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A prática educativa em direção à transdisciplinaridade

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Por:   •  2/6/2014  •  Artigo  •  458 Palavras (2 Páginas)  •  225 Visualizações

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importância de cada etapa descrita e sua relação com a transdisciplinaridade A prática educativa em direção à transdisciplinaridade

A concepção transdisciplinar adquiriu dimensão internacional no século XX, em 1994, com a Primeira Grande Manifestação Mundial da Transdisciplinaridade, apoiada pela Unesco e com participação de Basarab Nicolescu, Edgar Morin e Lima de Freitas. Desse evento resultou a Carta da Transdisciplinaridade (comitê de redação: Basarab Nicolescu, Edgar Morin e Lima de Freitas).

O educador tem papel determinante na formação do futuro homem ou mulher de nossa sociedade. É através da educação que podemos ter uma compreensão melhor do mundo em que vivemos. A escola cidadã, defendida por Gadotti, respeita a diversidade, valoriza a autonomia e mostra a necessidade de trabalhar com a multiculturalidade.

A transdisciplinaridade amplia a noção de cidadania para além da vivência consciente e crítica dos direitos e deveres, incluindo a vivência consciente e crítica de si mesmo. Uma educação com tais características transcende o confronto com as questões intelectuais, políticas, econômicas e culturais. Nas palavras de Santos Neto (2006), encontramos essa conjunção:

tão importante quanto conhecer e discutir as ideologias políticas em vista da transformação social é também importante: o autoconhecimento; o trabalho com o corpo, com as emoções, com a razão e com o espírito; o desenvolvimento da consciência ecológica; o respeito pelas diferenças pessoais, coletivas e raciais; a articulação entre o mundo da interioridade e da exterioridade sócio-político-econômica em uma realidade onde todas as dimensões estão interligadas (p. 42).

É fundamental que o aluno seja preparado para a percepção de sua subjetividade, como a apreensão e articulação do mundo subjetivo e objetivo a partir de sua experiência.

Focalizando o universo escolar, é de fundamental importância o papel das propostas curriculares, que não devem considerar apenas os aspectos históricos, políticos, sociológicos e epistemológicos. O currículo tem que vincular esses aspectos às dimensões humanas emocionais, éticas, espirituais e ecológicas. Essa concepção transdisciplinar do currículo estabelece novos referenciais quanto aos objetivos e estratégias de trabalho.

Uma das maiores dificuldades que nós, professores, encontramos na concretização de um projeto pedagógico é o momento de sair do plano da intenção (proposta) e colocá-lo no plano da ação (prática). É comum vermos como justificativa para as dificuldades encontradas aquela que faz referência apenas às questões estruturais e organizacionais. Mas o ser humano é, para além de seu corpo/razão/sentimento, também espiritualidade, e todas essas dimensões integradas passam pela subjetividade da relação professor/aluno constituída. Mais explicitamente, são desconsideradas várias dificuldades: dificuldades em trabalhar com as diferenças pessoais, dificuldades para implementar novas práticas, dificuldades com a falta de esperança, dificuldades com o descaso dos alunos, dificuldades com a ruptura dos modelos vigentes, dificuldades para lidar com o medo do fracasso etc. Além do mais, parafraseando Albert Einstein, “é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito”.

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