AUTO – ESTIMA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

 1 INTRODUÇÃO

Este trabalho teve como objetivo explicitar a importância de fazer com que se tome consciência os educadores, pais e responsáveis sobre o tema da auto-estima em crianças de 0 a 3 anos de idade. O tema é relevante, pois a auto-estima que a criança possui certamente determinará seu desempenho escolar futuro, projetando seu sucesso ou fracasso, não só na vida escolar, mas também na vida social.

            A reflexão sobre a importância de se trabalhar a auto-estima na educação infantil nos remete a uma série de questionamentos, tais como: pode uma  instituição desempenhar um papel educativo na vida da criança ou ela é simplesmente um local para reclusão dos filhos enquanto os pais trabalham? Por que surgiu a creche na sociedade? Estes profissionais são treinados ou orientados para desempenhar tal papel junto às crianças?

Partindo dessas interrogações, este trabalho, procurou relatar a história da fundação das primeiras creches no Brasil e como outras instituições surgiram para cuidar da criança. Muitas delas eram direcionadas somente para os cuidados com higiene, alimentação e o bem estar, deixando muito tempo livre ou não direcionado para as atividades das crianças.

            Esta pesquisa procurou também evidenciar as diferenças entre as instituições destinadas às crianças de baixa renda e as instituições destinadas às crianças de poder aquisitivo mais elevado do século XIX, pois os termos sobre como deveriam ser essas instituições e para que tipos de famílias poderiam desfrutar foi caracterizado e utilizado várias vezes por outros autores e autoras. Enfocou também a Educação Infantil, buscando reflexões sobre seu papel na sociedade atual, mostrando e descrevendo o espaço físico e pedagógico de uma creche, para que esta instituição alcance seus objetivos fundamentais, que segundo a proposta inicial, seria o educar completo dos infantis. O público alvo deste estudo focou-se em uma creche da rede (pública) situado em um bairro de Paulínia-SP. Dentre os conteúdos abordados para as considerações teóricas, os trabalhos sobre o tema auto-estima de Piaget, Vygostsky e Wallon, se tornaram base fundamental.

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

           Fazer um diagnóstico atual da relação existente entre o professor infantil e o desenvolvimento da auto-estima na criança, dentro de um ambiente de creche.

   

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Observar como a criança expressa suas tentativas de erro e acerto;
• Identificar os principais incentivos usados para auxiliar a criança a concluir atividades com sucesso;
• Observar os mecanismos utilizados para fazer a criança se sentir capaz e autoconfiante;
• Relacionar os pontos positivos no desenvolvimento da criança que recebe apoio para ter uma boa auto-estima;
• Demonstrar aos pais e professores a diferença de uma criança com uma boa auto-estima;
• Mostrar a importância do papel de uma creche bem preparada e equipada para ser um suporte no desenvolvimento infantil;
• Identificar atividades práticas para desenvolver a auto-estima da criança;
• Mostrar aos pais e professores maneiras simples e viáveis de auxiliar o desenvolvimento da auto-estima na criança.

3 JUSTIFICATIVA

3.1 RELEVÂNCIA CIENTÍFICA

           De acordo com Isabel Parolin (2008, s/n) “Educar é um ato de amor, de dedicação, que requer tempo e disponibilidade”. Nenhuma criança nasce sabendo e para saber é preciso que alguém se disponha a mediar o conhecimento da situação que a criança está vivendo, o seu desejo e entendimento da situação, e o que é possível fazer de forma educativa e adequada.

           Para Içami Tiba (2002, p.54) a criança “[...] Conforme se desenvolve, vai descobrindo seu valor a partir do valor que os outros lhe dão”. Tendo esse princípio os educadores precisam compreender cada vez mais que auxiliar os educandos em seu crescimento intelectual e moral é de extrema importância, pois é deste ato pensado ou impensado que resultarão adultos mais valorizados ou não.

Estudos que visem à informação sobre o melhoramento relacional, emocional e integral sempre serão de grande relevância para a ciência acadêmica, especialmente as voltadas à educação, e este trabalho se dispõe a ser uma discussão a mais neste sentido.

3.2 RELEVÂNCIA SOCIAL

 A auto-estima acrescenta, nas pessoas, uma melhora em seus aspectos de sociabilidade, na hora de tomar decisões difícies, numa entrevista de emprego, na aprendizagem, etc., sendo assim, projetar técnicas e métodos didáticos diários que visam melhoria da auto-estima auxiliará na formação de adultos mais confiantes para a sociedade.

3.3 INTERESSE

Segundo Zabala (1998, p.27) “Um modo de determinar os objetivos e finalidades da educação consiste em fazê-lo em relação às capacidades que se pretende desenvolver nos alunos”. A nossa sociedade necessita ter atenção com a nova geração, pois enquanto pequenos é que são moldados significa que somos “potenciadores” ou inibidores de sua “capacidade”. Sendo assim a auto-estima é um dos fatores de maior significância na educação infantil. Como futura educadora o interesse em realizar este trabalho surgiu visando compreender um pouco mais a relação do professor infantil com os fatores que podem causar à auto-estima, e consequemente a melhor formação dos alunos.

3.4 VIABILIDADE

   Esta pesquisa é viável, porque visou o acompanhamento de algumas atividades de uma creche pública de Paulínia-SP, e na observação de seus profissionais para desenvolver a auto-estima nas crianças que ali são atendidas, sendo que este local é de fácil acesso à pesquisadora, e porque os profissionais da creche também se dispuseram a participar dessa observação e estudo.

4 METODOLOGIA

4.1 ABORDAGEM DA PESQUISA

Esta pesquisa teve segundo seu objetivo um caráter descritivo-explicativo, pois seus procedimentos de coleta se deu em diversas bibliografias, comparando a temática na visão de vários educadores e ao mesmo tempo o levantamento das informações se processou no campo (in loco), na creche escolhida para foco da pesquisa, caracterizando assim em um estudo de caso. O trabalho assumiu a natureza dialética de investigação, pois integrou aspectos quantitativos e qualitativos em seus procedimentos gerais.