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A Paradigmas da Didática

Por:   •  11/2/2018  •  Resenha  •  694 Palavras (3 Páginas)  •  363 Visualizações

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Instituto de Educação

Disciplina: Didática I

Discente: Licenciatura em Pedagogia- 2ºano vespertino

Paradigma, paradigma tecnicista e paradigma crítico

Paradigma é um modelo ou padrão a seguir. É um conceito das ciências e da epistemologia (a teoria do conhecimento) que define um exemplo típico ou modelo de algo. Etimologicamente, este termo tem origem no grego paradeigma que significa modelo ou padrão, correspondendo a algo que vai servir de modelo ou exemplo a ser seguido em determinada situação. É a representação de um padrão a ser seguido. Um consenso cientifico.

O paradigma tecnicista da didática é caracterizado pelo processo de ensinar e aprender de maneira racional, como uma questão fundamentalmente técnica, interna à escola. Organizam-se técnicas de ensino a aprendizagem, mais eficiente, pois a escola é vista como uma máquina de ensinar conteúdos, pois ela é exatamente compreendida nesse contexto da lógica tecnicista como uma máquina.

Utiliza-se de métodos técnicos como manuais, módulos de ensino, livros didáticos, dispositivos audiovisuais, visando à formação de indivíduos para atender ao mercado de trabalho. Segundo Veiga-Neto:

O paradigma tecnicista faz do processo de ensinar e aprender uma questão fundamentalmente técnica e, portanto, uma questão interna à escola. Que quero dizer com isso? Quero dizer, por exemplo, que quando o professor ou professora saem da sala de aula é, para, no máximo, ir até a Psicologia em busca de conhecimentos sobre como a criança pensa, aprende, sente, se movimenta, amadurece, se comporta assim por diante. A partir desses conhecimentos psicológicos, organizam-se técnicas de ensino-aprendizagem mais eficientes, pois a escola é vista como uma máquina de ensinar conteúdo. (1996, p.164)

Baseado numa psicologia comportamental, o paradigma da didática tecnicista, atua no aperfeiçoamento do sistema dominante diretamente com o sistema produtivo, promovendo o ‘’desenvolvimento econômico’’, treinando cientificamente para a utilização da tecnologia.  

A escola como máquina não é a produção isolada de um pedagogo ou de um campo de conhecimento, mas é o resultado de uma confluência de práticas discursivas e não discursivas, mudanças sociais, econômicas, políticas e culturais que configuram uma ideia de ordem, de disseminação do poder disciplinar fazendo surgir um tipo especifico de educação com um objetivo especifico.

Com base na afirmação acima se entende que a didática tecnicista, paradigmaticamente estabelece um padrão de comportamento e de pensamento. Não permitindo o pensamento livre, dotado de questionamentos e de aberturas a pensamentos contrários ou novos.

Já o paradigma da crítica, valoriza a questão da diversidade cultural, da subjetividade humana, das diferenças, da linguagem digital, das novas tecnologias, é emancipadora no contexto histórico, sociopolítico, cultural, no cotidiano das escolas, relações no trabalho onde o professor está pronto a discutir questões ligadas à aprendizagem e ao conhecimento.

O paradigma da didática critica trata-se de dar ao ato pedagógico um formato político, contextualizando todos os cenários em volta da escola, mundo social, econômico e cultural. Neste contexto os professores têm uma missão libertadora, frente aos processos escravizadores de uma sociedade em que os alunos estão inseridos.

Ele tem como característica fundamental dar ao ato pedagógico um formato político, neste cenário professores saem da sala de aula, para buscar compreender o que é a escola, quais são as relações com o mundo social, econômico e cultural em busca de uma transformação das relações econômicas e sociais.

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