As Metodologias Ativas Escada
Por: ELIZA MATILDE ABREU DE AZEVEDO • 10/3/2023 • Trabalho acadêmico • 1.771 Palavras (8 Páginas) • 79 Visualizações
ENCONTRO PEDAGÓGICO
JULHO / 2022
ENTENDER COMO SE APRENDE, PARA SE APRENDER COMO SE ENSINA NO NOVO ENSINO MÉDIO
A princípio, essa afirmativa óbvia e despretensiosa contém reflexões essenciais para a compreensão de como se aprende. Para começo de conversa, temos duas importantes conclusões que resultam dessa afirmação: a primeira é que, sendo um processo, a aprendizagem não ocorre de uma hora para outra, não se realiza de forma imediata. É processual, precisa de tempo de maturação, tempo esse que não se mede pelo nosso relógio e sim pelo relógio de quem aprende.
Aprendizagem não se resume à mudança de comportamentos observáveis, o que torna a avaliação dessa aprendizagem algo, no mínimo, subjetivo. Esse problema teria fim se, por exemplo, nossos alunos ficassem com a testa verde toda vez que aprendessem o conteúdo dado. Imagine a cena: “coordenadora, dei uma aula fenomenal! Todos os alunos estavam com a testa verde ao final da aula!”. Na ausência desse sinal objetivo que nos autorizaria a seguir em frente, temos que buscar compreender os sinais subjetivos para que possamos “enxergar” a aprendizagem do outro.
Para isso, temos a nossa disposição os instrumentos de avaliação, cujo objetivo é externar sinais que indiquem que houve ou não a aprendizagem.
Logo, dizer que a aprendizagem é um processo interno encerra duas questões essenciais para a compreensão do processo: aprender é fenômeno processual e subjetivo.
Assim, como professores, precisamos estar atentos as formas que os estudantes aprendem, para que possamos pensar num planejamento que dê conta das necessidades da turma, que nunca será homogênea.
Nessa perspectiva, o papel do professor é fundamental, ele deve despertar em seus alunos a vontade para aprender. Para facilitar o desenvolvimento da aprendizagem a disposição para aprender, um estado emocional que pode estar favorável ou desfavorável para a atividade, é um elemento de extrema relevância que deve ser entendida pelo professor para que melhor possa mediar o processo, superando assim os obstáculos e atingindo eficácia com seus alunos.
Ele deve ser um mediador, facilitador e articulador do conhecimento e não apenas aquele que detém a informação. Deve atuar como um pesquisador, que provoca o aluno a ser também curioso e descobrir a partir de seus próprios questionamentos. Deve convidar o estudante a ver a realidade como seu objeto de estudo. E como isso acontece no Novo Ensino Médio?
O que é o Novo Ensino Médio?
O Novo Ensino Médio é um modelo de aprendizagem por áreas de conhecimento que permitirá ao jovem optar por uma formação técnica e profissionalizante. Ao final do ensino médio o aluno receberá além do certificado do ensino médio regular também o certificado do curso técnico ou profissionalizante que cursou.
Quais são os novos componentes curriculares do ensino médio?
O novo currículo do Ensino Médio é organizado por áreas de conhecimento e não por matérias e será composta por 4 áreas de conhecimento mais 1 de Itinerário Formativo.
Na nova estrutura, até 1.800 horas da carga horária contemplam habilidades e competências relacionadas às 04 áreas do conhecimento. São eles: Matemáticas e suas Tecnologias; Linguagens e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Ciências Humanas e Sociais Aplicadas; E, no mínimo, 1.200 horas são flexíveis e ficarão reservados para a Itinerário Formativo.
As principais mudanças do Novo Ensino Médio são o aumento da carga horária dos estudantes, a adoção de uma base comum curricular e a escolha dos itinerários formativos por parte do aluno.
O que muda com o Novo Ensino Médio?
As principais mudanças do Novo Ensino Médio são o aumento da carga horária dos estudantes, a adoção de uma base comum curricular e a escolha dos itinerários formativos por parte do aluno.
Como deve acontecer o novo ensino médio?
O Novo ensino médio entrou em vigor em 2022 para os alunos do primeiro ano e até 2024 estará em todas as turmas do país. A mudança vai aumentar a carga horária total ao longo dos três anos que vai passar de 2400 horas para 3 mil horas. Das 3 mil horas, 1800 horas serão destinadas para as disciplinas obrigatórias da base Nacional Comum Curricular e 1200 horas para os itinerários formativos. Cada escola terá que oferecer pelo menos uma opção complementar a formação dos alunos são elas:
- Linguagens e suas Tecnologias
- Matemática e suas Tecnologias
- Ciências da Natureza e suas Tecnologias ciências
- Humanas e sociais aplicadas
- Itinerário Formativo
O Novo Ensino Médio propõe uma reforma matriz de referência curricular dos alunos do 1º, 2º e 3º ano dessa etapa escolar. A Lei nº 13.415/2017, que institui as alterações, estabelece maior integração e flexibilidade curricular e a oferta de itinerários formativos.
São cinco itinerários que a escola pode ofertar – entre eles, o de formação técnica e profissional – e os alunos escolherão qual cursar de acordo com as áreas de seu interesse e projetos de vida e de carreira.
Como deve acontecer a avaliação?
A avaliação da aprendizagem é um processo complexo que envolve a verificação do desenvolvimento dos estudantes. Por se tratar de um momento marcado pelos medos, inseguranças e pela falta de critérios claramente estabelecidos, os estudantes tendem a uma apresentação pouco fidedigna do conhecimento que dominam efetivamente e os docentes nem sempre conseguem precisar os diferentes níveis de aprendizagem desenvolvidos. Para isso, os instrumentos construídos devem ser capazes de garantir que a avaliação seja uma fotografia do conhecimento de cada um e da turma como um todo.
A definição dos instrumentos e atividades será demandada no planejamento docente, levando em consideração o perfil da turma, a sequência didática em questão, as intervenções necessárias para a aprendizagem com sucesso, dentre outros aspectos, ampliando-se, assim, a sugestão indicada abaixo. Ressalta-se que o objetivo da atividade de avaliação definirá a qual conjunto pertencerá.
Nesse sentido, serão utilizados múltiplos instrumentos e formas em diferentes momentos da ação, planejados e articulados por área de conhecimento e entre áreas, podendo contemplar:
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