A ORIENTAÇÃO PARA AVALIAÇÃO
Por: Sergio Morais • 5/5/2018 • Ensaio • 1.417 Palavras (6 Páginas) • 176 Visualizações
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AP1 – 2018.1 – ORIENTAÇÃO PARA AVALIAÇÃO DISCIPLINA: CURRÍCULO Coordenação: Profª Dra. Andréa Rosana Fetzner
Professoras Tutoras: Mestres Andressa Farias Vidal e Bianca Viana Santos Souza Esta avaliação presencial se baseia no estudo do livro de apoio impresso, Volume I, aulas 1 a 8. O livro poderá ser usado para consulta durante a realização desta avaliação.
Objetivos desta avaliação:
- possibilitar ao estudante argumentar sobre situações curriculares com base nos estudos da disciplina;
- verificar a compreensão dos estudantes sobre as intencionalidades das propostas curriculares e suas pretensões (das propostas) para o cotidiano escolar.
Questão 1 (5,0 pontos)
Ao estudarmos sobre as teorias curriculares pós-críticas, percebemos que o currículo produz, por meio do discurso, valores e práticas estéticos, políticos e epistemológicos. Segundo estas teorias, a produção de valores e práticas constrói sujeitos (que por sua vez não “se constroem”, mas “são construídos”) que são “desejados” e outros que seriam “indesejados” (do ponto de vista escolar). Por isso, os grupos que se identificam como “indesejados” reivindicam a necessidade de mudanças curriculares. Escolha um desses grupos, explique suas reivindicações e exemplifique como, na prática escolar, as práticas discursivas podem prejudicar o grupo destacado por você.
A questão refere-se ao capítulo 3 – tratando das perspectivas curriculares pós-críticas.
Pontuação:
No quesito ” Escolha um desses grupos”:
1,0 para quem identificar um grupo ou vários grupos
Zero para quem identificar o grupo como “multiculturalismo” (é um movimento ou perspectiva teórica, não um grupo de “indesejados”; pós-críticas (isto é uma concepção curricular não um grupo de “indesejados”); críticos (referindo-se aos princípios das perspectivas curriculares críticas)
O estudante precisaria identificar o grupo que escolheu. Segundo o livro, são os questionadores dos discursos construídos na escola negros; lgbts; mulheres; os que questionam a ciência em si (pósmodernismo); os que questionam a ordem, o controle e as disciplinas escolares; os pósestruturalistas, que questionam os conceitos, os fundamentos, os princípios de forma geral; os póscolonialistas, que questionam a colonialidade) e os estudos culturais que questionam o poder exercido por meio da cultura. Ou seja, é possível o estudante não escolher apenas um grupo já identificado como “indesejado” (pelas políticas identitárias – negros, lgbts, mulheres), mas grupos de professores ou estudantes que questionam a estrutura do pensamento, as disciplinas, o poder da cultura, etc.
No quesito “explique suas reivindicações“:
2,0 para quem explicou as reivindicações do grupo escolhido. Era preciso apresentar os argumentos de quem reivindica, e não sua (ou apenas sua) opinião sobre o grupo.
Argumentos comuns a serem aceitos como resposta:
Lutas dos grupos excluídos por respeito na sociedade, por igualdade de direitos, por salários iguais, por respeito a sua cultura e a suas linguagens, por respeito a seus valores, a sua comunidade. Por espaço físico, social e cultural. As diferenças são construídas discursivamente,
Negros – questionam o lugar do negro na linguagem (“a situação ficou preta”), na sociedade, nas mídias, nas referências sociais e estéticas, religiosas, nos livros de histórica, etc.
Feministas – questionam o patriarcado, porque o homem tem mais poder e salário que as mulheres no mundo, porque a ciência feita por homens é mais divulgada que a ciência feita por mulheres. Na atividade da página 70 (comentário) o estudante encontra algumas frases que podem prejudicar os estes grupos, se citar algumas, não tem problema.
Gênero (todos vinculados ao tema) – o direito à performatividade de gênero, a sociedade precisa entender que as representações do que é “ser homem” ou “ser mulher” são socialmente construídas e mudam. Muitas representações servem para explorar a mulher e para oprimir os homens (ex. meninas usam rosa; mulher é que cuida da criança; menina é que brinca de boneca; meninos usam azul; homem não chora; homem é quem sustenta a casa; etc.)
No quesito “exemplifique como são prejudicados” pelas práticas discursivas
2,0 para o exemplo de como, na prática escolar, as práticas discursivas podem prejudicar o grupo escolhido. Ex.: não o representando em murais, tratando-os de forma pejorativa, outras.
Pontuação final da questão 1:
4,0 quando o grupo não tenha sido identificado (pelo estudante), mas o discurso no entendimento das diferenças e na indicação de práticas que prejudicam diferentes grupos sejam apresentados.
Neste caso, a nota máxima será 4,0.
4,0 quando as reivindicações (mesmo que genéricas) estejam apresentadas e as práticas que prejudicam também, mas os grupos foram identificados de forma equivocada: “o multiculturalismo”, “os críticos”, “o currículo pós-crítico”.
3,0 quando só realizou a descrição das reivindicações ou só realizou a descrição das práticas que os prejudicam.
Zero – quando não fez nada do que foi proposto.
Dica docente:
Quando você estiver realizando um trabalho ou prova que implique responder alguma pergunta, preste atenção na pergunta e comece sua resposta com a parte da pergunta que você vai responder. Ex. O grupo “indesejado” que vou tratar é o que reúne os ......; suas reivindicações são ....; na prática escolar, os discursos que circulam na escola os prejudicam quando ....
Este tipo de redação evita a divagação, as ideias que vão surgindo na resposta e te afastando do que foi perguntado a você. Funciona em trabalhos e provas e funciona também nos debates em redes sociais. (*) [continua]
Questão 2 (5,0 pontos)
Segundo Moreira e Candau, (In CANDAU, 2012),
“A escola sempre teve dificuldade em lidar com a pluralidade e a diferença. Tende a silenciá-las e neutralizá-las. Sente-se mais confortável com a homogeneização e a padronização. No entanto, abrir espaços para a diferença e para o cruzamento de culturas constitui o grande desafio a que está chamada a enfrentar” (CANDAU, 2012, Didática Crítica Intercultural, Ed. Vozes, p. 179)
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