AS ESCOLAS NOVAS SUÍÇAS E ITALIANAS
Por: Flavia0705 • 2/11/2017 • Dissertação • 845 Palavras (4 Páginas) • 353 Visualizações
5. AS ESCOLAS NOVAS SUIÇAS E ITALIANAS
A Suíça destacou-se mais por suas escolas novas particulares, que são um prolongamento das escolas inglesas e francesas. Entre elas deve-se citar como a mais interessante de todas do ponte de vista pedagógico a L'École d'Humanité, fundada por Paul Geheeb e Elisabeth Huguenin em 1937, no Château de Greng, no cantão de Friburgo. Ao lado das "escolas novas" pode-se citar na Suiça a Maison des Petits, de Genebra, criada pelos professores Claparède e Bovet, em 1913, sob os anuncios do Instituto J.-J. Rousseau, de fama universal, na qual surgiram os métodos montessorianos com grande liberdade.
Na Itália, antes do movimento da educação nova, já haviam realizado alguns ensaios de interesse, como o de Rosa Agazzi e sua irmã, com crianças pequenas, mas sem nenhuma ideia pedagógica original. O movimento da educação nova só começa com a Dra. Maria Montessori e suas Casas das crianças, a primeira delas foi fundada em Roma em 1907. As Casas não são apenas lugares de instrução, são antes de tudo lugares de educação e de vida, considerando todas as manifestações da vida prática, com assistência recíproca das crianças, com a influência da natureza, etc. Trata-se de uma escola que realiza a educação integral da criança.
Além dessas, deve-se citar outras escolas inovadoras muito interessantes, como a Scuola Rinnovata, de Milão, fundada pela Sra. Giuseppina Pizzigoni em 1907, que era baseada em atividades práticas e artísticas, a escola foi fruto da concepção pessoal fundadora e aspirava ser escola ativa para crianças de 6 a 14 anos, de ambos os sexos, que desfrutariam da educação ativa em todos os sentidos, com oficinas, campos agrícolas, atividades domésticas, etc. E também a Escola da Montesca, fundada pelo Barão Fraschetti e sua esposa, para os filhos de seus colonos, na qual era desenvolvido extraordinariamente o estudo da natureza, ou seja, enfatizavam uma educação naturalista.
6. AS ESCOLAS NOVAS ESPANHOLAS
Embora criada no século passado, mas ainda subsistente nesse século, deve-se citar a Instituición Libre de Enseñanza, fundada em 1876 por vários professores afastados de suas cátedras. A Instituición, a princípio, foi organizada como centro de ensino superior, mas logo se converteu para escola secundária e primária. Nela se introduziram ideias e métodos inovadores, que depois foram implantados nas "escolas novas". Entre estes métodos destacaram-se: a independência de qualquer confissão religiosa, partido político ou escola filosófica; o respeito à consciência e à personalidade do aluno e do mestre; a introdução dos métodos ativos no ensino; o reconhecimento do valor da educação estética; a implantação a coeducação dos sexos e da autonomia dos alunos; a prática dos jogos e esportes como meio de educação física e moral, etc. A Instutuición, autêntica escola nova, vital e integral, vigorou até 1939 e foi fechada pelo governo atual.
A Instituición serviu também de orientação para muitas escolas e para muitos educadores espanhóis, que adotaram totalmente ou parcialmente seus métodos de ensino e seus objetivos. Em relação as escolas deve-se citar alguns estabelecimentos públicos que foram verdadeiras escolas novas e tiveram autonomia para realizar suas experiências pedagógicas, como o "Grupo Escolar Cervantes" e o "Grupo Escolar Baixeras". Menção especial seja feita igualmente ao Instituto-Escuela de Segunda Enseñanza, no qual se puseram em prática, na educação secundária, as ideias que a Instituición havia influenciado, com sentido ativo e educativo, em presença do ensino livresco e rotineiro dos colégios da época. O governo da Republica criou, em 1936, outros Institutos-Escuelas, em diversas localidades espanholas.
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