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As Teorias Sociais: As Relações de trabalho como relações sociais de produção

Por:   •  14/5/2017  •  Resenha  •  1.332 Palavras (6 Páginas)  •  373 Visualizações

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO

MESTRADO EM EDUCAÇÃO, CULTURAS E IDENTIDADES

DISCIPLINA: DIÁLOGOS INTERDISCIPLINARES: DIVERSIDADE CULTURAL E IDENTIDADES

DOCENTE: CIBELE RODRIGUES E MOISÉS DE MELO SANTANA

DISCENTE: MARIA THAÍS DE OLIVEIRA BATISTA

RESENHA

                

RECIFE – PE

2015[pic 4]

Teorias Sociais: as relações de trabalho como relações sociais de produção

O texto aborda as teorias estruturalistas da educação, em contrapartida das perspectivas funcionalistas, na verdade os autores trazem um delineamento de outros textos que discutem a temática, se tornando uma espécie de metatexto. O texto não deixa explícito uma concepção de estruturalismo, mas trás várias versões e pontua aspectos mais importantes que compõem as diferentes visões. Os autores não têm a pretensão de dizer nada, de dogmatizar algo, mas de mostrar que, por exemplo, a escola tanto pode ser um aparelho ideológico do Estado, quanto também pode ser um instrumento de transformação social, pela qual podemos frisar aqui, a necessidade de autonomia do professor mediante a imposição dos aparelhos ideológicos do Estado sob sua prática educativa, uma espécie de autonomia relativa, porém, que autonomia e até que ponto?

A perspectiva estruturalista segundo o texto, explica as relações sociais existentes na sociedade, que são ao mesmo tempo explicadas pelas relações de trabalho do modo de produção vigente, que se apresenta como a totalidade das relações econômicas, políticas, sociais e culturais de uma sociedade, que dão origem a reprodução em larga escala nesses diferentes setores, garantindo a sua estruturação.

O texto trás a discussão da teoria marxista sobre as lutas de classes e os aparelhos ideológicos do Estado, definindo o Estado como aparelho repressivo e as lutas de classes como ponto central deste, sendo que uma possível revolução dessa realidade, exige tanto apropriação do poder como destruição do aparelho. Segundo a teoria marxista, o modo de produção é o sistema, sendo possível entender a lógica e a dinâmica deste, porém, para isso, precisamos de um método de entendimento que irá trazer uma perspectiva dialética das forças produtivas.

Outra discussão presente no texto, são as relações existentes entre base, superstrutura e correspondência, sendo a base as relações estabelecidas no modo capitalista de produção, enquanto que a superstrutura são as instituições que estão baseadas nesse modelo de base, como a igreja, a escola e a família, reproduzindo as relações de trabalho dessa base, havendo, assim, uma correspondência entre ambas, compondo a totalidade.

Para a teoria marxista, o ser humano se faz nas produções, nas diferentes formas de produção da sociedade, afirmando que as transformações que acontecem na natureza, é a produção da própria vida na sociedade que se dar a partir do trabalho. Trabalho esse que produz o próprio homem nas relações sociais e a própria sociedade, sendo esse processo de produção transformador e criador de bens materiais e bens simbólicos. O processo de produção de bens materiais é simultaneamente um processo de produção da subjetividade, ou seja, para o marxismo o pensar não está dissociado dos processos do fazer.

O trabalho atende a satisfação de necessidades da sociedade humana, de forma não isolada, pelo qual precisam ser atendidas as suas necessidades básicas de alimentação, abrigo e de afeto, que são atendidas de forma conjunta ao processo de trabalho, produzindo-os nas relações sociais, nas relações de trabalho. Esse é um processo complexo nas relações de trabalho e pode ser transformado a partir das mudanças nas bases materiais e simbólicas. Desse modo, as relações de trabalho são relações sociais de produção.

Marx não trabalha diretamente o fenômeno da educação, mas deixa explícito no seu trabalho, um conjunto de sugestões para a educação, que vão ser apropriadas e trabalhadas por outros autores, que dão continuidade de forma diversificada ao seu pensamento, não existindo, assim, um marxismo único. Podemos citar algumas das suas contribuições para a educação, quando ele nos trás a noção de estrutura e de correspondência que estão presentes no modo base-superstrutura, pela qual encontramos os processos de autonomia relativa da escola, bem como a concepção do estruturalismo de que real finalidade dessa autonomia era sustentar a ordem de reprodução ideológica predominante.

Essas relações sociais vão implicar na produção da sociedade em processos de reprodução, pela qual encontramos a totalidade, abarcando todas as relações sociais, seja na esfera política ou privada, com a influência de mecanismos reguladores que querem manter essa totalidade a partir de formas repressivas e de legitimação simbólica no campo das ideias. Desse modo, o campo da Sociologia, das Ciências Sociais, nas suas diferentes vertentes, desde uma mais funcionalista-positivista, como numa vertente ligada a perspectiva histórico-crítica, necessitam compreender como é que acontecem os processos de produção e reprodução da sociedade.

Para o texto, existe um elemento que refere-se aos processos de reprodução que estará presente em todas as teorias, porém, se diferenciando em relação aos seus entendimentos, no modo de como acontecem os processos de reprodução na sociedade, tentando compreender, também, de que forma a escola aborda as questões ligas a reprodução, de como os atores sociais entendem o papel da educação na reprodução social, sendo assim, como uma sociedade consegue se manter? Se reproduzir?

Segundo os processos de reprodução, nós vamos ter necessidades de reproduzir a capacidade de tocar a produção, ou seja, não se pode pensar reprodução sem pensar os processos de produção, eles não estão dissociados. Tais processos de produção mudaram muito drasticamente em um determinado período, chamado de período medieval e feudal, na Europa, de modo que tem delineado características em que a formação das pessoas para o exercício daquela atividade é determinado, porém, nos processos de produção no surgimento das primeiras fábricas e indústrias, acontece um processo de transformação muito significativo de modificações em todos os níveis da sociedade.

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