A Transição Do Feudalismo /Capitalismo Na Educação
Por: Mariana Souza • 20/4/2023 • Trabalho acadêmico • 2.453 Palavras (10 Páginas) • 180 Visualizações
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APOSTILA DIDÁTICA E SOCIEDADE (DAMIS)
TRANSIÇÃO DO FEUDALISMO /CAPITALISMO NA EDUCAÇÃO
CURSO: PEDAGOGIA MATUTINO
DISCIPLINA: DIDÁTICA I
PROFESSORA: YOLANDA ZANCANELLA
ALUNAS: KARINE CONTE
MARIANA SOUZA
SILVANA CAVALHEIRI ALBERTON
ANO 2023
TRANSIÇÃO DO FEUDALISMO / CAPITALISMO
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Nos tempos medievais a igreja controlava fortemente as populações dos reinos, cabia a igreja supervisionavam a educação moldando os alunos para seguir sua doutrina. Os professores eram os padres, monges e bispos. Somente os meninos eram alunos, as meninas aprendiam somente afazes domésticos. Os camponeses só poderiam alfabetizar seus filhos se o senhor da mansão permitisse. Os filhos dos camponeses seguiam a profissão dos pais. Os ricos ensinavam os filhos desde cedo, assunto como: pintura caligrafia e artes.
Os nobres tinham professores particulares, geralmente vinham da igreja. Não era dada a importância a educação fora dos grupos religiosos.Os nobres não valorizavam tanto a educação de seus filhos por conta da vida voltada a terras, as guerras; nem os servos, pois não tinham acesso a nada escrito, pois só trabalhavam para conseguir sobreviver e conseguir proteção, em troca produziam riqueza aos senhores, mas também pagavam taxas.
Tendo a Igreja controle sobre a educação, como sobre a sociedade, as escolas estavam também sob seu comando. Havia as ESCOLAS MONÁSTICAS, dentro da Igreja, para quem desejava se tornar membro do clero (Escolas para oblatas) e para a instrução da plebe. Como escola para a plebe, tinha a finalidade de "familiar as massas campesinas com as doutrinas cristãs.
No início, os mais "ricos" que desejavam que seus filhos tivessem uma educação intelectual, os colocavam nas escolas monásticas para se formarem padres. Até nos monastérios havia divisão de classes (hierarquia) tendo dentro deles os hommes de peine, trabalhadores braçais de dentro do clero (geralmente analfabetos - BAIXO CLERO). Os integrantes mais ricos do clero, pertenciam ao ALTO CLERO. Através do tempo, as escolas foram se adaptando aos interesses dos NOBRES. Foram criadas escolas monásticas externas ao convento, para jovens que pretendiam ter uma formação intelectual, mas não se tornar membro do clero. Nessas escolas do clero secular, aprendia-se, por exemplo, teologia.
Com o fim das invasões barbaras o renascimento proporciona o retorno das atividades comerciais e culturais, causando também uma mudança na educação. Surgindo então as universidades, incialmente comandas pela igreja, e aos poucos abrindo lugar para a ciências, ensino jurídico, médico e ciências naturais. As corporações de ofícios, formadas por comerciantes e artesões organizaram seus negocios e ampliaram seus lucros, através da melhora e garantia da qualidade do que era produzido. A partir disso, surge a educação profissionalizante que formava os jovens para o trabalho remunerado, vinculados aos mestres, só se tornavam um deles quando demonstrassem habilidades de criação. A grande quantidade de informações de técnicas, propiciou o surgimento da mão obra tecnicista, voltada para a inovação da agricultura e pecuária todo progresso material conseguido através dos tempos se deu com o trabalho, aliado as necessidades de sobrevivência.
Ao retomar os objetivos deste estudo conclui-se que o processo econômico durante o feudalismo foi realizado a base de troca, não existia uma moeda própria e os cidadãos não estavam preocupados com a economia somente com a sobrevivência. Em grande parte desse período o principal foco foi às guerras e a posse de terras. A educação foi instituída pela igreja católica como instrumento de salvação da alma e da vida eterna, aquele que segue os métodos da igreja teria sua alma salva. Não se pode deixar de destacar a importância dos enigmas deixados pelos monges que se tratava de um método para ensinar. Muitas escolas ainda seguem os métodos utilizados pelos monges, como por exemplo, a educação tradicional. Anais do VI CONCCEPAR: Congresso Científico Cultural do Estado do Paraná / Centro Universitário Integrado de Campo Mourão. - Campo Mourão, PR: Centro Universitário Integrado de Campo Mourão, 2015.
Por volta do séc Xll, com a desintegração do feudalismo, começa a surgir um novo sistema econômico, social e político: O Capitalismo. A característica essencial do novo sistema é o fato de nele, o trabalho ser assalariado e não mais servil como no feudalismo.
Outros elementos típicos do capitalismo: Economia de mercado, trocas monetárias, grandes empresas e preocupação com o lucro. O capitalismo nasce da crise do sistema feudal e cresce com o desenvolvimento comercial.
Na educação o capitalismo é visto como reprodutor das desigualdades sociais existentes. Esse sistema educativo tem a finalidade de incutir as ideologias das classes dominantes e de capacitar tecnicamente à classe trabalhadora para o exercício de uma função produtiva.
Ao longo de sua criação, o capitalismo vem demonstrando sua exaustão, decomposição e degeneração, isso trouxe severas consequências para a classe trabalhadora e também para a educação. Essa decomposição foi detectada desde o Manifesto do Partido Comunista, escrito por Marx e Engels, em 1848, em que os mesmos sugerem que os trabalhadores se posicionem contra a exploração capitalista e unindo-se lutem por seus direitos.
Dessa forma, é preciso pensar a educação pública brasileira na atualidade, sem esquecer-se de sua relação a uma tradição cultural das classes dominantes, em que ficam estabelecidos consensos a partir de ordens vindas “do alto”, o que leva a lideranças que são vinculadas às classes populares, mantendo e reproduzindo uma das sociedades capitalistas mais desiguais do mundo, tendo em seu interior uma educação determinada pelos ideais neoliberais, desigual e deficitária.
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