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As Contribuições dos Jogos e das Brincadeiras para o Desenvolvimento Social da criança na Educação Infantil

Por:   •  26/4/2020  •  Trabalho acadêmico  •  7.451 Palavras (30 Páginas)  •  271 Visualizações

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ANA PAULA MACIEL DE ALMEIDA

MAYARA MOREIRA DO VALE

AS CONTRIBUIÇÔES DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NO DESENVOLVIMENTO SOCIAL DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

BRASÍLIA

 2019

ANA PAULA MACIEL DE ALMEIDA

MAYARA MOREIRA DO VALE

AS CONTRIBUIÇÕES DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NO      DESENVOLVIMENTO SOCIAL DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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Brasília

 2019

RESUMO

O presente artigo relata as contribuições dos jogos e das brincadeiras no desenvolvimento social da criança na educação infantil, salientando o quão importante é a compreensão do professor referente à visão do brincar como instrumento mediador no processo de socialização. É ressaltado que cabe à escola e ao educador que propiciem, no ambiente físico escolar, situações onde as interações sociais espontâneas entre as crianças possam ocorrer, de forma lúdica e prazerosa, podendo empregar os jogos e as brincadeiras como intermediadores desse processo. Utilizando como enfoque a Educação Infantil, constatou-se que, através do uso dos jogos e das brincadeiras como instrumentos lúdicos capazes de despertar nos alunos interações dentro do ambiente novo em que se encontram - primeira etapa da educação básica -, estes se mostram como instrumentos bastante relevantes na vida social de qualquer criança, por se tratarem de atividades interativas que colaboram para o desenvolvimento social humano.

Palavras-chaves: jogos, brincadeiras, desenvolvimento social e educação infantil.

INTRODUÇÃO

        As autoras do presente artigo, durante a realização de estudos acadêmicos no âmbito da disciplina “Jogos e Brincadeiras na Infância” enquanto graduandas de Pedagogia, começaram a levantar diversos questionamentos acerca das contribuições que os jogos e brincadeiras poderiam ter para a superação dos grandes desafios, por parte das crianças recém ingressas na Educação Infantil, em seus processos de socialização. Pelo fato de estarem conhecendo um mundo novo e completamente diferente da rotina a qual estavam anteriormente habituados, os alunos poderiam, de fato, utilizar os benefícios dos jogos e das brincadeiras como instrumentos mediadores em seus processos interativos/sociais?

        Pesquisadores como Friedrich Fröbel, Lev Vygotsky e Tizuko Kishimoto trazem diversas concepções a respeito do jogo e do brincar, defendendo que ambos podem realizar contribuições essenciais nos processos interativos e sociais dos seres humanos.

        A presente pesquisa teórica/bibliográfica encontra-se pautada em uma abordagem de âmbito qualitativo a respeito da temática abordada. A mesma teve como objetivo investigar como os jogos e brincadeiras contribuem para o desenvolvimento social da criança na Educação Infantil.

Frente a tal questão, as autoras do presente artigo ressaltam a ideias de Vygotsky (1988), a respeito de sua abordagem sobre o desenvolvimento humano acontecer nas trocas entres parceiros sociais, através de processos de interação e mediação. As mesmas utilizam, nessa premissa, a perspectiva de que tal interação, colocada por Vygotsky (1988), pode claramente abranger a realidade dos estudantes da Educação Infantil. Nesse sentido, acredita-se que os jogos e as brincadeiras podem apresentar-se como importantes instrumentos colaborativos para a interação e a socialização das crianças pertencentes a essa primeira fase de educação básica.

A motivação do presente estudo está pautada na explicação de como os jogos e as brincadeiras podem aprimorar as interações entre as crianças, e como são capazes de contribuir para o desenvolvimento das relações sociais entre os alunos da Educação Infantil, podendo, desta forma, agir como colaboradores na realização de trabalhos pedagógicos que buscam cada vez mais o alcance da excelência.

REFERENCIAL TEÓRICO

1 - O PERCURSO HISTÓRICO E A DEFINIÇÃO DE JOGOS E BRINCADEIRAS

     Diversos teóricos apontam suas visões a respeito das definições do que são jogos e brincadeiras. Algumas conceituações divergem um pouco em seus sentidos, porém, a linha de raciocínio da grande maioria dos estudiosos que abordam essa temática é a mesma no que tange a compreensão sobre essas duas palavras.

     De acordo com Kishimoto (2011), definir "jogo" não é uma tarefa fácil, pelo fato de existirem diversos entendimentos acerca dessa palavra, como por exemplo a expressão "jogo politico", jogo de contar histórias, brincadeira de "casinha" entre outros.

     Dessa forma, a autora Kishimoto (2011) mostra a dificuldade que é encontrada já na definição do sentido da palavra “jogo”. Logo, é perceptível que encontrar uma ideia fixa para esse termo trata-se de uma atividade complexa.

     A concepção de jogo para Kisimoto (2011) está então integrada tanto ao objeto quanto à brincadeira. É uma atividade mais estruturada e estabelecida por um princípio de regras mais explícitas, como jogo de mímica, de cartas, de tabuleiro, de faz-de-conta e etc.

        Dessa forma é importante ressaltar que

Pesquisadores do Laboratoire de Recherche sur le Jeu et le Jouet, da Université Paris-Nord, como Gilles Brougere (1981, 1993) e Jacques Henriot (1983, 1989) começaram a desatar o nó desse conglomerado de significados atribuídos ao termo jogo ao apontar três níveis de diferenciações. O jogo pode ser visto como: 1. o resultado de um sistema linguístico que funciona dentro de um contexto social; 2. um sistema de regras; e 3. um objeto. (KISHIMOTO, 2010, p. 18).

     Essas diferenciações possibilitaram uma observação bem mais esquematizada a respeito da palavra “jogo”, pelo fato das três diferenciações definirem os diversos jogos em três grupos característicos. Houve então, com isso, a facilitação da compreensão da palavra, pelo fato da definição da mesma ficar claramente mais organizada e estruturada.

        De acordo com Vygotsky (2003, p. 125) “[...] a brincadeira é um sistema racional de comportamentos e dispêndio de energia, com fim determinado, socialmente coordenado e subordinado a certas regras”. Dessa forma, entende-se que o seu pensamento sobre as brincadeiras complementa, em alguns aspectos, as diferenciações apontadas por Gilles Brougere (1981, 1993) e Jacques Henriot (1983, 1989) a respeito do jogo.

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