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Analise do documentário Carne e Osso

Por:   •  16/5/2019  •  Dissertação  •  725 Palavras (3 Páginas)  •  252 Visualizações

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Nomes: Gabriel Fernando Giansante

Luana Gabriele Lima de Oliveira

Universidade: Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Docente: Adrian Alvarez Estrada 

Disciplina: Teoria das Organizações e Gestão Escola

Curso e turma: Pedagogia 1º ano

                                Analise do documentário Carne e Osso

O documentário mostra a realidade que surgiu na revolução industrial e que foi sendo aprimorada ao longo dos séculos que ainda se mostra muito presente no meio industrial, tendo em vista a divisão do trabalho a principal delas, sendo uma ideia muito difundida pelo nascente capitalismo industrial e seu liberalismo econômico, a alienação e a divisão atingiram índices tão altos, que ás vezes um trabalhador na linha de montagem (conceito introduzido por Ford) não conhecia o seu produto final ou seu destino, essa divisão do trabalho tornou uma ocupação distinta e aquele que não criasse uma familiarização com a máquina não produziria, logo o mesmo não servia para os propósitos da empresa, que seria o lucro em menor tempo e em grande escala.

Muitos operários são obrigados a fazer longas jornadas e trabalhar em uma grande velocidade e com movimentos repetitivos, além das altas temperaturas, causando problemas físicos ou mentais, como relatam os entrevistados no documentário Carne e Osso, uma das entrevistadas descreve que em uma certa época não conseguia nem mexer na panela de tanta dor, e que a causa da demissão da empresa foi por problemas causados pelo trabalho repetitivo, além disso a mesma menciona que foi ameaçada para não aplicar um processo na empresa, o que seria seu direito.

Sendo obrigados a produzir uma quantidade ‘’x’’ em um tempo ‘’y’’, inserido nesse contexto de divisão do trabalho, pode-se dizer que o trabalho desumaniza o homem. Vários teóricos liberais e burgueses defendem a divisão do trabalho como algo que flexibiliza a produção, aumenta os lucros dos industriais que assim podem investir com esse capital e aumentar a linha de produção, também aumentando as vagas de emprego, porém há alta rotatividade no setor devido a vários acidentes, trabalhadores tendo que sair por motivos de saúde. Mostrando a verdadeira face da linha de produção e da divisão do trabalho, alienando o trabalhador e ajudando a manter o controle dos meios de produção.

Pode-se dizer que esse processo de divisão do trabalho é praticamente inato nas sociedades humanas, desde a pré-história até os dias de hoje, claro que não da mesma forma mas já existia, cada membro de uma das várias comunidade humanas tinha uma função diferente, porém o conceito foi evoluindo ao longo de vários e vários séculos, passou pelo conceito do artesanato na Idade Média até alcançar o significado que tem hoje nas indústrias.

A adoção da divisão do trabalho e da linha de produção se tornaram altamente produtivas em menos tempo, tanto que foi uma das causas para a Crise de 1929, crise que quase teve força o suficiente para acabar com o capitalismo, fazendo ideologias totalitárias ganharem força no mundo todo.

Adam Smith, um dos principais defensores da divisão do trabalho em larga escala não chegou a viver o suficiente para ver a sua ideia 100% em prática, não soube que só causa desigualdade social, cria o conceito da mais-valia(o valor do trabalho agregado ao produto é menor que o valor que a mercadoria poderia ser vendida) que trouxe prejuízos para os trabalhadores, além de saírem com problemas de saúde, saem sem seus direitos garantidos e desamparados financeiramente, a maioria sem condições para arrumar outro emprego pois  o processo longo e repetitivo causou doenças que trousse sequelas e deixou o trabalhador inviabilizado.

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