A Importância da Contação de Historia
Por: neidelac • 18/6/2017 • Projeto de pesquisa • 5.376 Palavras (22 Páginas) • 332 Visualizações
INTRODUÇÃO
O presente relatório tem a intenção de documentar minhas experiências do Estágio Supervisionado I e II da Educação Infantil, onde vivenciei na prática, tudo que tenho aprendido na teoria. O relatório irá apresentar a descrição do local, onde foi realizado o estágio, período de duração e as atividades desenvolvidas, além de reflexões em torno da prática realizada.
O estágio de docência na Educação Infantil teve como objetivos, aprimorar a prática em sala de aula, propiciar a aproximação concreta da realidade profissional, através de situações reais de trabalho, envolvendo supervisores, estudantes e campo de estágio. No estágio, é onde temos a oportunidade de vivenciar, tudo o que aprendemos no curso de Pedagogia, como planejar conforme a realidade dos alunos, refletir sobre nossas práticas, e também aprender as formas de agir, em todo contexto de uma instituição.
A escolha do título “O lúdico na Contação de História: Embarque nessa aventura, Cheias de fantasia e emoção.... Baú Magico”, a partir de observações feitas no Estágio Supervisionado I, que aconteceu no CMEI Oito de Março que fica localizado na Rua 82, Praça Cívica Setor Central Goiânia – GO, que atende crianças na Educação Infantil.
A nossa problematização surgiu a partir das observações participativas no agrupamento C, de crianças de 3 a 4 anos, o que nos levou no Estágio Supervisionado II, a realizar um Projeto de Estudo, Investigação e Mediação Pedagógica sobre Como a Contação Lúdica de História pode contribuir para o processo de aprendizagem no agrupamento C.
Nesse sentido, compreendemos a importância da contação de história para o grupo, e percebemos que por meio das aulas e também baseados em teóricos que estudamos no decorrer do Estágio I e II a contribuição que a contação de história traz as crianças, e quanto o seu hábito faz bem a elas.
A metodologia que aplicamos tem caráter de pesquisa qualitativa, que tem o ambiente natural como sua fonte direta de dados e o pesquisador como o principal instrumento. Desse modo, é feito uma observação direta que nos permite chegar mais perto da “perspectiva dos sujeitos”, na medida em que acompanhamos as experiências diárias dos sujeitos, aprendemos sua visão de mundo, isto é, o significado que eles atribuem à realidade.
As regências foram planejadas com o objetivo de tornar o hábito de contação de histórias constantes, utilizando recursos como os mais diversos tipos de histórias infantis entre elas: clássicos, fábulas, contos, músicas, brincadeiras, fantoches, dedoches e palitoches, tornando a aula mais prazerosa e com o intuito de despertar curiosidades e a imaginação das crianças.
Estes trabalhos foram fundamentados nos seguintes referenciais teóricos: os autores Abraomvich (1997), Vygotsky (2007) e Ostetto (2012) e os documentos oficiais: DCNEI (2009) e Infâncias e Crianças em Cena (2014).
Ao desenvolvemos nossas atividades na sala, junto com as crianças, vimos o quanto a construção do conhecimento se refletia em uma atividade participativa e socializadora, onde através da história, iam adquirindo novas aprendizagens, ao se relacionar com o outro mais experiente, e através da nossa mediação.
Foram estes estudo que contribuíram para fazermos o nosso planejamento, com a mediação da Professora Supervisora Daniela Rodrigues que contribuiu muito para nas nossas ações. E foi assim, que tivemos bons resultados na nossa prática pedagógica desenvolvida no CMEI.
DESENVOLVIMENTO
Breve histórico da Educação Infantil
O atendimento na Educação Infantil é fortemente marcado pela historicidade das políticas voltadas à infância, além de haver uma diferenciação no atendimento conforme a classe social familiar da criança. Aos mais pobres o atendimento se efetivava no caráter assistencialista (com restrição ao cuidado), enquanto que o grupo socialmente privilegiado recebe um atendimento voltado à promoção intelectual (educar).
Este caráter assistencialista prevaleceu durante muito tempo no ambiente educacional, que começou a ser reorganizado e pensado como um espaço educativo somente a partir de 1959 com a Declaração Universal dos Direitos da Criança e do Adolescente (a nível internacional) e com a Constituição Federal de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente (a nível nacional).
Além desses documentos, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9.394/96), o atual Plano Nacional de Educação (PNE), as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica, são alguns dos atuais documentos tomados por base para a estruturação e visibilidade da Educação Infantil em nosso país. Todos eles remetem ao importante papel desta etapa na formação integral do sujeito, retirando a ideia de assistencialismo na qual foi consolidada de início.
Assim entende-se que um novo cenário educacional se instaura na medida em que exige uma reformulação das propostas pedagógicas desenvolvidas nas escolas de Educação Infantil, o que mobilizou o Ministério da Educação a desenvolver uma parceria com universidades públicas para discutir a reestruturação curricular na Educação Infantil.
Na medida em que os conceitos, finalidades e princípios da Educação Infantil são esclarecidos, fica possível visualizar seu papel e sua atuação dentro da Educação Básica no contexto social, educacional, econômico e cultural que vivemos atualmente.
O artigo 22 da Resolução Nº 4/2010, que define Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica apontam que:
A Educação Infantil tem por objetivo o desenvolvimento integral da criança, em seus aspectos físico, afetivo, psicológico, intelectual, social, complementando a ação da família e da comunidade (BRASIL, 2010, p.6).
Desse modo a Educação Infantil é concebida como primeira etapa da educação básica, não é um ciclo preparatório e nem tampouco um atendimento prestado fora do ciclo da Educação Básica. Como primeira etapa, tem importante contribuição no papel da formação de cidadãos em nosso país, pois constrói a base para todos os estudos posteriores.
As Diretrizes se fundamentam em três princípios:
- Éticos: autonomia, responsabilidade, solidariedade e respeito;
- Políticos: direitos e deveres de cidadania, exercício da criticidade e a respeito ao bem comum;
- Estéticos: sensibilidade, criatividade, ludicidade e diversidade de manifestações artísticas e culturais.
É no princípio Estético que, pela primeira vez, a diferença é pensada. Segundo o parecer22/98, estes três princípios têm por objetivo definir para que a sociedade esteja educando e cuidando as crianças e, consequentemente, como serão desenvolvidas as práticas pedagógicas.
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