A Teoria da Complexidade
Por: Sara Da Costa • 4/10/2016 • Trabalho acadêmico • 3.075 Palavras (13 Páginas) • 560 Visualizações
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UNIVERSIDAD NACIONAL DE ASUNCIÓN
Facultad de Filosofía y Letras
Instituto Superior de Lenguas
Licenciatura em Língua Portuguesa
SARA FILIPA DA COSTA FERNANDES
TEORIA DA COMPEXIDADE
Assunção
2016
SARA FILIPA DA COSTA FERNANDES
TEORIA DA COMPLEXIDADE
Trabalho prático apresentado como requisito para aprovação na disciplina de Metodologia de La Enseñanza del Portugués, no Instituto Superior de Línguas da Universidade Nacional de Assunção
Professor/a: Mag. Luis Eduardo Machado Wexel.
Assunção
2016
SUMÁRIO
Introdução | 4 |
Teoria Da Complexidade | 5 |
Complexidade na Aquisição de línguas (ASL e LE) | 7 |
Sistemas não lineares e a língua | 11 |
Conclusão Referências Bibliográficas | 14 15 |
INTRODUÇÃO
Este trabalho focaliza a teoria da complexidade visualizando o enfoque educacional, mais propriamente aplicada na aquisição de segunda língua e de língua estrangeira.
A dinâmica da interação dos intervenientes dentro da aprendizagem vem desenvolvendo ao longo dos tempos. Estes enfoques educativos foram se estruturando principalmente no que respeita aos aspetos práticos e teóricos.
A complexidade se apresenta com rasgos preocupantes da desordem, da ambigüidade, do imprevisível e se estrutura com base na necessidade de respostas para atingir o conhecimento organizando os elementos emergentes ou provocadores em uma interação.
A teoria da complexidade pretende focar os estudos dos fenômenos a partir da observação da interação entre os interlocutores de uma dinâmica de aula.
O professor deve atuar neste caso como mediador e organizador dos elementos provocadores do caos para chegar a um objetivo específico planejado e que, apesar de ter sido alvo de certa desestrutura, precisa atingir seu propósito que será o conhecimento.
Este trabalho parte da analise de vários teóricos que expõem a necessidade de uma reforma na educação que seja mais completa e eficiente.
TEORIA DE COMPLEXIDADE
Conhecer o humano não é separá-lo do universo, mas situá-lo nele. Todo o conhecimento para ser pertinente deve contextualizar-se com o objeto. O homem sempre tem que conhecer o que passa ao seu redor já seja pela sua curiosidade, para conhecer o seu entorno e sua identidade ou porque o mundo, hoje em dia com o fenômeno da globalização, assim o exige.
As descobertas tecnológicas e científicas da nossa era ampliam essa visão do ser humano, assim como a mitologia , através do experimentalismo.
Edgar Morin, conhecido pelo pai da teoria da complexidade defende por isso a complexidade do ser e do saber. Afirma que é urgente, pelo bem do planeta e também do próprio ser humano, uma mudança radical na maneira de pensar, ensinar e aprender nas escolas. (10, 2011)
Cada dia mais o ser humano necessita saber quem é, onde está, aonde vai e de onde vem… necessita buscar sua identidade , adquirir o conhecimento contextualizando-o com o mundo e interrelacionando esse conhecimento com as experiências e seu modo de ser e viver.
Morin (2005) defende a valorização do conhecimento que permite que homens e mulheres enxerguem o mundo e a humanidade de maneira contextualizada, abrangente e complexa.
Essa transformação na maneira de pensar, na educação, faria com que o aluno se entendesse como parte de um sistema, abstraindo toda essa informação fragmentada que recebe na escola e relacionando-a.
Hoje em dia, se busca uma escola cada vez mais inovadora, e complementária e não uma escola dividida por disciplinas que depositam conhecimento em pedaços, sem que os alunos possam entender realmente o que aprendem ou porque aprendem. Cada professor tem a sua disciplina e se limita a descarregar sem se preocupar demasiado se os alunos entenderam a importância do aprendido, porque em realidade não ensinam a relacionar esse conteúdo com a sua pragmática.
Segundo Morin (10, 2011), o todo é complexo, como as partes. Essa complexidade está presente em todo o universo. É o que justifica os princípios da ordem, da desordem e da organização dos sistemas. O nosso mundo è um caos, a nossa forma de pensar também, porque não sabemos organizar todos esses conteúdos que aprendemos. Grande parte daquilo que não nos interessa, não nos importa e o esquecemos, pois achamos que não nos será útil no nosso dia a dia. O aluno não consegue fazer a conexão entre o que aprende e as disciplinas aprendidas na escola.
Existe uma falha no processo educativo, pois o aluno divide seus conhecimentos por secções. Na aula de historia conhecimento de historia, na aula de língua portuguesa conhecimento de português e assim sucessivamente.
Não seria genial que tivéssemos uma aula de português interativa com outros conhecimentos?
Há que deixar a criatividade do aluno e sua imaginação interferirem na aula e cabe ao professor encaminhar a aula de forma agradável tentando que o conhecimento que o próprio aluno possui e traz pra aula, seus questionamentos e ideias críticas possam construir algo que, mesmo desconectando essa organização inicial possa ser de um valor espantoso também para os outros alunos… por isso se fala em complexidade, pois não é um sistema simples com um plano programado… mas um caos que desestrutura um pouco a condição inicial do processo de aula, mas que pode ser muito mais construtivo. Esse caos dentro dessa complexidade pode trazer o equilíbrio pra que o aluno se interesse pela aula porque pode interferir na sua organização, escolher como poderá ser dado o conteúdo, dar sua opinião, colocar dúvidas, relacionar seu mundo com esse conhecimento e se sentirá mais completo e saciado do que numa aula em que, apesar de toda uma organização detalhada, ele somente se situa como um mero depósito de conhecimento vazio.
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