Abordagem Teórico-Metodológica da alfabetização
Por: Cristiane Miranda • 15/8/2018 • Resenha • 980 Palavras (4 Páginas) • 271 Visualizações
Aulas 21 e 22: Abordagem Teórico-Metodológica da alfabetização – práticas alfabetizadoras sociointeracionistas.
- Nessa abordagem o planejamento recebe destaque especial. Para sua elaboração é necessário ouvir as crianças para saber o que já trazem de conhecimento, quais são as suas hipóteses sobre a leitura e a escrita;
- O trabalho do professor começa bem antes da sala de aula, as ações são planejadas previamente.
- Considera-se a realidade da criança e seu universo, e a partir daí planeja-se as atividades;
- Não basta uma aprendizagem mecânica(Perspectiva Mecanicista), a aprendizag m precisa ser SIGNIFICATIVA.
- Na alfabetização sociointeracionista as crianças aprendem interagindo com o grupo e com os objetos de leitura e escrita.
- O trabalho com projetos permite a transformação das práticas pedagógicas em alfabetização, pois oportunizam a criação de um ambiente de curiosidade pela aprendizagem, despertando o interesse do grupo.
- O trabalho com projetos desperta o espírito investigativo, estimulando a descoberta e redescoberta do conhecimento.
- Embora o Guia da Disciplina sugira um modelo de projeto, a definição das etapas da estruturação não deve ser uma receita de bolo. O professor tem liberdade de criar seu próprio percurso. Contudo, existe uma estrutura básica necessária, que servirá de fator facilitador do desenvolvimento das ideias.
Aula 23 e 24: Materiais didáticos de alfabetização. Cartilha: um livro para aprender a ler?
- A escola não é o único lugar onde a criança aprende a ler e escrever. A alfabetização começa antes da idade escolar e continua por toda a vida.
- No estudo do capítulo 23 Guia da Disciplina, percebemos que uso da alfabetização, as convenções e seu significado na sociedade transforma-se no tempo( práticas culturais da leitura e da escrita em diferentes momentos históricos) e no espaço( esferas públicas e privadas).
- O uso da cartilha foi amplamente difundido como livro didático de alfabetização no século XIX.
- Com a incorporação do pensamento construtivista e sociointeracionista , na década de 80, o fazer pedagógico em alfabetização tomou outro direcionamento. Veja o que diz no trecho do capítulo 24 do Guia da Disciplina:
“As idéias de Emília Ferreiro e Ana Teberosky colocaram em xeque
a adoção de cartilhas e o uso de métodos mecânicos de alfabetização,
instaurando um movimento de reflexão sobre as práticas alfabetizadoras.
Hoje, compreendemos que a apropriação da leitura exige mais do que o
domínio mecânico do código alfabético: ler não é simplesmente codificar
e decodificar um texto. A apropriação da leitura se dá através do acesso,
uso e manipulação da diversidade de textos que circulam socialmente,
do conhecimento de suas funções e dos procedimentos adequados para
interpretá-los e produzi-los.” ( ARAÚJO, Pág. 62)
- Como a prática pedagógica deve estar voltada para a promoção da aprendizagem significativa, o uso da cartilha torna-se inadequado, pois se mostra distante dos processos sociais da leitura e da escrita na atualidade.
- As cartilhas, mesmo as construtivistas, têm causado grandes prejuízos à educação, pois, além de contribuírem muito pouco no processo de apropriação da leitura e da escrita da criança, alimentam a dependência dos professores no uso desses materiais que apresentam metodologia reducionista e sem significado, principalmente para as classes mais populares dos anos iniciais de alfabetização.
Aulas 25 e 26: Alfabetização e Letramento
- Atualmente, a alfabetização é entendida como um processo ininterrupto de aprendizagem da língua materna e que se constitui no processo de desenvolvimento da língua, que não se completa nunca e apresenta características diferentes do processo de aquisição do código escrito.
- O ensino da leitura e da escrita exige que o professor seja um leitor proficiente (leitor crítico, reflexivo, autônomo e letrado).
- O professor que se propõe a alfabetizar deve ter como objetivos preparar o aluno para ler, escrever e ter um grau de letramento que lhe permita acompanhar as exigências de uma sociedade letrada e tecnológica.
- O sentido de leitura e escrita ganha uma dimensão maior e mais profunda, deixando de ser mera codificação e decodificação.
- O professor deve instrumentalizar o aluno a ponto de torná-lo capaz de ler, escrever e envolver-se em práticas sociais de leitura e de escrita, não sendo somente alfabetizado, sendo também letrado.
- Magda Soares aponta que “alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas não inseparáveis, ao contrário, o ideal seria alfabetizar letrando...” (2003, p. 47).
- Ainda segundo Soares (2003, p. 39), letramento é:
“• resultado da ação de ensinar e aprender as práticas sociais de
leitura e escrita;
• estado ou condição de quem se envolve nas numerosas e variadas
práticas sociais de leitura e de escrita.”
Aulas 27 e 28 - Materiais para Alfabetizar
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