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A Parceria da Família na Escola

Por:   •  22/11/2019  •  Projeto de pesquisa  •  3.002 Palavras (13 Páginas)  •  289 Visualizações

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A Parceria da Família na Escola

Ana Paula Santos Martins1

Joice Helayne Melo Pantoja2

Maria Izabel Moraes Vilhena3


RESUMO

O presente trabalho tem como tema central a participação dos pais no contexto da escola, bem como, a relação entre escola e família e sua importância para a educação e desenvolvimento humano. Através de pesquisa bibliográfica, buscou-se analisar os aspectos positivos que o envolvimento dos pais podem gerar diretamente na aprendizagem e quais suas formas de participação no ambiente escolar. Também serão apresentadas reflexões a respeito das implicações negativas da ausência paterna causados pela falta de interação entre família e escola. Esta pesquisa foi realizada em uma escola da rede pública do Município de Igarapé Miri/PA e dispôs como ferramenta para coleta de dados: entrevista com professores, pedagogos da instituição e com pais de alguns alunos, seguindo posteriormente por texto discursivo sobre as análises e comparação de dados com a literatura. O Objetivo deste trabalho tem como fim, verificar a troca de experiências feitas com os pais, e os resultados que isso pode acarretar na aprendizagem do educando, buscando facilitar a relação família e escola na medida que busca estratégias que venham proporcionar essa relação baseada no diálogo e na participação.

Palavras – Chave: Escola, Família, Participação, Educação.

        


  1. INTRODUÇÃO

De acordo com Rego (2003), a família e a escola dividem funções sociais, políticas e educacionais, conforme colaboram e influenciam a formação do indivíduo.

“A família é considerada a primeira agência educacional do ser humano e é responsável, principalmente, pela forma com que o sujeito se relaciona com o mundo, a partir de sua localização na estrutura social. ” (OLIVEIRA, 2010 p. 100).

É no ambiente familiar que a criança recebe a educação inicial, de acordo com a cultura dos pais. A escola por sua vez, busca contribuir com a ação da família no desenvolvimento educacional.

Cada vez mais são atribuídas novas exigências às escolas, novos desafios. Essa instituição não pode ser pensada fora do contexto social, ela reflete o que está acontecendo em sociedade, e o que ela faz também reflete na sociedade. Uma das contribuições positivas que a escola promove é uma educação para a democracia. (Heineck, 2016)

Segundo Polonia e Dessen (2005) a escola e a família destacam-se como duas instituições fundamentais cuja importância só se compara à própria existência do Estado como fomentador dos processos evolutivos do ser humano, proporcionando ou inibindo seu crescimento físico, intelectual e social. No ambiente escolar, uma vez atendida às demandas psicológicas, sociais, culturais e consequentemente cognitivas, esse desenvolvimento irá acontecer de forma mais estruturada e pedagógica, que no ambiente doméstico familiar. (p.304)

De acordo com PARO:

Cada vez mais se afirma a participação da comunidade especialmente dos pais, não apenas como um direito de controle democrático sobre os serviços do Estado, mas também como uma necessidade do próprio empreendimento pedagógico que levado a efeito na escola, mas que supõe seu enraizamento e continuidade com todo o processo de formação do cidadão que se dá no todo da sociedade. (PARO, 2011, p. 59).

Este trabalho busca compreender a influência da relação entre a escola e a família no rendimento escolar dos alunos, pois tem sido um aspecto muito discutido entre os profissionais da área da educação e dentro do ambiente escolar. A compreensão desta relação se faz necessário para iniciar uma argumentação com o intuito de melhorar o ambiente escolar e seus sujeitos.

  1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Educação diz respeito a existência humana ao longo de toda trajetória do indivíduo e da sociedade, nas diferentes culturas. Relaciona-se com a formação da humanidade no ser, prática social induzida pela sociedade, visando à construção do cidadão. (Brendler, 2013)

Sendo este um estudo que se propõe a analisar a relação família e escola, não poderia deixar de conceituar o termo participação e família para que possamos ter claro com que núcleo de pessoas envolvidas com os alunos queremos estabelecer relação.

Castro (2010) afirma que “[...] de um modo bem geral, por participação pode-se entender qualquer ação humana que se lança na direção de um contexto mais amplo, com motivações variadas, em lugares e circunstâncias diversas” (CASTRO, 2010, p. 15).

Participação origina-se do latim participare, participar, cuja raiz é pars, partis, o substantivo ‘parte’. Ou seja, na raiz, participar indica a enunciação de ser parte em algo maior, comunicar-se com o que permanece além (da parte), lançar-se no movimento de inserção no todo no qual a parte é parte, como também, afetar o todo, recriá-lo. Participar, então, deslancha sempre um processo de busca, pertencimento e ação criadora (CASTRO, 2010, p. 15).

Concomitantemente, Castro (2010) e outros autores como Pateman (1992) e Sá (2001) definem, de modo geral, a participação como sendo um processo político do indivíduo na tomada de decisões.  

Segundo (MICHAELIS, 1998),

Família: conjunto de ascendentes, descendentes, colaterais e afins de uma linhagem. Pessoas do mesmo sangue, que vivem ou não em comum. Descendência, linhagem. O pai, a mãe e os filhos. Instituição social básica que compreende um ou mais homens, vivendo maritalmente com uma ou mais mulheres, os descendentes vivos, e, às vezes, outros parentes ou agregados. Grupo constituído por marido, mulher e filhos menores ou solteiros. (MICHAELIS, 1998)

No entanto, durante os últimos anos vários fatores fizeram com que a família se reagrupasse e tivesse uma organização bastante heterogênea. Portanto, não podemos caracterizar as famílias de nossos alunos de acordo com o modelo tradicional formado por pai, mãe e irmãos. “Embora não seja apropriado conceber um modelo único de família e/ou escola, é possível considerar que cada uma dessas instituições pauta-se por propósitos e princípios distintos. ” (Setton 2002 p. 3).

A criança ao nascer é inserida na sociedade pela influência das famílias, e assim acaba por incorporar a cultura que a cerca, a qual engloba modelos de valores, morais, crenças, religião e ideias, que lhe serve como base de comportamento. É através destas relações que a família exerce grande influência na criança, sendo a maneira de se comportar a mais evidente. A criança é dessa forma diretamente influenciada pelos seus familiares na forma de pensar e na de agir. (ALMEIDA, 2014)

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