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A importância da comunicação

Por:   •  7/12/2018  •  Tese  •  814 Palavras (4 Páginas)  •  179 Visualizações

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A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO DE PROFESSORES E PSICÓLOGOS NO AMBIENTE ESCOLAR: AUTOMUTILAÇÃO DE JOVENS E ADOLESCENTES DA CIDADE DE MARABÁ-PA.  

  1. Revisão literária

1.1 apoio adequado aos jovens e adolescentes

        Alguns dos adolescentes que partilham em consulta que se auto-mutilam admitem que já o faziam há algum tempo antes de os pais terem tomado conhecimento. Na maioria das vezes os pais referem mesmo não terem identificado quaisquer sinais de alarme, ficando muito assustados e imersos numa grande preocupação e desorientação quando confrontados com a partilha do filho (ARAÚJO, J. F. et al., 2016).

        E por isso pais e outros adultos cuidadores anseiam por orientações que acalmem a própria angústia, possibilitando um apoio adequado ao jovem. A automutilação inclui qualquer comportamento intencional que envolva uma agressão direta ao próprio corpo, sem que o objetivo seja o suicídio. Este comportamento, surge com maior incidência durante a adolescência.

        Que sendo um período de transição entre a infância e a idade adulta, que está associada a mudanças a nível psicológico, social, cognitivo e físico, torna-se a fase de desenvolvimento propícia.        Embora possa parecer estranho, a auto-mutilação entre os jovens pode ocorrer como uma espécie de “moda”, quando alguém no grupo de pares experimenta fazê-lo e acaba por ser seguido pelos outros (FORTES, I. 2012).

        Sendo uma experiência dolorosa, a maioria dos adolescentes acaba por interromper o comportamento. No entanto, quando a auto-mutilação persiste, geralmente é porque estamos perante um jovem que vive em grande sofrimento emocional, que busca na dor do corpo uma “justificação” para a dor emocional.

        Refletindo com o adolescente sobre a sua relação com as emoções, este começa a ganhar consciência de que é mais sensível às emoções, sentindo-as de forma mais profunda e intensa que os outros, optando por não as expressar, “guardando-as só para si”, e demorando mais tempo a sentir-se reconfortado, com todos os custos que isso acarreta (NICOLAU, R. F. 2008).

        De uma forma geral o adolescente que se automutila tem baixa auto-estima. Manifestando dificuldades ao nível das relações interpessoais. Sente-se muitas vezes, sozinho, angustiado, sem conseguir lidar com as situações que percepciona como geradores de stress. Utilizando a mutilação como uma espécie de “analgésico emocional”.

        Muitos adolescentes revelam grandes dificuldades em exteriorizar as suas emoções e pensamentos. Não conseguindo verbalizar, com ninguém, os seus problemas. Estes vão-se acumulando e aumentam os níveis de angústia e frustração, levando os adolescentes a adotarem “comportamentos de alívio da dor emocional”. Como os cortes, por exemplo. Outros automutiladores magoam-se como forma de autopunição, por sentirem que são inúteis e falhados (FORTES, I. 2013).

        Manter a calma será um importante primeiro passo a adoptar pelos pais quando descobrem que o filho se auto-mutila. Alguns pais reagem com pânico e desorientação, o que poderá agravar ainda mais a sensação de desconforto do adolescente. Dizer apenas para parar de o fazer terá também pouco efeito. No entanto, retirar do alcance do jovem objetos com que se possa magoar pode ser de extrema importância.

         Paralelamente, e com efeito mais duradouro e profundo, será fundamental adoptar uma postura de disponibilidade para escutar o que preocupa o jovem e o que está a sentir. Assim, mostre interesse por aquilo que o jovem pensa e sente, dando-lhe espaço para (mas não o obrigando a) partilhar. Em simultâneo, o encaminhamento para um profissional qualificado, como um psicólogo, será importante no sentido de serem aprendidas/desenvolvidas outras estratégias de regulação emocional alternativas e mais adequadas (FORTES; MACEDO, 2017).

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