A importância da Literatura Infantil

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

PEDAGÓGIA

LUIS MARIO MACIEL

A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL PARA O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DA CRIANÇA

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CORUMBÁ

2015

LUIS MARIO MACIEL[pic 6]

A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL PARA O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DA CRIANÇA

Trabalho apresentado ao Curso de Graduação em Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial para a obtenção de notas para as disciplinas: Alfabetização e Letramento, Ensino de Matemática na Educação Infantil, Ensino de Natureza e Sociedade na Educação Infantil, Literatura Infanto-juvenil, Seminário Interdisciplinar V.

Orientador: Raquel Corrêa Lemos, Keila Tatiana Boni, Maurílio Cristiano Batista Bergamo, Marlizeti Bonafini Steinle, Rosely Montagnini.

CORUMBÁ

2015

SUMÁRIO[pic 7]

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................ 4

2. DESENVOLVIMENTO...........................................................................................  4 2.1.  ASPECTOS DO LIVRO INFANTIL PARA ANÁLISE.......................................... 4 2.2.  A IMPORTÂNCIA E A FUNÇÃO DIDÁTICA E LÚDICA DA LITERATURA INFANTIL PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA......................................... 6

2.3.  A IMPORTÂNCIA DE OUVIR HISTÓRIAS ....................................................... 7

2.4. BRINCANDO E INCENTIVANDO A LEITURA NA PRÁTICA ............................ 8

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................... 9

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................  10

1. INTRODUÇÃO

A Literatura Infantil tem papel importantíssimo na vida da criança, pois oferece oportunidades de viver o imaginário e favorece a visão original da realidade da criança. Quando lê, a mesma adquire um conhecimento do real e também do que não é real. Para a criança, ler é fonte de prazer, estímulo à criatividade, enriquecimento de experiências e motivação de aprendizagem. A Literatura Infantil pode ser usada como recurso lúdico desenvolvendo na criança um comportamento prazeroso. Nela, a criança aprende brincando, aprende a respeitar regras, se diverte, seja através da imitação, da socialização, interação ou dificuldades a ser vencida.

O objetivo geral desta pesquisa é de utilizar a literatura infantil para despertar na criança o hábito da leitura, destacar a importância para o seu desenvolvimento. Com a finalidade de mostrar o que ela exerce sob seu desenvolvimento emocional, social e cognitivo, e expandir na criança o entender do mundo, onde ela consegue resolver melhor os problemas usando o imaginário e transportando para a vida real.

Para isso, vamos nos utilizar da leitura e das atividades lúdicas, ambas pertencentes a ela, para comprovar, através de pesquisas bibliográficas e da prática em si, a sua relevância no despertar do pensamento crítico e criativo da criança e na formação do adulto consciente do amanhã. Os procedimentos técnicos utilizados foram à pesquisa bibliográfica, pesquisas em sites, livros dos autores ao qual foram citados.

2. DESENVOLVIMENTO

 

2.1. ASPECTOS DO LIVRO INFANTIL PARA ANÁLISE

O livro infantil escolhido para análise foi “Menina Bonita do Laço de Fita” da escritora Ana Maria Machado, além de escritora, é jornalista, pintora e professora universitária; é reconhecida internacionalmente. Recebeu inúmeros prêmios pela vasta produção literária, entre eles o Hans Christian Andersen, o mais importante da literatura infantil mundial, em 2000. Foi nomeada, no ano de 2003, membro da Academia Brasileira de Letras.

O enredo fala sobre uma menina preta, linda e graciosa, dos cabelos de tranças, amarrado com fitas coloridas. Na história ela não era discriminada como muitas pessoas negras na vida real, pois tinha um amigo coelho que a admirava muito e perguntava sempre como ela fazia para ser preta... A menina não sabia, mas sempre inventava: “cair na tinta preta”, “tomar muito café”, “comer muita jabuticaba”... e a menina já não sabia mais o que inventar. Mas nada adiantou, pois o coelho tentava ficar da cor da menina e não conseguia. A mãe da pequenina, ouvindo as suas invenções, explicou que era arte de uma avó preta. A menina então entendeu e aconselhou o coelhinho a ter filhos com uma coelha preta que ele amasse, pois assim teria filhos de raças diferentes, tantos brancos como pretos. Assim fez o coelhinho, mas só teve uma coelhinha pretinha, pois os outros eram malhados, preto listrado com branco, branco listrado com preto e etc. A coelhinha pretinha era linda como a noite e também usava um laço de fita colorido no pescoço, por causa disso o coelho fez questão de lhe dar de afilhada para a menininha e, a cada vez que a coelhinha saía na rua, todo mundo perguntava: “coelha bonita do laço de fita qual é o teu segredo para ser tão pretinha?” e ela respondia: “São os conselhos da mãe da minha madrinha”.

O assunto abordado na narrativa em análise é a valorização da identidade negra, comparando a menina com uma princesa africana. A outra personagem, escolhida pela autora, foi um “coelho branco” para atuar com a “menina negra”, enfatizando, na obra, o paradoxo entre branco e negro. Ao optar por um personagem animal em seu enredo, a autora nos traz a simbologia do coelho associado á Páscoa, além de estabelecer uma correspondência com o conto “Alice no país das maravilhas”. Podemos inferir também na questão de o coelho ter ciclo de vida curto. Se a autora utilizasse outra criança, não poderia mostrar com rapidez a questão racial no texto.

 O paradigma de beleza, então, é invertido, e em lugar de cabelos loiros, peles claras e olhos azuis, o ideal estético proposto é o contrário, os olhos negros, a pele escura e cabelos encaracolados. Com isso, a autora sugere que a beleza pode ser vista de muitas maneira. Fica claramente declarada a intenção da autora de fugir da estrutura canônica do conto “Branca de Neve”.

Quanto à tipologia textural, podemos classificar o livro infantil “Menina Bonita do Laço de Fita”, como integrante do conjunto das narartivas curtas que são obras escritas com enredo simples e com uma intrínseca relação discurso X imagem. Como vimos na fundamentação teórica essa obra pode ser indicada à pré-leitores, a crianças recém-alfabetizadas e aquelas com pouca experiência de leitura.