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O CURRÍCULO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E O CUIDAR E EDUCAR COMO ASPECTOS INDISSOCIÁVEIS

Por:   •  9/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  4.615 Palavras (19 Páginas)  •  1.153 Visualizações

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CLARETIANO – CENTRO UNIVERSIÁRIO

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MICHELE SANTIAGO LOPES

RA.: 8030918

O CURRÍCULO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E O CUIDAR E EDUCAR COMO ASPECTOS INDISSOCIÁVEIS

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CAMPO GRANDE-MS

OUTUBRO/2017


CLARETIANO – CENTRO UNIVERSITÁRIO[pic 6]

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MICHELE SANTIAGO LOPES

RA.: 8030918

O CURRÍCULO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E O CUIDAR E EDUCAR COMO ASPECTOS INDISSOCIÁVEIS

Projeto de pratica apresentado para avaliação na disciplina de Educação de crianças, jovens e adultos e psicologia do desenvolvimento, do 2º semestre de Pedagogia, do Claretiano rede de educação, ministrado pela professora Jaqueline Belga Marques.

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CAMPO GRANDE-MS

OUTUBRO/2017


INTRODUÇÃO[pic 10]

Inicialmente, precisamos ressaltar que toda instituição de educação infantil deve construir sua proposta pedagógica juntamente com toda a comunidade educacional – gestores, professores, pais e crianças. Essa questão precisa ser destacada, uma vez que ainda estamos atrasados com relação à construção da proposta pedagógica coletiva, que reflita a identidade da escola.

Essa construção também deve ser realizada em cima da observação e da reflexão do cotidiano infantil e de seu meio social, pois o educador nunca poderá se esquecer de que tem um papel político de transformação na sociedade. Como mencionamos, é preciso ter presente que sempre haverá uma concepção de educação educativa implícita no ato educativo, mesmo que os membros da comunidade escolar não tenham a plena consciência dele. Essa questão precisa ser discutida e esclarecida para que equívocos sejam evitados.

 Veremos que o termo “currículo” nos remete às concepções de trajetória, de roteiro, de aprendizagens e de experiências operacionalizadas por etapas ao longo de toda a vida. Na educação infantil, pensar no currículo requer que tenhamos clara a concepção de criança como um sujeito do processo educacional, e a das instituições de educação infantil, as creches e pré-escolas, como espaços institucionais que cuidam, educam e promovem a aprendizagem.

Nessa perspectiva, o currículo pode contribuir ou não para o processo de aprendizagem: ele pode favorecer atitudes mais passivas ou ativas das crianças na construção dos Conhecimentos, isso mediante o significado que os adultos envolvidos no processo educacional das crianças dão à educação infantil e à construção da proposta pedagógica nessas instituições. Quando uma instituição constrói o currículo, ela deve responder a algumas questões básicas:

• A qual criança ele se destina e como ela aprende.

• Em qual nível de desenvolvimento a criança está e o que  ela já sabe.

• Qual é a concepção de educação presente na comunidade

educativa.

A organização curricular faz a mediação da realidade cotidiana com a realidade social mais ampla, ou seja, as atividades devem ter sentido para que sejam culturalmente significativas: “para que serve?”, “com o que da vida concreta ela se liga?” (OLIVEIRA,2002). Oliveira (2002) apresenta alguns indicadores que devem ser levados em consideração na organização de um currículo, no sentido de promover:

1) A organização de contextos ricos que proporcionem diversas aprendizagens.

2) A ampliação da noção do professor sobre a constituição do meio de desenvolvimento, ligando-o às práticas cotidianas, tendo em vista que o Desenvolvimento/aprendizagem infantil se dá no conjunto das atividades que as crianças vivem.

3) A estruturação de atividades estimuladoras e significativas, interagindo com as crianças e apresentando-lhes novos signos e novas formas de significar e de se relacionar com o mundo, isto é, de compreendê-lo.

4) Superar a dicotomia de escolher entre as áreas de conhecimento (como linguagem, matemática, artes) e as áreas do desenvolvimento (motor, linguístico, social, afetivo, cognitivo), trabalhando-as de forma integrada.

Os indicadores mostram-nos que o currículo não é uma lista de conteúdos a serem trabalhados, mas, sim, um documento que apresenta a organização das experiências das crianças e que resulta da reflexão sobre a realidade à sua volta e a realidade da instituição.

As linguagens corporais e plásticas são objetos do trabalho  pedagógico; assim, aprender a representar algo usando o corpo, o desenho, a modelagem, a escultura ou outras manifestações amplia as competências infantis, exigindo-lhes novas habilidades.

No caso do desenvolvimento da linguagem oral, sabemos que, desde pequenas, as crianças podem avançar no processo de letramento, tendo em vista que estão imersas em um mundo letrado, no qual estão presentes sistemas simbólicos diversos. Desde que inseridas em um ambiente propício, vão se apropriando dos principais canais de comunicação característicos de nossa cultura.

Já não se discute mais se a educação infantil deve ou não ensinar a ler, mas, sim, como ela o fará. Ao organizarmos um currículo, não podemos perder de vista  as tipologias de conteúdo, que envolvem todo processo de aprendizagem. Vejamos algumas delas:

• Conteúdos conceituais: relacionados aos fatos, aos conceitos e princípios na educação infantil, como, por exemplo,  o conhecimento das cores, do nome, do esquema corporal, entre outros.

• Conteúdos procedimentais: referem-se ao "saber fazer", como, por exemplo, recortar, memorizar canções, construir com blocos de madeira etc.

• Conteúdos atitudinais: as crianças devem saber responder com determinados critérios e comportamentos diante das pessoas, das coisas etc. Esse aprendizado ocorrerá por meio dos conteúdos atitudinais, como, por exemplo, aprender a ter cuidado com os livros, a respeitar o outro etc.

Todos os conteúdos são construídos em um ambiente que  também deve ser considerado espaço de aprendizagem. Vários estudos têm demonstrado que o fator ambiente físico exerce influência  determinante na ação pedagógica, por permitir ou não uma maior interação das crianças com seus pares, com os adultos  e com os objetos ao seu redor.

É importante reconhecer que a forma como o espaço físico  é organizado traz implícita uma compreensão de criança e de educação infantil, ou seja, comunica mensagens simbólicas sobre  a intenção e os valores das pessoas que organizam o espaço destinado às crianças.

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