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As Concepções de Infância

Por:   •  23/5/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.958 Palavras (8 Páginas)  •  127 Visualizações

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SUMÁRIO

1        INTRODUÇÃO        3

2        DESENVOLVIMENTO        4

3        CONCLUSÃO        9



  1. INTRODUÇÃO

Esta etapa deve conter parágrafos que falem sobre a importância do tema escolhido, sua relevância e aplicabilidade.

Pretendemos trazer algumas concepções da infância voltada para esclarecer a problematização que seria por conta de discussões realizadas no Município “Porto Feliz” sobre as mudanças ocasionadas pela BNCC, a coordenadora pedagógica Mariana e a diretora escolar Lorena, que atuam na Escola de Educação Infantil “Maria Montessori”, que observaram a necessidade de debater sobe esse documento normativo com os profissionais que atuam na escola.

O trabalho descreve como foi criada a concepção de infância conforme as questões históricas e sociológicas, centrando tal reflexão para um desenvolvimento pedagógico que detalha-se o início de toda essa concepção.

Falaremos também sobre as Políticas Educacionais de acordo com essa evolução e descreveremos sobre como foram criados movimentos que começaram a trazer novas regras e formas, como o ECA, RCNEI e a BNCC.        

        


  1. DESENVOLVIMENTO

No século XII não existia um conceito de infância, pois para a sociedade as crianças eram impostas à agirem como adultos em miniaturas, mesmo com pouca idade para se portar como tal, o que não era relevante naquele período. Usavam roupas incômodas e similares as de um adulto que tiravam o prazer de correr, de brincar e de subir em árvores e tudo aquilo que faz parte da fase da infância. A infância na idade média terminava aos sete anos, quando as crianças já conseguiam falar, até então eram consideradas seres incapazes. Nesta época a taxa de mortalidade era alta devido à falta de cuidado e higiene, o pensamento era ter muitos filhos para sobreviverem dois ou três.

De acordo com Áries (1981), “a Igreja Católica formou novas condutas que influenciaram a mudança do pensamento da sociedade, pois foram criados novos laços familiares que condenavam práticas comuns à época”.
                            A partir do discurso cristão “Culto ao menino Jesus” que a infância passou a ser reconhecida e a criança como um mediador do céu e terra. Com isso, surgiu o sentimento de infância e a sua concepção se efetivou.
       Através do sentimento da infância, criou-se o sentimento familiar onde a criança passa ser considerada um ser para ser amado e educado. Neste mesmo período se desenvolveu a individualização da criança, onde a percepção de criança como indivíduo era caracterizada como mundo-próprio.

No entanto, as representações de infância variam conforme o posicionamento da família em relação a criança, a classe social, etnia e gênero na sociedade em geral. Consideramos que a infância se molda com o tempo e as diferenças dos contextos sociais, econômicos, geográficos e também com as particularidades individuais.  

A sociedade passou a ver as crianças como indivíduos que possuem vez e voz, com isso foram criadas instituições voltadas para as mesmas. A escola surgiu junto com a ideia de que a infância é um período da vida que precisa ser moldado e criado para construir um ser pensante, disciplinando moralmente durante o desenvolvimento do educando.

Para Kramer (2006) “a infância é entendida como o período da história de cada um, que se estende na nossa sociedade, do nascimento até aproximadamente dez anos de idade” (p.13).

Ao longo de toda história, houve a necessidade de implementação de normas que regulamentasse o ensino, com isso começaram a ser elaboradas as políticas educacionais.

A Política Educacional é um instrumento de execução dos movimentos e referenciais educacionais que se fazem presente através da Legislação Educacional, essa Política é de responsabilidade do Estado, com base em organismos políticos e entidades da sociedade civil, se estabelece um processo de tomada de decisões que derivam nas normatizações do país e também deve ser guiada pelo povo respeitando o direito de cada indivíduo e assegurando o bem comum.

Alguns dos documentos que foram elementares a produção das Políticas Educacionais do nosso país foi o dito Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova de 1932. Esse documento foi um dos primeiros a ser utilizado com o intuito de regulamentação da situação educacional brasileira, nessa época as reformas organizacionais aconteceram com mais força nos Estados e também na educação.  Os principais reformistas do manifesto da educação e renovação educacional no início da Segunda República estava alicerçada nas teorias psicológicas de Lourenço Filho, na contribuição sociológica de Fernando de Azevedo e no pensamento filosófico e político de Anísio Teixeira. (SANDER, 2007, p.28).

O manifesto passou a ser considerado como base política e de modernidade que serviu de suporte para a educação e a sociedade brasileira até a atualidade. Já se programava uma organização adequada para um sistema educacional que construiria naquele tempo medidas imediatistas que eram necessárias para se pensar adiante.      

Esse movimento foi direcionado para renovar os olhares dos educadores e impulsionar a evolução necessária à administração dos serviços escolares, não obtendo um pensamento arcaico que segrega a educação das demais articulações sociais de relevância para o desenvolvimento educacional.

No decorrer das décadas, mudanças e implementações surgiram no mundo educacional que trouxeram melhorias, mas também algumas oposições sendo necessária a serem modificadas e atualizadas. Atualmente, nos encontramos seguindo a pressuposta CF Constituição Federal de 1988.

De acordo com a Constituição de 1988, a criança foi considerada através de sua condição própria, tendo suas particularidades atendidas na lei. Através do conceito de direito característico de uma sociedade democrática, entende-se que a educação foi inserida como direito de todos.

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