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A Produção Textual Interdisciplinar em Grupo

Por:   •  19/4/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.953 Palavras (8 Páginas)  •  137 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

Uma Produção Textual Interdisciplinar em Grupo nada mais é do que uma problemática hipotética cujo objetivo é levar o acadêmico a utilizar toda experiência adquirida durante as aulas na resolução de uma situação corriqueira da profissão. As experiências adquiridas através da PTIG levam o aluno a desenvolver senso crítico diante de uma situação, e a buscar meios e informações para a resolução do caso em questão. Algo fundamental para a vivência como profissional em educação.

Homologado em 2017, a Base Nacional Comum Curricular tem como objetivo assegurar a promoção e incentivo a educação, através da informação de direitos e objetivos da aprendizagem e desenvolvimento do aluno no contexto educacional brasileiro. Essa Base trás em seus ternos 10 competências a serem desenvolvidas durante o processo de aprendizagem, com intuito de garantir os direitos estabelecidos na Constituição de 1988. Baseada nessas competências, a Base Nacional Comum Curricular é responsável por influenciar as práticas pedagógicas, na medida em que todo o currículo pedagógico precisou ser repensado para se adequar as competências da mesma. Diante disso, surgiu a necessidade de analisar as transformações ocorridas na esfera educacional em decorrência da homologação da BNCC, particularmente no que diz respeito a sua relação com as tendências pedagógicas.

Dessa forma, a presente produção tem como objetivo articular as interfaces entre as competências da Base Nacional Comum Curricular e as práticas pedagógicas. Com foco na relação entre a base nacional comum e as tendências pedagógicas, e apresentar propostas que caminham em direção ao desenvolvimento de cada uma das competências da BNCC.

  1. DESENVOLVIMENTO

2.1. Desafio 1 - Relação entre a Base Nacional Comum Curricular e as tendências pedagógicas

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) apresenta os direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento. Na época de sua homologação, em 2017, o Brasil enfrentava uma discrepância entre os modelos de ensino, o que concedia ao conhecimento um local de privilégio e exclusividade. É nesse contexto que a BNCC é criada: ela surge como uma resposta ao cenário pedagógico, buscando garantir uma maior unificação e semelhança entre os conteúdos abordados nas escolas (BRASIL, 2018).

Em relação ao objetivo da implantação da Base Nacional Comum Curricular, o Ministério da Educação afirma que o papel da BNCC é ajudar na superação da fragmentação das políticas educacionais, através do fortalecimento do regime de colaboração entre as três esferas de governo. Assim, para garantir o acesso e permanência na escola, é necessário que sistemas, redes e escolas garantam um patamar comum de aprendizagens a todos os estudantes, tarefa para a qual a BNCC é instrumento fundamental (BRASIL, 2018).

Através da BNCC elaborou-se 10 competências, definidas como a mobilização entre os elementos da seguinte tríade: conhecimento, habilidades biopsicossociais (práticas, cognitivas e socioemocionais) e valores (atitudes/questões éticas). Nesse sentido, ao tornar a aprendizagem voltada para essas competências, a BNCC construiu rumos para uma educação que estimulem ações que contribuam para a transformação da sociedade, tornando-a mais humana, socialmente justa. Esse impacto foi ocasionado, principalmente, devido a necessidade de repensar o espaço e o currículo educacional. As novas competências estabelecidas pela BNCC possuem um caráter político, que tange a democracia e a políticas de seguridade social. Além disso, um currículo baseado na BNCC amplia as potencialidades do indivíduo, não focando na transmissão de conhecimento, mas no desenvolvimento de habilidades, tais como a pesquisa e o pensamento crítico (BRASIL, 2018).

As competências expostas na BNCC são ilustradas na Figura 1 abaixo:

Figura 1. Competências da Base Nacional Comum Curricular.

[pic 1]

Fonte: Google Imagens, 2021.

A primeira competência “Conhecimento” visa a valorização e utilização dos conhecimentos historicamente construídos no mundo físico, social, cultural e digital com finalidade de gerar entendimento e explicação da realidade. Propondo um continuo aprendizado e colaboração para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. Essa competência está vinculada a um processo sócio crítico da educação e funciona como base para as outras 9 restantes, e afirma que os professores devem estar cientes que a transmissão de conhecimento não é um processo passivo para o aluno, afinal, essa aquisição de conhecimento é fundamental para sua formação humana (SANTOS, 2021; APOLINÁRIO; TARRAGÓ & FERST, 2021).

Trazendo essa visão para a análise da competência, nota-se a finalidade de se trabalhar as experiências de vida dos alunos, com o objetivo de, ao ocorrer o contraste entre sua realidade e os conteúdos abordados, desenvolver uma visão científica e crítica por parte da sociedade. Dessa forma, o aluno é orientado a participar ativamente da sociedade, na busca de lutar pela democratização dos conhecimentos. Com isso em mente, é possível rever as práticas pedagógicas que podem ser realizadas pelo professor para se conquistar essa visão crítica-social da educação. A primeira a ser mencionada é o local concedido ao professor e ao aluno. Conforme essa competência, os alunos devem ter um local central no processo ensino-aprendizagem, sendo o processo o responsável por ajudá-lo nesse processo (APOLINÁRIO; TARRAGÓ & FERST, 2021).

A competência do Pensamento científico, crítico e criativo visa exercitar a curiosidade intelectual e recorre à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções com base nos conhecimentos das diferentes áreas. Já o Repertório cultural valoriza as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. A Comunicação presa pela utilização de diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos, além de produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo (SAE DIGITAL, 2021).

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