desse método são visíveis e podem ser desastrosas. Em decorrência dessa visão fragmentada, educamos partes, em vez de totalidades; não educamos de corpo inteiro. Nesse sentido, o pensamento e a linguagem são armadilhas de que dificilmente escapamos (Freire,1989).
A criança aprende na rua fora da escola e na escola. Uma criança matriculada na escola traz bagagens de inúmeras experiências, uma história de vida que não pode ser ignorada. O Professor Ruy Krebs (1997) menciona a surpresa de Bronfenbrenner, autor russo divulgador das ideias de Vygotsky nos Estados Unidos e em várias partes do mundo.
[...] Com a constatação de que as características das pessoas
São definidas de maneira conceitual e operacional, sem refe-
ciar as questões do ambiente ou considerar as características
culturais relativas a cada pessoa.(Krebs,1997, p.16)
Fora da escola não precisamos nos isolar para aprender, o que então justifica a postura da escola de isolar os alunos? Se tivermos de formar cidadãos do mundo, para viver em sociedade, coletivamente, a atitude de agir só não pode estar de acordo com a atitude de agir cooperativamente.
Por mais que queira separar o ato humano do contexto de sua existência, para efeitos didáticos como se diz uma breve repassada pela história nos mostra que não será nosso esforço pedagógico apenas se definem os padrões de movimento, mas sim pelo esforço de adaptação da espécie humana ao mundo e pela incessante construção de uma cultura.
De modo geral, pode se dizer, que ao nascer, a criança é caracterizada por uma atividade do tipo automática, reflexa que lhe permite receber vários alimentos para sobreviver, além de formar e desenvolver recursos vitais. Com o tempo, a criança constrói mecanismos motores sólidos e sofisticados que lhes permitem entrar em contato com muitas das coisas que existem para se conhecer. Isso, porém, não a satisfaz. Como sua curiosidade não para, a criança que ir mais longe, mais a fundo.
Alguma coisa de muito diferente começa a acontecer, uma função espetacular que só distingue a espécie humana começa a se mobilizar. A maturação biológica coloca à disposição dos seres um recurso que define, na terra, uma espécie diferente: o símbolo. Uma vez tendo acesso ao símbolo, a criança começa a representar mentalmente as ações que vive no mundo, essas representações mentais são construções que exigem coordenações semelhantes às que garantem as condutas motoras.
A criança demonstra que começou a pensar quando inicia conosco uma comunicação em linguagem verbal, social. Nessa nova etapa, a criança penetra num mundo de fantasia, do faz- de- conta. Conhece coisas que nós, adultos, já vivemos e esquecemos.
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