ASPECTOS ANTROPOLÓGICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO PROFESSOR
Por: helienesilva • 9/9/2019 • Trabalho acadêmico • 663 Palavras (3 Páginas) • 216 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE PEDAGOGIA/ LICENCITATURA
DISCIPLINA: ASPECTOS ANTROPOLÓGICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO PROFESSOR (A) TUTOR (A): JOANA DARC VENANCIO TÍTULO DA ATIVIDADE ESTRUTURADA: Os quintais Urbanos como meio de Socialização e Manutenção do Meio Ambiente.
ALUNO (A) AUTOR (A) DA ATIVIDADE: HELIENE
DATA: 15/05/2019
- INTRODUÇÃO
Este relatório apresenta o resultado de uma pesquisa de campo realizada no bairro São Pedro, na cidade de Ibirité em Minas Gerais. A presente pesquisa surge a partir do interesse em identificar a relação dos moradores com os quintais e como a partir desta interação é possível que haja uma manutenção do meio ambiente, perpassando por saberes populares e ecológicos.
As cidades carregam uma agrobiodiversidade ainda pouco investigada que pode contribuir para a construção de relações ecologicamente equilibradas e socialmente justas (Almada, 2010). Os quintais representam um espaço de constante fluxo de saberes, plantas, objetos e memórias. Em outras palavras, apresentam um verdadeiro patrimônio biocultural das cidades, cujas dimensões ecológicas e antropológicas ainda carecem de um tratamento mais atento no meio acadêmico.
- DESENVOLVIMENTO
Como mencionado acima, a pesquisa foi realizada com moradores de Ibirité. É uma cidade localizada na Região Metropolitana de Belo Horizonte e tem uma população estimada de 173.873 habitantes no ano de 2015 de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O município apresenta uma grande heterogeneidade de formas de ocupação do espaço, incluindo áreas densamente urbanizadas, zonas rurais e importantes unidades de conservação, como o Parque Estadual do Rola Moça.
Para a caracterização dos quintais como espaços que potencializam relações foram empregados no trabalho de campo métodos de pesquisa qualitativa, tais como conversas livres, observações e levantamento da história de vida do morador selecionado, bem como anotações em caderno de campo. Esses encontros nos ofereceram informações sobre: histórias de vida, ocupação e manejo do espaço, migrações, diversidade e fluxo de espécies entre os quintais, relações/reciprocidade.
A história de vida, método qualitativo advindo da história oral, permite ampliar os limites de uma narrativa meramente escrita e nos desperta à escuta. Ao dar voz ao ‘objeto de estudo’, faz deste ‘sujeito’, o qual carrega, por sua vez, subjetividades, ao mesmo tempo em que atualiza tradições.
Foi possível perceber que o entrevistado viera de uma cidade mineira, como Serro agradecido pelo suporte de parentes e amigos, ou seja, uma rede de relações prévias e também uma bagagem de conhecimento com as plantas e os quintais.
Este entrevistado instalou-se em urbana e trouxe com ele experiência e prática de plantio como: o conhecimento sobre melhores espécies; saberes sobre a germinação de sementes e produção de mudas, técnicas de colheita, entre outras. Essas práticas fazem referência aos saberes tradicionais.
- CONCLUSÃO
Os quintais urbanos são ecossistemas complexos, espaços de importantes estudos e que refletem aspectos etnobiológicos ressaltados aqui nesta pesquisa, como as relações entre humanos, plantas, insetos e entidades. Os quintais expressam de forma ativa, íntima e regular os saberes acerca dos espaços, modos de vida, histórias, culturas. A história de vida aqui analisada permite identificar que muitas práticas antes realizadas na roça ainda são empregadas na área urbana. Neste sentido o bairro pesquisado em Ibirité, Jaçanã, apresenta morador que valoriza e se empenha em ter uma casa com quintal para se plantar e criar animais. O entrevistado relatou que o quintal e as plantas permitem construir e atualizar a rede de relações entre vizinhos, parentes e amigos, bem como as lembranças, as práticas, os saberes.
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