A Revolução Digital na Educação

GABRIEL, Martha. Educação 2.0 in Educar: revolução digital na educação. São Paulo: Saraiva, 2013.

Leonardo Braga Barcelos

Isaac Asimov, em 1988, apresenta ideias do impacto como as tecnologias digitais transformariam educação nos dias presentes, onde as redes de computadores possibilitam uma educação one-to-one, de forma individualizada e customizada e também a educação para adultos. O processo acelerado das evoluções das tecnologias tem mudado a cultura da educação, que antigamente era focada nos jovens e tinha uma certa idade para ser finalizada, e necessidade constante causas pela era digital leva de volta aos estudos pessoas de todas as idades.

Sir Ken Robson, argumenta que todos os países estão reformando a educação pública por dois motivos, econômicos e culturais. O primeiro para preparar os jovens para o mercado devido as constantes mudanças, e o segundo fazer a preservação da identidade cultural enquanto acontece o processo de globalização. O mesmo, faz uma análise do modelo tradicional de educação, idealizado no iluminismo mais ainda utilizado atualmente. Nesse modelo a inteligência é vista como sinônimos de habilidades acadêmicas. Por ter surgido na época da Revolução Industrial o modelo tradicional atende essa demanda de linha de produção, sinais sonoros, disciplinas separadas, alunos organizados em lotes e idades.

Para quebrar esse paradigma é necessário, então, mudar e se abster dos antigos conceitos, pois atualmente os jovens recebem todo tipo estimulo, ficando entediados com o modelo tradicional.

Então uma das principais mudanças nos paradigmas educacionais causado pelas tecnologias digitais é o modelo focado no professor (one-to-many) torna-se distribuído (many-to-many) e personalizado (one-to-one). Essa transformação favorece a colaboração entres os aprendizes, desenvolvendo a criatividade, inovação e pensamento focado na solução de problemas.

Assim, as principais mudanças de paradigmas na educação em função das transformações tecnossociais das últimas décadas são:

Educação contínua: não existe mais uma idade para começar ou parar de estudar, pois o ambiente em transformação constante e acelerada requer aprendizado contínuo.

Educação fragmentada: em função da proliferação de plataformas de informação e comunicação, as pessoas estão expostas constantemente conteúdos provenientes de inúmeras e distintas fontes e dispositivos interconectados.

Educação distribuída: enquanto as tecnologias digitais fragmentam a informação em pílulas nas diversas plataformas, elas também permitem, principalmente, a conexão, colaboração e troca de informações no modelo many-to-many(de muitos para muitos),e não mais apenas no modelo one-to-many(de um para muitos), que era predominante na educação tradicional.

Educação personalizada: permite o modelo de relacionamento one-to-one(uma um), ou seja, individualizado e personalizado.

Aprendizagem ativa: no modelo educacional tradicional, a aprendizagem era predominantemente passiva, em que os alunos aprendiam por meio dos conteúdos fixos limitados que os professores disponibilizavam para eles por meio dos ambientes e instrumentos formais de educação – matrizes e disciplinas específicas, sala de aula e livros.