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A Literatura Infantil

Por:   •  29/9/2015  •  Monografia  •  7.501 Palavras (31 Páginas)  •  309 Visualizações

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INTRODUÇÃO         

                        

A Literatura Infantil vem ao longo dos anos gerando várias discussões nos ambientes escolares, pois vários são os professores que desenvolvem um trabalho efetivo e de extrema importância; mas há também aqueles que não leem e não incentivam os seus alunos.

Hoje, na era tecnológica, em que os jovens desde a mais tenra idade sabem usar vários recursos principalmente da informática, a escola e o professor precisam desenvolver atitudes e espaços para trabalharem a Literatura e conquistarem esses jovens leitores.

O tema escolhido está presente nas orientações dos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), porém na prática nem sempre a literatura infantil é trabalhada motivando a formação de leitores autônomos.

Assim, reconhece-se que é papel do educador, como mediador, estimular o contato com obras que verdadeiramente despertam a fantasia e promovam reflexão sobre temas que constroem identidades e respeitam o multiculturalismo.

                O Objetivo do trabalho é verificar a importância da Literatura Infantil no cotidiano escolar.

                O percurso metodológico fundamenta-se na pesquisa bibliográfica, com leituras reflexivas e críticas sobre o tema.

                O interesse por esse trabalho se justifica pela importância do tema na atualidade, nas práticas desenvolvidas pelos educadores nas escolas e na importância de se construir sentidos daquilo que se lê.

                Assim, o trabalho apresenta-se em três partes. Na primeira parte trata do espaço da literatura infantil dentro do cotidiano escolar, em seguida dá-se ênfase em como trabalhar com a literatura infantil; e na terceira parte a literatura infantil é abordada como importante fonte de formação do leitor.

1 A LITERATURA INFANTIL

                        

A Literatura Infantil é um produto cultural da sociedade contemporânea, que se originou do contar histórias, que é um costume muito antigo. No início ocorreu a adaptação de contos populares contados por pessoas comuns em rodas de história, pois antes disso, não havia a preocupação em incluir crianças na família ou na sociedade, porque a infância era totalmente desconsiderada. “Antes não se escrevia para elas porque não existia infância.” (ZILBERMAN 1985, p.13)

Segundo (COELHO 1985, p.108), o livro infantil mais antigo de que se tem notícia, é o “Livro dos Cinco Ensinamentos”, datado do século V e VI a.C., escrito em sânscrito, cujo conteúdo era ensinamentos religiosos e políticos, dirigido às crianças através de fábulas e narrativas,

Já na Idade Média, com o objetivo de educar moral, política e religião, eram escritas fábulas em manuscritos, podiam ser histórias romanceadas, contos de cavalaria, canções ou bestiário (coleção de histórias sobre animais reais ou imaginários). Algumas obras foram publicadas, no século XVII, durante o classicismo francês, posteriormente classificado como literatura infantil, como: fábulas, de La Fontaine, editada entre 1668 e 1694; as aventuras de Telêmaco, de Fénelon, editadas em 1717; e o mais conhecido de todos, os contos da mamãe ganso, de Charles Perrault, publicado em 1697.

Comênio (NARADOWSKI 2001,P.109) educador tcheco, foi um dos primeiros estudiosos a entender que a literatura infantil deveria divertir e ensinar e lançou, em 1658, o primeiro livro infantil ilustrado; o mundo em quarto quadros, no qual as ilustrações tinham papel fundamental.

Quando a infância surge , com conotação sócio-econômica no seio da sociedade burguesa do século XVIII é que se enfatiza o ser infantil no âmbito pedagógico iniciando assim, o interesse da criação de uma literatura específica, onde a adaptação dos contos populares e folclóricos alavancasse a inserção da criança culturalmente na sociedade, partindo deste ponto, pode-se dizer que realmente começam a surgir no mercado livreiro, livros específicos para o público infantil, isto ocorre na primeira metade do século XVIII. (LAJOLO & ZILBERMAN 1994, p.14).

 Desde então, a Literatura Infantil passa a ser considerada uma vertente da literatura geral, expandindo da França para a Inglaterra, onde se fortaleceu com a Revolução Industrial, que assinalou o período com atividades renovadoras nos setores econômicos, sociais, políticos e ideológicos da época. Neste século, houve, também, outra grande mudança na sociedade, a escola surge como uma instituição que objetivava fortalecer a política e a ideologia burguesa. Com o crescimento e a “popularização” da escola, a Literatura Infantil adentra o século XIX com grande força.

No século XIX, a literatura passa a ser escrita e re-escrita, sendo precedida de sucesso no século anterior. Novos autores surge, consagrando a literatura infantil com os contos clássicos. Para (COELHO 1985, p.108), este século é considerado renovador, pois a criança passa a ser vista como ser que necessitava de cuidados específicos para seu crescimento físico, psicológico e cognitivo, surgindo, então, novos conceitos de vida, educação e cultura, abrindo novos caminhos para a área pedagógica e literária. “Pode-se dizer que é nesse momento que a criança entra como um valor a ser levado em consideração no processo social e no contexto humano” (COELHO 1985, p.108)

Dentre os autores que se destacam neste século por suas obras citam-se: os Irmãos Grimm (Jacob e Wilhelm Grimm), que escreveram seus contos baseados na memória popular de seu povo, como narrativas de lendas, contos folclóricos e histórias de sua terra (Alemanha), todas conservadas por tradição oral.  Tiveram 168 contos publicados entre 1835 e 1872, entre eles estão: O Patinho Feio, Os Sapatinhos Vermelhos, O Rouxinol e o Imperador, O Soldadinho de Chumbo, Os Cisnes Selvagens, A Roupa Nova do Imperador, João e Maria.

Obras como: Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol; Pinóquio de Collodi; Os três mosqueteiros, de Alexandre Dumas; Vinte Mil Léguas Submarinas, de Júlio Verne; Mogli, O Menino Lobo, de Rudyard Kipling; Tarzan da Selva, de Edgard Rice Burroughs; Peter Pande James M. Barrie ; também fizeram muito sucesso e são conhecidas até hoje. A Literatura Infantil, usada hoje de forma adequada, é um instrumento de suma importância na construção do conhecimento, despertando o aluno para o mundo da leitura, não só como um ato de aprendizagem significativa, mas também como uma atividade prazerosa.

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