A Revolução dos Bichos

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE

DISCIPLINA: POLÍTICA, ESTADO E EDUCAÇÃO.

PROF. ALEXANDRE VIANA

Guilherme José da Silva.

A REVOLUÇÃO DOS BICHOS

O filme “A revolução dos bichos”(1999) de John Stepheson, foi baseado na obra de George Orwell, Animal Farm (1945) que realiza uma crítica ao comunismo ocorrido na União Soviética, através de uma história de corrupção e traição, no qual se utiliza de figuras de animais para representar o que os humanos tem de mais fraco e o que podem fazer para unir forças e derrubar o poder comunista que se estabelece na Rússia, na época de Stalin, sendo feita uma analogia feita relacionada ao stalinismo.

O filme começa com o pronunciamento feito por um dos animais, que fala em um futuro próspero, uma revolução e uma promessa de liberdade, instigando as emoções de todos. Como animais do campo, eles trabalham diariamente, recebem comida apenas o suficiente para sobreviver e o resto é usufruído pelos humanos. Relacionado com o texto de Bobbio, a democracia representativa ou liberal enfatiza a liberdade (independência, autonomia). Considera relevante às diferenças individuais e as singularidades, no entanto, é pluralista. No entanto, no filme, uma fala fica bem marcada, quando fala que “todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais que outros. ”

Quando a revolução realmente acontece, a ideia é de que todos os animais são iguais e qualquer coisa que remeta aos humanos é proibida. A primeira semelhança com a realidade é que alguns animais aprendem a ler e escrever, outros aprendem com alguma dificuldade e a maioria nunca aprende, se limitando a repetir o que é ensinado pelos outros. É possível relacionar com as políticas públicas educacionais, as políticas sociais, que são levantadas por Azevedo, na qual a alguns projetos são voltados para grupos específicos, nos quais são necessários desenvolver habilidades para que o aprendizado seja realmente efetivo, sendo ele uma função do estado, porém cabe ao indivíduo sua qualificação. Claro, no filme isso é utilizado em favor daqueles que sabem ler, que fazem uso de sua influência sobre os outros para benefício próprio.

Após esse processo de aprendizagem, todos os animais da fazenda, que inicialmente são criados na finalidade comercial pelo dono da fazenda passam a trabalhar juntos para defender os ideais do velho Major. Esse momento é de extrema importância pois está bem claro a concepção de democracia e no ideal de bem comum.

Alguns questionamentos sobre o novo funcionamento da fazenda são feitos mesmo quando os animais, que são sempre calados com o medo e as ameaça de que o antigo dono da fazenda, deixava espaço para a provável volta. É cabível destacar que, o Estado, como detentor do poder, pode utilizar-se da força coerciva para que os indivíduos dentro da sociedade sejam “guiados” pelas normas e regras proposta pelo governo.

Logo no início, os animais proíbem o consumo de álcool, o uso de roupas e camas, até que enfim conhecem e usufruem dessas coisas, fazendo alterações nas leis para que então seja permitido. Para Bobbio, a democracia é guiada por um conjunto de regras, estas definidas pelo coletivo, por meio do voto, que sejam realizadas as escolhas entre uns e outros pontos que sejam necessários para a manutenção da sobrevivência em sociedade.

Assim, é perceptível que as políticas que são implantadas pelo porco mostram que a educação não é uma ferramenta que garante eficácia absoluta na totalidade do ser. É conclusivo, também, que não é possível educar, politizar e se relacionar com igualdade em bases do autoritarismo e que a democracia é um dos caminhos mais viáveis para a organização justa e coerente dentro de uma sociedade.

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