A Sociologia da educação para pedagogia
Por: CACAU21 • 8/5/2018 • Trabalho acadêmico • 1.787 Palavras (8 Páginas) • 271 Visualizações
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Universidade do Estado da Bahia – UNEB
Departamento de Educação DEDC – Campus XII
Curso: Pedagogia
Disciplina: Sociologia da educação
Docente: Lidia de Teive e Argolo
Discente: Fabricia Costa Pereira
Roteiro para a Avaliação 1 e 2
1ª etapa (individual – Entrega impressa em 23/04/2018) Com base nos textos acerca da Educação e Reprodução das desigualdades estudados até o momento na disciplina Sociologia da Educação, elabore dois questionamentos e possíveis encaminhamentos de respostas envolvendo as relações tematizadas no filme “Que horas ela volta” (Brasil, 2015, 114 min. – Direção: Anna Muylaert).
2ª etapa (grupo – Apresentação 07 e 14/05/2018): 1. Com base nos textos acerca da Educação e Reprodução das desigualdades estudadas até o momento na disciplina Sociologia da Educação, desenvolva uma discussão acerca de um dos questionamentos propostos por integrante de outro grupo e apresente na data agendada.
2. Apresente seu possível encaminhamento de resposta ao questionamento que propôs individualmente após a apresentação do grupo que o respondeu, motivando assim o desenvolvimento do debate acerca do tema.
Critérios para avaliação:
CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DO TRABALHO DA DISCIPLINA | ||
CRITÉRIOS | VALORES | PONTUAÇÃO |
| 10,0 | |
| 10,0 |
Segundo Bordieu há vários tipos de violências que estão presentes na sociedade, não somente a violência física, mas também simbólica sendo ela uma imposição legitimada, havendo a assimilação de uma cultura dominante, de uma estrutura de relações de força, na qual a vítima não se percebe como tal, já que aceita as imposições como naturais e inevitáveis. Fazendo uma analogia com o filme “que horas ela volta” quais momentos são retratados esse tipo de violência?
- A cena em que Val diz que ela não poderia ter entrado na piscina e sua mãe diz onde já se viu empregada entrar na piscina e Jessica pergunta “quem te ensinou não pode isso, não pode aquilo Val”? “Ta escrito em que livro”? E ela responde: “essas coisas a gente já nasce sabendo.”
- A cena em que Barbara diz sua mãe é quase da família, mas Jessica percebe que não é bem assim pois ela mora no quartinho dos fundos e babara compra um colchão para ela dormir junto com sua mãe no quartinho.
- As cenas em que eles vivem pedindo para Val pegar um copo d’agua para eles, ou quando sempre pediam para ela levar o sorvete ate eles, ou até pelo fato dela não poder sentar-se a mesa com eles.
Conforme o que foi estudado em sala de aula, sabemos o interesse da classe media sobre a meritocracia, já que a escolaridade prolongada é uma estratégia poderosa de distinção social e de obtenção de vantagens econômicas. Isso também é mostrado no filme, em que momento?
Val, ao saber que Jéssica foi aprovada, sem saber ao certo do que se trata um vestibular, de como é o processo e todo o estudo de uma universidade, consegue apenas demonstrar a felicidade que sua filha passou por meio do celular, é a felicidade de ver sua filha realizada mesmo depois de toda a história e dificuldade passada. Com isso, por um instante, ela se sente vitoriosa e uma mãe presente. A atitude burguesa ao saber da aprovação de Jéssica é a esperada, primeira pelas palavras de D. Bárbara, “É, nem eu tô acreditando… “Oh Val, mas aqui, não fica muito animada, essa foi a primeira fase, vai ter outra prova, a segunda fase é muito mais difícil, tem que passar na outra fase, se não passar não adianta”. Segundo, tanto Fabinho como D. Bárbara veem em Jéssica a pessoa que está tomando o lugar de um burguês na universidade, ou seja, como pode uma menina pobre, que passou por dificuldades, que não teve uma boa formação escolar e mesmo assim, conseguir ser aprovada em um vestibular de universidade pública, ainda mais em um dos cursos tidos como divisor de classe social?
Dona Barbara e Fabinho se espantou tanto porque acreditavam veementemente e talvez inconscientemente na meritocracia achavam que Jessica não era capaz, justamente pela formação escolar dela, mas ela ultrapassou essa barreira, porque sabia que somente através dos seus estudos da sua própria construção de aprendizagem ela iria conseguir.
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Referencias:
SOUZA, Davisson Charles Cangussu de. Considerações sobre o caráter de classe da estrutura universitária brasileira: desigualdade escolar e condições de acesso. Revista Pensata, v. 2, n. 1, p. 55-71, dez. 2012.
Revista São Luis Orione - v. 1 - n. 3 - p. 13-25 - jan./dez. 2009
Quando não percebida, a violência leva o rótulo de violência
simbólica, sendo ela uma imposição legitimada, havendo a assimilação
de uma cultura dominante, de uma estrutura de relações de força, na
qual a vítima não se percebe enquanto tal, já que aceita as imposições
como naturais e inevitáveis.
A violência
simbólica diz respeito à reprodução de concepções e hábitos. Podemos até admitir que esta violência simbólica não causa mortes nem feridas na
carne, mas dificilmente podemos negar que escraviza cérebros. A
dominação ocorre de forma silenciosa, introjetada, o poder é baseado na
autodisciplina e autocontrole
A
dominação ocorre de forma silenciosa, introjetada, o poder é baseado na
autodisciplina e autocontrole (GÓMEZ-TARÍN, 2001). Se é que pode
haver alguma confusão entre os termos violência simbólica e violência
psicológica, esta segunda é manifesta, em forma de constrangimentos,
coações, humilhações (ARAÚJO, 2004), e há nesta prática um agente
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