A Inclusão de Surdos na Perspectiva dos Estudos Culturais

                                   

                                      UNINTER

   

Bruna de Paula Alves    RU - 127388

Rosa Maria Pereira Barbosa    RU –  1179962

Joana d’arc Pereira de Souza  RU – 307822 e 886184

Tatiane Avelar Maia Barbosa Pinho  RU – 1185336

                    ATIVIDADES DO PORTFÓLIO

      Pedagogia – Libras e Didática

                                    Sete lagoas – MG

                                                       2015

Roteiro de estudo para o texto:

A inclusão de surdos na perspectiva dos estudos culturais.

1. Qual o objetivo do texto?

O texto tem como objetivo a análise da inclusão, em especial dos surdos, no âmbito das escolas regulares, que ocorrem sem a condição necessária e apropriada para o desenvolvimento do aluno, sendo realizadas poucas mudanças no currículo pedagógico para uma melhor adaptação destes, e que, ainda é essencial mudanças no âmbito escolar para que tenhamos uma educação democrática.

2. O que o texto propõe pelo trecho “tratar sobre inclusão significa ir além do ingresso de alunos diferentes na escola”?

A inclusão deve ser tratada como algo natural em que todos nós devemos participar e colaborar não somente em determinados setores, mas em nossas vidas, para que as pessoas que possuem certas limitações sintam realmente inseridas e com participação ativa na sociedade.

3. Onde a pesquisa descrita no texto foi realizada. Qual seu objetivo.

O estudo se realizou em três escolas da rede pública regular de ensino, sendo duas do Ensino Fundamental e uma do Ensino Médio, localizadas na Cidade de João Pessoa, PB – que tinha alunos surdos incluídos.

Estabelecer articulações entre os dados e os referências teóricas da pesquisa. Desvendar o que está por trás dos conteúdos manifestos, indo além das aparências.

4. Explique o termo integração.

O termo integração era usado para representar o processo educacional dos alunos especiais em escolas comuns, juntos com os normais.

5. Aponte algumas iniciativas no sentido de atender a um dos critérios fundamentais para haver o desenvolvimento pedagógico adequado das pessoas surdas em âmbito nacional.

Por um período considerável, o objetivo maior da educação especial foi a integração dos ditos diferentes na sociedade. O termo integração era usado basicamente para representar o processo educacional dos alunos especiais em escolas comuns, junto com os “normais”. Para atingir esse objetivo o trabalho realizado nas instituições especiais era voltado ao processo de reabilitação visando a suprir as lacunas cognitivas, comportamentais, lingüísticas e sociais do aluno. No âmbito mundial o movimento em prol desta política foi liberado em conferencias, dentre elas a conferencia mundial sobre educação para todos realizada em Jomtien, Tailândia no ano de 1990. Essa conferencia que destacou a necessidade de se adotar medidas enérgicas para prover educação para todos sem distinção de qualquer espécie.

6. Apresente as características principais da discussão sobre o currículo e a inclusão dos alunos surdos.

Em meio a esse tão diversificado contexto contemporâneo contraditório e incerto, surge a perspectiva dos estudos culturais, que redefiniram sob a inspiração, sobretudo de Michel Foucault, o significado de cultura, de conhecimento e de currículo. Essa tendência representa um espaço em que o tema da surdez pode ser discutido como uma questão epistemológica e os conceitos de identidade e diferença amplamente respaldado em autores como Silva ( 2004), hall (1997), wordward (2004).

Dessa forma entendemos que a discussão curricular no âmbito da educação de surdos pode ser de forma mais apropriada, pois a encarar o surdo enquanto autor e ator de uma cultura minoritária enquanto usuário de uma língua natural.

7. Explique o caminho percorrido pela pesquisa apresentada no artigo.

O estudo se realizou em três escolas da rede pública regular de ensino, sendo duas do Ensino Fundamental e uma do Ensino Médio, localizadas na cidade de João Pessoa – PB, que tinham alunos surdos incluídos. Constituíram-se participantes do estudo 12 (doze) alunos surdos. Para identificação destes participantes, optaram por identificá-los através de nomes fictícios, com a letra inicial da palavra Surdo. A opção por nomes fictícios, em detrimento do uso de códigos (letras e/ou números), deve-se ao fato de acreditarem que essa forma de identificação possibilita um melhor tratamento aos sujeitos envolvidos no estudo.

Os dados deste estudo foram obtidos a partir de entrevistas, com um roteiro previamente elaborado. As entrevistas foram gravadas em áudio e transcritas, para que fosse possível registrar os depoimentos de forma autêntica.

Foram feitos a transcrição passo a passo, registrando, na íntegra, os depoimentos obtidos. Em seguida, classificaram os dados a partir da leitura exaustiva e repetida dos depoimentos. Permitindo apreender as ideias centrais dos relatos e das descrições sobre o tema em foco, destacando-as em negrito. A análise de dados serviu de condução do processo descritivo. Estabeleceram articulações entre os dados e os referenciais teóricos da pesquisa, tendo por base as questões de pesquisa. E por fim, trabalharam com unidades de registro para analisar o conteúdo das falas dos entrevistados, destacando, para isso, trechos que constituíam o núcleo central e que respondiam mais diretamente à questão, bem como as categorias eleitas (comunicação do surdo-ouvinte, dificuldades quanto à inclusão e visão sobre o Ser Surdo).

8. Apresente uma síntese em que constem os resultados da pesquisa em relação à comunicação surdo-ouvinte, as dificuldades quanto à inclusão e a visão sobre o ser surdo.

Comunicação surdo-ouvinte

Em relação às declarações dos alunos surdos sobre a comunicação, a maioria dos entrevistados faz referência à necessidade exclusiva de um intérprete, apresentando desconhecimento da língua de sinais por parte dos educadores e colegas ouvintes e, embora alguns alunos surdos tenham colocado que faziam leitura labial ou mímica como forma de tentarem se comunicar sabemos das enormes restrições comunicativas desses recursos. Ou seja, ao invés dos educadores estarem mais atentos a esses alunos, os alunos precisa improvisar para serem entendidos, como fizeram menção na pesquisa. Entendemos também a necessidade da inclusão dos surdos no meio escolar pedagógico, interação com professores e alunos ouvintes para o processo de aprendizagem, para a construção de um universo cultural favorável, para compreensão de uma serie de direitos e formação de cidadãos independentes e formados como outro qualquer. Mas, apesar de ser apresentado dessa forma, ainda assim é perceptível a negação dessas pessoas no âmbito social e escolar. Portanto, é necessário querer ouvir a mensagem transmitida por essas pessoas, as ideias, só assim será possível ter uma comunicação entre surdos-ouvintes, entender que todos nós temos os mesmos direitos, e nem sempre as ideias apresentadas serão as mesmas que as nossas.