A Outra Tese: Desescolarizar a Sociedade (Resumo)
Por: Rayane Lima • 5/12/2019 • Resenha • 333 Palavras (2 Páginas) • 333 Visualizações
A outra tese: desescolarizar a sociedade (Resumo)
De acordo com o renomado pensador Ivan Illich, a escolarização nada tem a ver com a educação, com o aprendizado da sociedade. Muito pelo contrário, a obrigatoriedade escolar interrompe e inviabiliza o aprendizado posto que o que se habita na escola é um tipo de confinamento, acumulo de conhecimento e uma monopolização da “educação”. Para ele, a escola torna o conhecimento massante, às vezes utiliza-o até como forma de punição. Na busca de fixar e uniformizar os sujeitos, ela não respeita a subjetividade do desejo e desencoraja a busca pelo conhecimento. Essa mesma escola, que funcionou no século passado para derrubar o feudalismo, tornou-se agora um ídolo opressor que só protege aqueles que já educaram. As escolas qualificam e, portanto, desqualificam. E fazem o desqualificado aceitar a sua própria sujeição. Neste livro, ele apresenta sua teoria de uma sociedade sem a institucionalização da educação e critica duramente as escolas. Ele é considerado um autor libertário e bastante utópico. Illich acredita que o aprendizado só seria possível em um modelo de educação em que não se tenha a escola como única mantenedora deste conceito. Ou seja, a escola, que hoje entendemos como centro de conhecimento, não cumpre seu respectivo papel dentro da sociedade. No seu outro livro “Sociedade sem escolas”, Ivan Illich levanta ponto críticos de extrema importância para a solução da desescolarização da sociedade: uma reinvenção da educação (não uma simples reforma da escola, que mais não faria senão reproduzir a sociedade escolarizada, e sim a sua desinstalação). Tais pontos são organizados em seis categorias: escola, escolarização, ensino, currículo obrigatório (currículo oculto da escolarização), certificado de diplomas, professor, e principalmente redes (teia educacional). Illich concorda que o ensino escolar pode contribuir em alguns aspectos a depender das circunstâncias, mas problematiza o fato de que as aprendizagens mais importantes da vida não acontecem no ambiente escolar, elas ocorrem no que o autor chama de teia educacional, ou seja, nas vivências extra escolares em que as aprendizagens tomam sentido.
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