AD1 EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Por: Cíntia Arielle • 19/4/2015 • Trabalho acadêmico • 1.371 Palavras (6 Páginas) • 1.264 Visualizações
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Pedagogia Séries Iniciais – modalidade EAD
AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA 1 – 2015.1
Disciplina: Educação Inclusiva e Cotidiano Escolar
Coordenador (a): Profª. Drª. Rosana Glat
Aluno (a): CÍNTIA NAZARÉ OLIVEIRA PIRES
Matrícula: 12212080110
Polo: Itaguaí
A partir das leituras e discussões sobre as Aulas 1 a 3 responda às questões abaixo:
I – Obrigatórias – (você deverá responder às três questões, valendo 2,0 pontos cada uma - total: 6,0)
1. Como discutido na aula é preciso que tenhamos bem claro a diferença entre necessidade educacional especial e deficiência. Apesar, desses termos serem muitas vezes utilizados como sinônimos, inclusive na legislação, tem um sentido distinto. Conceitue, comparativamente, cada um deles, exemplificando.
Resposta: Necessidades educacionais especiais são aquelas demandas específicas dos alunos que, para aprender o que é esperado para o seu grupo referência (ou seja, para acompanhar o currículo e planejamento geral da turma) vão precisar de diferentes formas de interação pedagógica e/ou suportes adicionais.
O conceito de deficiência se reporta às condições orgânicas do indivíduo, que podem resultar em uma necessidade educacional especial, porém não obrigatoriamente. Por exemplo, um aluno que tenha uma deficiência física, que seja, digamos, cadeirante, se estiver em uma escola com boas condições de acessibilidade, não terá qualquer problema em acompanhar academicamente a turma. Mesmos alunos com comprometimentos que possam afetar a aprendizagem, se receberem o suporte adequado, poderão ganhar autonomia e seguir até os níveis mais altos de escolaridade.
Particularmente, tenho um amigo com paralisia cerebral que cursou História, cursou sua segunda graduação em Direito e passou na prova da OAB, sua colação de grau será dia 18 de março de 2015 na Universidade Veiga de Almeida, apesar da dificuldade de locomoção e fala, não o impediu de realizar seu sonho, se tornar um advogado, seu nome é Wagner Damasceno.
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2. Tanto o modelo da Integração (predominante na década de 1980, embora ainda existente) quanto da Inclusão (a partir da década de 1990 e política pública em vigor) visam inserir alunos com deficiências ou outras necessidades educacionais especiais em turmas comuns, podendo oferecer atendimento educacional especial paralelo, conforme o caso. Quais as principais diferenças entre esses dois modelos?
Resposta: Na Integração o aluno é “preparado” para integrar o sistema regular de ensino em escolas ou classes especiais, ou seja, os alunos oriundos das classes e escolas especiais são integrados em classes regulares, recebendo, na medida de suas necessidades, atendimento paralelo em salas de recursos ou outras modalidades de atendimento especializado. Nesse modelo o aluno deveria se adequar a escola. E, neste modelo é importante ressaltar, que muitas das vezes o aluno está no ambiente somente fisicamente, pois não recebe os recursos adequados para a sua aprendizagem, se tornando apenas números e estatística, sendo este aluno um enorme desafio para os professores que não sabem lidar com a diversidade encontrada e os desafios em sala de aula. E só eram integrados aqueles que pedagogicamente tinha condições de permanecer numa escola regular. Hoje se tornou um direito do aluno o acesso a rede regular independentemente da sua deficiência tendo a escola a se adequar ao aluno e não o aluno se adequar a escola. Pois na inclusão a escola é responsabilizada por proporcionar um ensino de qualidade para todos os alunos devendo adaptar seu currículo, modificar práticas pedagógicas levando em conta as especificidades dos alunos e sua interação. Outra barreira que precisa ser revista é a falta de acessibilidade nos ambientes escolares chamadas barreiras arquitetônicas.
3. O princípio básico da Educação Inclusiva é que a escola precisa se adaptar para receber todos os alunos garantindo seu ingresso, permanência e aprendizagem. Discuta brevemente que tipo de transformações a instituição escolar precisa implementar para garantir um ensino de qualidade a todos os alunos?
Resposta: É importante ressaltar que o conceito de necessidade educacional especial engloba as características individuais do aluno quanto seu contexto histórico-cultural em que ele vive. Uma escola inclusiva deve oferecer práticas pedagógicas planejadas e sistemáticas, que levam em conta as especificidades dos alunos e a sua interação no contexto de sala de aula. Além de formação continuada para os docentes, pois o currículo e as práticas pedagógicas das escolas devem levar em conta as diversidades e especialidades do processo de ensino-aprendizagem de cada aluno. Oferecer recursos pedagógicos como lápis engrossado, pranchas de comunicação, reforço escolar ou até mesmo um mediador junto ao aluno e buscar eliminar as barreiras arquitetônicas existentes na unidade escolar.
II - Opcionais (você escolherá duas destas questões para responder, valendo 2,0 pontos cada uma – total 4,0)
4. Educação Especial estruturou-se incialmente a partir de uma concepção de atendimento pautado no modelo médico/clínico; posteriormente, com o desenvolvimento acadêmico e científico da área, foi passou a ter prevalência o chamado modelo educacional. Diferencie estes dois modelos, discorrendo sobre a concepção de deficiência subjacente a cada um deles e o tipo de atendimento basicamente oferecido por cada um deles.
Resposta: A Educação Especial, baseada na concepção do modelo médico/ clínico, encarava a deficiência como uma doença crônica. Essa concepção apresentava uma finalidade terapêutica, onde os portadores de necessidades especiais eram submetidos a atividades e tratamentos que objetivavam “adequar” o educando aos padrões aceitos pela sociedade em geral como pentear os cabelos, se vestir sozinho, ter autonomia para um convívio social adequado aos padrões da sociedade e as atividades pedagógicas ficavam em segundo plano e o tempo destinado a elas era mínimo. No modelo educacional houve uma alteração na visão de deficiência. A deficiência passou a ser encarada como uma especificidade, uma particularidade do educando. As atividades pedagógicas foram ampliadas, visando atingir a todos os indivíduos que apresentassem alguma necessidade diferenciada. O modelo educacional tinha por finalidade propiciar a todos o direito à educação, incluindo, quando necessário, adaptações que garantissem as condições de aprendizagem como sala de recursos e multifuncionais em horário contra turno.
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