A RESENHA ACADÊMICA
Seminário: A RESENHA ACADÊMICA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Dayasp • 23/9/2013 • Seminário • 1.305 Palavras (6 Páginas) • 457 Visualizações
A RESENHA ACADÊMICA
Em consonância com o resumo, a resenha também se caracteriza como texto que
apresenta informações selecionadas e resumidas sobre o conteúdo do texto, entretanto
acrescentam a elas comentários e avaliações. Por conta disso, alguns a nomeiam como
resenha crítica.
A condição de produção da resenha acadêmica considera o aluno como o
escritor/resenhista, endereçando o texto a um professor que, por conhecer a obra, avaliará a
capacidade de o estudante ler, compreender e resumir a obra, além de opinar sobre ela.
Nesse sentido, é importante que o resenhista reconheça o plano geral de uma resenha,
apresentado da seguinte forma por estas autoras:
No início de uma resenha, encontramos informações sobre o contexto e o
tema do livro resenhado. Em seguida, o (s) objetivo (s) da obra resenhada.
Antes de apontar os comentários do resenhista sobre a obra, é importante
apresentar a descrição estrutural da obra resenhada. Isso pode ser feito por
capítulos ou agrupamento de capítulos. Depois, encontramos a apreciação
do resenhista sobre a obra. Aliás, é importante que haja tanto comentários
positivos quanto negativos. Finalmente, a conclusão, em que o autor deverá
explicitar/reafirmar sua posição sobre a obra resenhada. (MACHADO;
LOUSADA e ABREUTARDELLI, 2004, p.114)
Os organizadores textuais (conectivos) também são fundamentais para a clareza e a
coerência desse tipo de texto, contribuindo para relacionar as idéias da obra e destacar o
posicionamento do resenhista quanto ao escrito. A seguir vai uma lista com alguns conectivos e
as relações que eles podem estabelecer entre uma ideia e outra:
1. adição: e, nem, também, não só... mas também.
2. alternância: ou...ou, quer... quer, seja... seja.
3. causa: porque, já que, visto que, graças a, em virtude de, por (+ infinitivo).
4. conclusão: logo, portanto, pois.5. condição: se, caso, desde que, a não ser que, a menos que.
6. comparação: como, assim como.
7. conformidade: conforme, segundo.
8. conseqüência: tão...que, tanto...que, de modo que, de sorte que, de maneira que.
9. explicação: pois, porque, porquanto.
10. finalidade: para que, a fim de que, para (+infinitivo).
11. oposição: mas, porém, entretanto, embora, mesmo que.
12. proporção: à medida que, à proporção que, quanto mais, quanto menos.
13. tempo: quando, logo que, assim que toda vez que, enquanto.
Ao apresentar a opinião sobre a obra, não é necessário fazê-lo com expressões
explícitas do tipo “eu acho que”, “na minha opinião”, “eu penso que”, pois isso deve ser feito de
modo indireto. Veja como a subjetividade dos resenhistas se manifesta nestes trechos de
maneira implícita:
É um livrete didático, de expressões simples (adequadas a qualquer leitor), carregadas
de intuições e emoções pessoais.
Além de ser resultado de uma acurada pesquisa (...) o livro de Paulo Fontes aponta para
aspectos fundamentais da possibilidade...
Recomenda-se, ainda, que a manifestação da subjetividade do resenhista considere
algumas regras de polidez de modo a não agredir o autor da obra.
Como numa resenha podem ser feitas referências a diferentes vozes no texto, alguns
procedimentos são necessários para realizá-las a fim de distinguir o que é dito pelo autor da
obra do que é dito pelo resenhista, entre os quais destacamos:
a) Expressões que introduzem a voz do autor da obra como “no dizer do autor”, “o livro
se centra”, “a obra tem por objetivo”;
b) Verbos para mencionar o que autor faz ao longo do texto como estruturar, dividir -
para referir-se ao modo como o autor estrutura e organiza a obra; apresentar, desenvolver,
descrever - para referir-se à indicação do conteúdo geral da obra; objetivar, propor-se a – para
indicar os objetivos da obra; sustentar, contrapor, confrontar – para referir-se ao
posicionamento do autor quanto à tese por ele defendida.c) Aspas como recurso gráfico para demarcar reprodução tal e qual da fala do autor do
texto de modo que o resenhista demarque tom irônico em sua afirmação, justificativa de
assertiva ou ainda prova de que baseia a sua fala em trechos da obra resenhada. Esse recurso
ainda pode ser usado para trazer ao texto vozes de outros autores para dialogar com o autor
do texto original, contrapondo idéias.
Em suma, a produção de uma resenha requer de seu escritor a compreensão global do
texto, por isso uma leitura atenta e crítica do texto deve levar em consideração a identificação
dos conteúdos colocados como centrais e secundários pelo autor; o reconhecimento da forma
de organização do texto,
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