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A IMPORTÂNCIA DO PEDAGOGO NA GESTÃO E NO TRABALHO PEDAGÓGICO EM CONTEXTOS NÃO ESCOLARES

Por:   •  30/11/2020  •  Artigo  •  2.634 Palavras (11 Páginas)  •  361 Visualizações

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A IMPORTÂNCIA DO PEDAGOGO NA GESTÃO E NO TRABALHO PEDAGÓGICO EM CONTEXTOS NÃO ESCOLARES

Resumo: Os novos campos de atuação dos pedagogos, despertam curiosidade, questionando, como ocorre esse processo, quais seus desafios para acompanhar e compreender esse quadro de expansão educativa. Objetivou-se com este trabalho compreender a importância do fazer pedagógico e do trabalho pedagógico em contextos não escolares. A metodologia consistiu em pesquisa exploratória, de natureza qualitativa, sendo caracterizado, segundo a natureza dos dados, como uma pesquisa bibliográfica, servindo de base para o desenvolvimento do referencial teórico, tendo como base os autores Holtz (2006), Libâneo (2001). Foi possível perceber que o pedagogo, aplica as práticas pedagógicas e os princípios para atuar no processo de ação voltada para formação humana. Essa prática trabalha com a proposta de estímulo e aperfeiçoamento continuado, acentuando o máximo as potencialidades humanas. Decorrente disso, que os pedagogos buscam atuar e são cada vez mais requisitados em espaços não escolares tendo a necessidade de seus valores, princípios e suas práticas pedagógicas.

        

Palavras-Chave: Pedagogia empresarial; extraescolares; profissional.

  1. INTRODUÇÃO

        As profissões vêm passando por diversas transformações e exigências, que ocorrem devido às grandes mudanças relacionadas ao cenário produtivo. E, na pedagogia, não poderia ser diferente. Esse novo olhar sobre a atuação do pedagogo em espaços não escolares despertou a curiosidade sobre o que ocorre nesse processo, como também seus desafios para acompanhar e compreender esse quadro de expansão educativa (FERREIRA, 2012).

Na busca de conhecer todo esse processo, este estudo tem como objetivo geral compreender o trabalho pedagógico em contextos não escolares e, para isso, estabeleceu os seguintes objetivos específicos: identificar novos campos de atuação da pedagogia; conhecer as razões que levam os pedagogos a buscar atuação em espaços não escolares e identificar a contribuição do pedagogo em espaços não escolares.

A metodologia aplicada neste estudo consistiu em pesquisa exploratória, de natureza qualitativa, sendo caracterizado, segundo a natureza dos dados, como uma pesquisa bibliográfica, servindo de base para o desenvolvimento do referencial teórico, cujos artigos foram pesquisados na base de dados eletrônicos Scientific Electronic Library Online – Scielo, como também em sites especializados, sites de universidades, além de teóricos como: Aquino e Saraiva (2011), Holtz (2006), Libâneo (2001), Silva (2003), Gohn (2006), Souza (2016), Sales (2013), Severo (2015), e entre outros que discutem a temática da pesquisa.

Dessa forma, espera-se que este estudo possa contribuir para o aprofundamento do tema no espaço acadêmico e para a sociedade, e para uma nova visão sobre a atuação do pedagogo em contextos não escolares.

2. OS NOVOS CAMPOS DE ATUAÇÃO DA PEDAGOGIA

O crescente aumento de espaços não formais de educação se deu principalmente pelas mudanças ocorridas nos meios sociais, econômicos e políticos no âmbito da sociedade pedagógica que, nunca houve a necessidade tão grande de ensinar, de estudar, de aprender, mais do que hoje (SEVERO, 2015).

Libâneo (2010) apud Gonçalves e Correa (2016) menciona que nos dias atuais, o pedagogo possui um amplo campo de atuação devido à variedade de práticas educativas na sociedade e, desde que se configurem como intencionais, pode-se detectar a presença da ação pedagógica. Os autores observam ainda, que a atuação do pedagogo não ocorria fora do âmbito escolar e, mesmo nos dias atuais, pode-se ver uma certa resistência por parte da sociedade em geral, quanto à presença desse profissional fora do contexto escolar.

Para Araújo et al (2016), a pedagogia em espaço não escolar é um ingrediente importante no que se refere à educação pois está diretamente relacionado às atividades que envolvem trabalho em equipe, planejamento, formação pessoal, orientação e coordenação, e tem como objetivo principal as transformações dos sujeitos envolvidos na prática pedagógica.

Este novo panorama veio completar a ideia de que o campo de atuação do profissional formado em Pedagogia é tão vasto quanto são as práticas educativas na sociedade; e que estas práticas estendem-se às mais variadas instâncias da vida social, não se restringindo assim somente ao espaço escolar (BRITO, 2017, p. 6).

A prática pedagógica em espaços não escolares, na ótica de Severo (2015), é norteada por objetivos, finalidades e conhecimentos, incorporada no contexto da prática social. Este mesmo autor esclarece, que tais ações são diversificadas para diferentes idades, originários de diferentes áreas e grupos sociais, tais como educação, saúde, economia, artes, lazer, assistência social, políticas públicas, educação ambiental, mídia, movimentos sociais, entre outros. E essas ações podem ser observadas em ONGs, Museus, Hospitais, Igrejas, dentre outros.

Para Holtz (2006), o pedagogo é um especialista em pedagogia, que, por sua vez, é a ciência e a arte da educação. E é por meio dessa ciência que o pedagogo aplica práticas pedagógicas e os princípios para atuar no processo de ação voltada para formação humana. Essa prática pedagógica trabalha com a proposta de estímulo e aperfeiçoamento continuado, acentuando o máximo as potencialidades humanas (HOLTZ, 2006).

Dessa maneira, o intuito desta pesquisa é destacar que o processo de ensino e aprendizagem pode se dar em diferentes espaços, sendo importante a atuação do educador nesse processo. A necessidade desse profissional para exercer sua função na formação humana, em qualquer espaço, sendo escolar ou não, e que esteja preparado para lidar com a prática pedagógica sistematizada ou não, é de extrema importância. Sendo assim, Libâneo (2001, p.25) destaca:

No campo da ação pedagógica extra-escolar distinguem-se profissionais que exercem sistematicamente atividades pedagógicas e os que ocupam apenas parte de seu tempo nestas atividades: a) formadores, animadores, instrutores, que desenvolvem atividades pedagógicas (não escolares) em órgãos públicos, privados e públicos não-estatais, ligadas a empresas, a cultura, aos serviços de saúde, alimentação, promoção social etc.; b) formadores ocasionais que ocupam parte de seu tempo em atividades pedagógicas em órgãos públicos estatais e não estatais e empresas referentes a transmissão de saberes e técnicas ligados a outra atividade profissional especializada.

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