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A Importância Da Literatura Infantil

Por:   •  21/4/2023  •  Projeto de pesquisa  •  2.005 Palavras (9 Páginas)  •  182 Visualizações

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A importância da literatura infantil

Autor: Ednea Quirino e Julia Azevedo

Tutor externo: Eliege

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Curso Pedagogia (PED4500) – Estagio Curricular Obrigatório II – Anos Iniciais do Ensino Fundamental

29/11/2022

RESUMO

O presente trabalho tem como principal objetivo relatar as experiencias desenvolvidas no estágio curricular obrigatório II – anos iniciais do ensino fundamental. Durante a primeira semana de estágio na Escola Municipal Adelia Matta, fizemos a observação do dia a dia de aula dos alunos. Logo após iniciamos a aplicação das atividades elaboradas por nós. Focamos nosso trabalho na literatura infantil, visto que é de extrema necessidade o contato das crianças com a literatura ainda na primeira infância, utilizamos histórias que tinham temas recentes, como a inclusão, superação de medos e frustações e histórias que estimulavam a criatividade. Após a leitura fazíamos atividades lúdicas que tinha relação com os assuntos abordados. Durante essa experiencia constatamos que ela é indispensável para nosso processo de formação como educador pois possibilita uma visão previa do que enfrentaremos.

Palavras-chave: Ensino. Fundamental. Literatura. Infantil.

 1 INTRODUÇÃO[a] 

A literatura na infância contribui em diversos âmbitos para o bom desenvolvimento da criança. Além de desenvolver a cognição, a vivência literária possibilidade maior amplitude de visão do mundo, bem como estímulo à sensação de pertencimento, assim, é imprescindível o estímulo da literatura em toda a infância.

Ao ser estimulado e desenvolvido o hábito da leitura na infância, são desenvolvidas habilidades aplicáveis em diversos outros âmbitos, com impacto direto na formação pessoal e futuramente profissional. O convívio com a literatura tem a capacidade de despertar habilidades atrofiadas, cooperando com o bom desenvolvimento da capacidade cognitiva superior, que são de fundamental importância para a aprendizagem, atenção voluntária, percepção, memória, abstração, bem como o desenvolvimento do sentimento de alteridade.

2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA[b] 

Para entender como a literatura infantil está integrada à pedagogia hoje, é preciso entender como essa literatura nasceu. A literatura infantil teve origem na Europa e decorreu de mudanças sociais, sendo o francês Charles Perrault considerado um dos pioneiros desse tipo de literatura. Charles colecionava e adaptava lendas medievais e narrativas populares, transformando-as em contos de fadas imbuídos de valores burgueses.

                                     Figura 1: Charles Perrault

                                                               

Após anos de tradução de contos europeus, o Brasil tem seu primeiro autor de literatura infantil, Monteiro Lobato. Lobato se inspirava nos contos nacionais e fazia uma ligação com os contextos sociais da época.

Monteiro Lobato cria, entre nós, uma estética da literatura infantil, sua obra constituindo-se no grande padrão do texto literário destinado à criança. Sua obra estimula o leitor a ver a realidade através de conceitos próprios. Apresenta uma interpretação da realidade nacional nos seus aspectos social, político, econômico, cultural, mas deixa, sempre, espaço para a interlocução com o destinatário. A discordância é prevista (CADEMARTORI, 1986, p. 51).

Suas obras misturavam a realidade e a fantasia, estimulando a criatividade das crianças de forma natural e próxima a realidade dos pequenos brasileiros. Ele morreu de um derrame em 4 de julho de 1948. Deixou uma riqueza de literatura para o povo brasileiro, que hoje é contada e recontada.

Com o tempo, a sociedade se desenvolveu e se modernizou por meio da industrialização, ampliando assim a produção de livros. Até os primeiros vinte anos do século XX, as obras literárias produzidas para crianças tinham características de educação e ética, ou seja, o único propósito do livro era educar e moldar as crianças de acordo com as expectativas dos adultos. O maniqueísmo estava sempre presente nos livros, onde o que era bonito era tido como o bem e o feio como mal, ao fim da história se o mal não se arrependesse ou se regenerasse eles eram castigados com algum tipo de tortura ou a morte. Essa literatura incitava o terror que era passado para crianças em nome da moral e da educação.

Desde o início do século atual as crianças não são mais consideradas como um ser frágil, ingênuo e indefeso. A criança do século XXI é consciente, questionadora e critica as coisas que lhe cercam. Dessa forma a literatura acompanhou essa mudança deixando de ser resumida entre o bem e o mal.

Na escola a inserção da literatura acontece muitas vezes de forma equivocada. Os professores incentivam uma leitura mecânica onde, a criança lê tudo o que vê, mas sem um sentido poético, dessa forma a criança não desenvolve o gosto pela leitura e sim uma obrigação. Muitas vezes os livros utilizados nas escolas têm objetivo de escolarizar a criança e não mostra a parte poética, mágica, fantástica e envolvente da literatura, normalmente tem intuito de fazer uma avaliação direta ou indireta no estudante. A respeito desses livros Soares (1999, p. 42) diz, “se é inevitável escolarizar a literatura infantil, que essa escolarização obedeça a critérios que preservem o literário” para que “propiciem à criança a vivência do literário, e não uma distorção ou uma caricatura dele”.

Segundo (Bettelheim 1980) a literatura traz para a criança a abilidade crítica e reflexão para ter opiniões diversas e pensamento próprio. Por isso, o professor responsável por mostrar o mundo literário para criança precisa utilizar todos os recursos disponíveis de forma pedagógica para que cada criança demonstre sua inteligência individual, quando imaginar, compreender, interpretar, absorver, ler, escrever e utilizar linguagens formais aprendidas nesse mundo literário, desenvolvendo assim sua própria opnião sobre o muito real, e sua própria forma de socializar com outros.

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