A importância do Cuidar, Brincar e Educar na Educação Infantil
Por: Thays Helena Santos Costa • 13/9/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 7.400 Palavras (30 Páginas) • 1.906 Visualizações
Educação Infantil
A Importância do Brincar, Cuidar e Educar
Nomes: Ana Paula Nº: 02 4ºGA
Elaine Berlamino Nº: 05
Thays Helena dos Santos Costa Nº: 18
- Introdução
Quando se fala em educação infantil, principalmente nas crianças menores da creche, é sempre enfatizada a importância do cuidar, brincar e educar de forma separada como se fosse possível fazer um sem o outro.
Nesse trabalho vamos mostrar a importância dessa tríade como um só, que é a forma como deveria ser vista. Pois a criança, ainda mais o bebê, não pode crescer sendo apenas cuidado de forma assistencialista, nem brincar por brincar e muito menos educada de forma sem graça e não lúdica.
Conhecer suas características e seus limites ajuda a criança a desenvolver sua identidade e sua autonomia. O fato de se sentirem aceitas, ouvidas, cuidadas e amadas oferece a segurança em si próprias o que é de extrema importância para a formação pessoal e social. Trabalhar com jogos, brinquedos e brincadeiras com objetivos significativos ajuda a criança a efetuar escolhas e assumir pequenas responsabilidades que favorecem o desenvolvimento da autoestima, essencial para que se sinta confiante e feliz. Assim, ela aprende, se desenvolve, sem deixar de ser cuidada e de se divertir.
- Concepção
A criança deve ser cuidada ao mesmo tempo em que é estimulada com jogos e brincadeiras apropriadas para sua idade e maturação cognitiva para que possa desenvolver o máximo para sua fase, sendo respeitado o seu tempo. Em contato com outras crianças, ela aprende a conviver com diferenças e se socializa.
- Um pouco da história
No decorrer da história da Educação Infantil, podemos perceber que ela passou por muitas visões como podemos destacar o assistencialismo, que esteve presente por muito tempo nas creches e escolas infantis e tinha como função principal dar a assistência necessária às crianças e oferecendo cuidados para que elas pudessem viver, principalmente em virtude do trabalho dos pais que não tinham onde deixar os seus filhos. Logo, a creche era o local mais apropriado para as crianças, pois ali estariam seguras durante o tempo em que os pais permaneciam longe. Na creche as crianças recebiam alimentação, podiam dormir, eram cuidadas para não caírem e nem se machucarem e, ainda, havia o cuidado com a sua higiene. A educação assistencialista era de baixa qualidade, pois preparava os pequenos para unicamente continuar no meio social onde estavam inseridos, ou seja, não oferecia nenhuma expectativa de melhoria de vida e de crescimento sociocultural.
No Brasil a Educação Infantil não surgiu diferentemente do que em outros países, pois as creches tinham como função cuidar das crianças das mães que trabalhavam na indústria e, também, como empregadas domésticas.
Na década de 70, devido ao alto índice de evasão escolar e de reprovação dos alunos de classe baixa na educação básica, criou-se a Educação Pré-escolar, que abrangia a faixa etária de quatro a cinco anos, surgindo então a visão compensatória com o objetivo de suprir as carências culturais das crianças, pois as famílias não conseguiam ajudar os filhos a progredirem nos estudos e as crianças entravam na Educação Básica, com pouca informação e conhecimento cultural. Devido ao baixo nível de instrução dos pais, caberia à educação pré-escolar suprir essas carências nas crianças, isto é, compensar a falta de conhecimentos prévios e informações que deveriam ser transmitidos pelos pais.
Devido a esses fatores surgiram os programas compensatórios, em que a pré-escola era apontada como solução para os problemas da escola elementar: fator médico, nutricionistas, assistenciais, psicológicos, culturais e educacionais. Além de suprir as carências culturais das crianças à educação compensatória tinha, também, como função oferecer atendimentos em outras áreas que as crianças necessitassem. Neste sentido, a pré-escola era vista como um dos meios de superar a miséria, a pobreza e a negligência das famílias, oferecendo atendimento médico e estimulação cognitiva, buscando compensar as deficiências das crianças.
A partir da constituição de 1988 a Educação Infantil passa a ocupar um papel mais significativo dentro do panorama educacional brasileiro e a partir daí então começam a surgir preocupações e interesses acerca do desenvolvimento e da aprendizagem infantil, surge uma nova concepção de educação que destaca o cuidar, o educar e o brincar como pontos fundamentais e imprescindíveis para o trabalho com as crianças durante a sua infância.
As crianças não frequentam a Educação Infantil só para serem cuidadas, ou assistidas por uma pessoa mais velhas, mas ao contrário para serem cuidadas e educadas por profissionais capacitados que auxiliem no seu desenvolvimento de forma divertida.
- O papel do professor
Segundo a LDB (1996), os profissionais de Educação Infantil devem ser formados em cursos de nível médio ou superior, que contemplem conteúdos específicos relativos a essa etapa da educação. Embora esse desafio apresente uma grande dimensão, todo o país percebeu o quanto é determinante esse trabalho na infância para o desenvolvimento integral do ser humano. Dessa forma, hoje, o país passa por profundas reformulações para melhor formar os educadores infantis.
O educador percebe que, desde bem pequenas, as crianças apresentam atitudes de interesse em descobrir o mundo que as cerca, elas são curiosas e querem respostas a seus porquês, o trabalho do educador é estimular e orientar as experiências por elas vividas e trazidas de casa, para que, no seu dia-a-dia, elas possam construir seu próprio conhecimento. É essencial que o professor/ educador observe sua turma, suas ações, as especificidades de cada criança e traga para sua aula coisas novas e criativas para que não caia na rotina ou se transforme em uma coisa mecanizada.
O agir pedagógico deve atender às reais necessidades das crianças, deve ser criativo, flexível, atendendo à individualidade e ao coletivo. Será o eixo organizador da aquisição e da construção do conhecimento, a fim de que a criança passe de um patamar a outro na construção de sua aprendizagem. Pensar sobre isto implica reinventar o espaço de salas para que neles se deem as interações do sujeito com o mundo físico e social, oportunizando lhe vivências e situações de troca de ponto de vista, tomadas de decisões, sendo promovido, assim, sua autonomia e cooperação, tão importantes para a formação de um novo cidadão.
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