Aula plano

Relatório reflexivo

O trabalho foi realizado com alunos de um 2º ano, crianças que variam entre 7 e 8 anos de idade. Nessa faixa etária, percebe-se que os alunos são mais críticos em relação aos seus desenhos, e que muitas vezes se recusam a entregar algo que esteja mal feito.

Durante as atividades vi que a maioria tem muito zelo em fazer o trabalho, pensam no grafismo e numa melhor maneira de apresentar o que foi pedido. Porém, quando dá se uma maior ênfase, ou seja, um melhor direcionamento no que é proposto, os desenhos torna-se criativos.

 Num primeiro momento, apresentei-me a sala e entreguei algumas folhas de sulfite. Disse a eles que poderiam desenhar o que quisessem, que ficassem a vontade. Quando me entregaram, comecei a analisar e perceber que não havia emoção e nem criatividade nas imagens, eram representadas “coisas” básicas, árvores com casas, nuvens, sol. Esse tipo de desenho foi o que mais fizeram.

Após a leitura do livro : BARULHO DEMAIS, de Max Velthuijs. Debatemos a história, fazendo roda de conversa e coloquei em discussão o cotidiano, onde o texto poderia entrar na nossa vida e entender o que o livro queria realmente nos contar.

A partir do momento em que pedi para que desenhassem a parte que mais gostaram, notei um maior empenho em desenhar a história e seus personagens. Pois aquilo realmente teve um significado, um direcionamento.

Segundo Viktor Lowenfeld “O importante é o processo da criança – o seu pensamento, os seus sentimentos, as suas percepções, em suma, as suas reações ao seu ambiente.” O professor tem o papel de proporcionar situações estimulantes, mas não criar situações que padronizem cores, formas e beleza. É então a criatividade que colocamos à frente de tudo. Às vezes pode não ser belo, mas quando vemos aquele grafismo criativo, colorido e cheio de formas, nos remete uma sensação de ingenuidade e pureza infantil.