Aprendendo com os índios
Projeto de pesquisa: Aprendendo com os índios. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: j2e3 • 26/3/2014 • Projeto de pesquisa • 4.162 Palavras (17 Páginas) • 229 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA DO RIO – BENNETT
Rio – Maio de 2010
SUMÁRIO
Introdução ---------------------------------------------------------------------------3
Aprendendo com os índios -------------------------------------------------------4
Quando a escola é a aldeia --------------------------------------------------------6
Então surge a escola ---------------------------------------------------------------8
Pedagogos, mestres-escolas e sofistas -------------------------------------------10
A educação que Roma faz e o que ela ensina ----------------------------------12
Educação isto e aquilo e o contrário de tudo isto -----------------------------14
Conclusão --------------------------------------------------------------------------15
Biografia ---------------------------------------------------------------------------16
INTRODUÇÃO
O que é educação? Como direcioná-la Carlos Brandão nos lança uma pergunta e nos leva a buscar respostas em várias e diferentes sociedades, desde as antigas, como a Grega, até a Silvícola. Brandão mostra que aquilo que é educação para uns, pode ser deseducação e inutilização para outros1.
Mostra ainda que de uma forma ou de outra estamos sempre sendo educados, independente em que ou para que fins. Nosso objetivo é portanto saber como fazer para direcioná-la de forma a que possa ser útil prazerosa e eficaz.
Eis o por que da escolha desta pesquisa, pois nos abre o entendimento no raciocínio da educação no sentido pedagógico de preparar o homem para viver entre as sociedades, e que esta deve ser pautada no respeito ao meio social em que vive o cidadão.
O educando deve sim, estar preparado para transitar em meio aos variados grupos sociais, mas sem se tornar um estrangeiro em seu próprio meio, a educação deve tornar o homem:
-“ um cidadão do mundo”
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1BRANDÂO,Carlos Rodrigues, O Que é Educação Pag. 7 Edit. Brasiliense- São Paulo- 1983
APRENDENDO COM OS ÍNDIOS
“Pergunto ao burit; e o que ele responde é: a coragem minha. Burit quer todo azul, e não se apartar de sua água – careca de espelho. Mestre não é quem ensina, mas de repente quem aprende.” Carlos Brandão2 no livro “O Que è Educação” pag. 7 cita João Guimarães Rosa/ Grande Sertão veredas. A vida é uma grande escola, segundo Carlos Brandão, a todo momento estamos aprendendo, no meio em que vivemos. Para ilustrar Istoé ele dá o exemplo de uma tribo de índios que ao ser convidada para enviar um de seus jovens guerreiros para estudar na escola de homens brancos, recusou o convite, frisando que aqueles que saíram da tribo e aprenderam o s costumes dos “brancos”, ao voltarem simplesmente se tornaram inúteis e frágeis ao meio ao meio ao qual haviam partido, em contrapartida, eles sabiamente ofereceram para receberem os jovens civilizações, para ensinarem a eles a serem homens, no sentido de como para eles um homem deveria ser, ou seja , Guerreiros capazes de sobreviver na tribo em contato com a natureza sem os recursos que aquelas civilizações dispõe. Mostraram que são uma civilização, só que diferente daquela que ora estavam diante, “os homens brancos”. Com outros projetos e outras importâncias, e que isto deveria ser respeitado. A esta idéia é possível acrescentar como o referência o texto de “ o Currículo de urubus”, onde Rubem de Azevedo Alves3, trata do embuste de Pinóquio:
Não conheço malandragem psicanalítica com convicção pedagógica como Pinóquio. Depois de levar a criança a se identificar com um boneco de pau a trama progride proclamando que é necessário ir à escola para se virar gente. Caso contrário o destino inevitável é virar burro, com rabo, orelhas e zurros e tudo o mais que pertence à burrice
A comparação com os dois textos nos mostra como pode haver desrespeito quanto ao indivíduo em seu contexto social no ato de tratar com a educação, ao que ele
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2 BRANDÃO, Carlos Rodrigues, O Que é Educação, Edit. Brasiliense- São Paulo- 1983
3 ALVES, Rubens de Azevedo, extraído do texto “Currículo de Urubus” de aula do Prof. Edson Fernando. Sem data.
põe a este tipo de procedimento, é exatamente aquilo o que vimos os índios fazerem no texto anterior do livro de Brandão a frase em que Rubem diz: “ A maior prova de inteligência se encontra na recusa de aprender.”4 Denuncia um tipo de educação pernóstica e mal intencionada usando a parábola “Currículo de Urubus” , onde somente aquilo que os urubus praticam ou ensinam é útil e válido, isto aos olhos dos urubus é claro. Ele compara ali, que a educação violadora da identidade do cidadão é como comida estragada, que ao ser absorvida será pelo organismo sadio, rejeitada e expelida. E leva a reflexão se não seria esse o motivo do tão falado fracasso da educação no Brasil.
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4 ALVES, Rubens de Azevedo, extraído do texto “Currículo de Urubus” de aula do Prof. Edson Fernando. Sem data.
QUANDO A ESCOLA É A ALDEIA
“A educação existe onde não há escola e por toda parte podem haver redes e estruturas de transferências de saber de uma geração à outra.” ( O Que é educação Pag. 13)
É possível vermos aqui, como as sociedades primitivas resolvem seus problemas de transmitir conhecimento, isto é feito de forma natural, e os aspirantes se tornam havidos
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