A Produção de Texto Acadêmico
Por: michelykroupa • 5/1/2024 • Trabalho acadêmico • 907 Palavras (4 Páginas) • 49 Visualizações
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
Pedagogia EAD
Michely da Conceição Matos Kroupa
Matrícula: 1230107467
Polifonia no texto acadêmico: como desenvolver boas práticas de letramento no Ensino Superior
Rio de Janeiro/RJ
2023
Michely da Conceição Matos Kroupa
Polifonia no texto acadêmico: como desenvolver boas práticas de letramento no Ensino Superior
Disciplina: Produção de Textos Acadêmicos
Tutora: Maíra Moraes Pereira
Rio de Janeiro/RJ
2023
POLIFONIA NO TEXTO ACADÊMICO
Ao ingressar no ensino fundamental, os estudantes iniciam a jornada de formalização do aprendizado da leitura e da escrita, apropriando-se da língua como objeto de pensamento (CORREA, 2010). À medida que progridem na escolarização, técnicas como sublinhar, destacar e organizar informações para criar resumos, além do contato com diferentes produções escritas (literárias ou não), auxiliam no desenvolvimento/refino da habilidade de ler – e produzir – textos de variados estilos e com diferentes objetivos. Porém, quando se trata de textos acadêmicos, a atenção às referências e citações deve ser uma prioridade que nem sempre é observada.
Ao chegar ao ensino superior, a falta de familiaridade com as normas ABNT, o desconhecimento da diferença entre a escrita autoral e a utilização de citações e referências e o pouco repertório torna-se evidente desde os primeiros períodos. Essa lacuna de conhecimento leva alguns estudantes a cometerem plágio em seus trabalhos sem darem por isso, ressaltando a importância de uma base sólida desde as fases iniciais da educação.
Os métodos aplicados na escola, na maioria, consistem em manter traços de uma pedagogia ultrapassada, em que as aulas são ministradas à base de cópias, de reprodução de esquemas, organizadas em uma linha positivista, estruturalista, baseado no método cartesiano, e o conteúdo tem fim em si mesmo. (MARTINES, 2018, p.1)
A polifonia em textos refere-se à presença de “vozes” múltiplas, ou seja, perspectivas, opiniões e alusões a autores que contribuem para a discussão do tema, gerada pelas citações e referências, enriquecendo a argumentação, proporcionando uma abordagem mais completa e fundamentada. São textos e materiais que o aluno leu e estudou para compreender o assunto, formando sua própria opinião abalizada. O texto acadêmico deve ser construído a partir do real entendimento do estudante, expresso com as próprias palavras, sempre incorporando citações e referências para validar a argumentação.
O aprimoramento da habilidade de produção de texto poderia ocorrer ao integrar essa prática no currículo do ensino médio e fundamental, tornando-a parte das responsabilidades e avaliações dos estudantes. Isso evitaria que chegassem ao ensino superior sem saber produzir um texto autêntico – incluindo referências e citações às suas leituras sem recorrer a cópias.
No contexto acadêmico, as produções textuais são fundamentalmente estruturadas numa amálgama de uma polifonia textual. Os relatórios de iniciação científica e projetos de pesquisa reportam-se a diversos cientistas e pesquisadores distintos, os quais também utilizam diversas outras referências em suas pesquisas, decorrentes de outras investigações. Ao discente recém-ingresso na comunidade acadêmica, compreender a polifonia no caráter textual é tornar-se competente para discernir as opiniões contrastantes dos diversos autores investigados, preservando a autenticidade das ideias dos autores, sem cair em deturpações ou cometer o crime de plágio. (CAVALHEIRO, 2021, pp. 9-10)
A falta de orientação adequada sobre normas de formatação e citação pode levar ao plágio, que é crime. No ensino à distância, a ausência de contato direto com o professor pode dificultar a compreensão das atividades e do conteúdo programado. É necessário lidar com estrutura de texto – e exigências de produção textual – em geral muito diferentes das apresentadas do ensino médio, e o progresso acadêmico depende da aquisição destas competências. No entanto, muitos estudantes ingressam na Universidade após um ensino médio deficiente, e enfrentam dificuldades adicionais para compreender e interpretar textos acadêmicos. Além disso, aqueles que optam pela modalidade não presencial muitas vezes o fazem em virtude de obrigações e compromissos outros - com trabalho, família e filhos – que deixam pouco tempo disponível para estudo. Esta sobrecarga também pode prejudicar o aprendizado. Para melhorar essa situação de forma a garantir oportunidades de aproveitamento a todos, seria valioso oferecer videoaulas com ensinamentos e orientações detalhadas sobre essas normas e promover interações online, sempre que possível.
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