ATPS: Metodologia científica
Seminário: ATPS: Metodologia científica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: mariafraldas • 7/4/2014 • Seminário • 1.432 Palavras (6 Páginas) • 401 Visualizações
O cientista não está isento, enquanto pessoa, de “pré-
conceitos”. Mas ele busca, numa atitude racional, abster-se o
máximo possível. Porém, podemos afi rmar que através de um
método racional pretende-se conhecer senão a verdade total
dos fenômenos, suas particularidades dentro de determinadas
condições. Não afi rmando verdades absolutas, a ciência pode,
em uma constante autocorreção, buscar novos fatos e relações
para os fenômenos. E assim, continuamente, alimentar teorias.
14Oliveira, 1999, p. 57. 15Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, verbete ideologia,
edição eletrônica, v. 1.
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METODOLOGIA CIENTÍFICA
Revisão: Ana Marson - Diagramação: Márcio -
20/08/09
4 O QUE É METODOLOGIA CIENTÍFICA?
Refere-se à forma como funciona o conhecimento
científi co.
Ao longo do tempo, essa forma de pensar e fazer a ciência se
modifi cou. Veremos a seguir alguns dos autores e as principais
mudanças que ocorreram até os dias de hoje.
A metodologia científi ca tem sua origem no pensamento de
Descartes, que foi posteriormente desenvolvida empiricamente
pelo físico inglês Isaac Newton.
Descartes propôs chegar à verdade através da dúvida
sistemática e da decomposição do problema em pequenas partes,
características que defi niram a base da pesquisa científi ca. O
Círculo de Viena acrescentou a esses princípios a necessidade de
verifi cação e o método indutivo (positivismo lógico).
Método indutivo é aquele que parte de questões particulares
até chegar a conclusões generalizadas.
Karl Popper demonstrou que nem a verifi cação nem a indução
serviam ao método científi co, pois o cientista deve trabalhar
com o falseamento, ou seja, deve fazer uma hipótese e testá-
la procurando não provas de que ela está certa, mas provas de
que ela está errada. Se a hipótese não resistir ao teste, diz-se
que ela foi falseada. Popper provou também que a ciência é um
conhecimento provisório, que funciona através de sucessivos
falseamentos.
Thomas Kuhn percebeu que os paradigmas são elementos
essenciais do método científi co, sendo os momentos de mudança
de paradigmas chamados de revoluções científi cas.
Mais recentemente, a metodologia científi ca tem sido
abalada pela crítica ao pensamento cartesiano elaborada pelo
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Unidade I
Revisão: Ana Marson - Diagramação: Márcio -
20/08/09
fi lósofo francês Edgar Morin. Ele propõe, no lugar da divisão do
objeto de pesquisa em partes, uma visão sistêmica, do todo. Esse
novo paradigma é chamado de Teoria da Complexidade.
5 O QUE É UM PARADIGMA?
Paradigma: do grego parádeigma; literalmente, modelo; é a
representação de um padrão a ser seguido.
É um pressuposto fi losófi co, matriz, ou seja, uma teoria. Métodos
e valores que são concebidos como modelos ou mesmo uma
referência inicial como base de modelo para estudos e pesquisas.
Na fi losofi a grega, paradigma era considerado a fl uência (fl uxo)
de um pensamento, pois através de vários pensamentos sobre o
mesmo assunto é que se concluía a ideia, seja ela intelectual ou
material. Após a realização dessa ideia, surgiam outras ideias,
até que se chegasse a uma conclusão fi nal — seja da intuição à
representação sensível ou à representação intelectual.
Em linguística, Saussure defi ne como paradigma
(paradigmáticas) o conjunto de elementos similares que se
associam na memória formando conjuntos relacionados ao
signifi cado (semântico).
6 UM POUCO MAIS DA HISTÓRIA DA CIÊNCIA
A partir do Renascimento (século XIV e XVI), surge o
confl ito entre o teocentrismo16 e antropocentrismo, gerado
pela necessidade do homem de tornar-se o centro do universo.
As novas descobertas exaltam a valorização do ser humano
por meio da razão e da capacidade de transformar a natureza
através da técnica. Há uma “briga” entre a fé e a razão, que
culmina
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