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Blocos Lógicos de Dienes

Por:   •  4/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.406 Palavras (6 Páginas)  •  372 Visualizações

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Blocos Lógicos de Dienes[pic 1]

        O matemático húngaro Zoltan Paul Dienes criou uma metodologia para exercitar a lógica e desenvolver o raciocínio abstrato: os Blocos Lógicos. Dienes na década de 1950, demonstrou que as crianças de 5 anos poderiam chegar a um pensamento lógico mais elevado através do uso de material concreto, bem adaptado à sua idade. Imaginou um conjunto de materiais constituído por 48 peças de cores, formas, tamanhos e espessuras diferentes. O conjunto é composto de quatro formas (circular, quadrada, retangular e triangular); três cores (azul, vermelho e amarelo); dois tamanhos (grande e pequeno); e duas espessuras (grosso e fino). 

        Os blocos lógicos podem ser dados às crianças de diferentes faixas etárias, e recomenda-se que o professor vivencie antecipadamente os jogos, para que se sinta seguro em sua aplicação. Recomenda-se, também, ao professor que trabalhe individualmente com os alunos, incentivando as crianças que têm mais facilidade de assimilação a auxiliar na aplicação dos jogos em grupos, desenvolvendo assim o espírito de solidariedade.

   (1916-2014 – faleceu em janeiro com 98 anos de idade)

 

MANIPULAÇÃO DO MATERIAL CONTÍNUO

BLOCOS OPERATIVOS - DESCOBERTA DA LÓGICA

        A partir do momento em que as crianças já são capazes de comparar para estabelecer relações e classificar, o fato de ordenar com base em critérios pré-determinados não trará maiores dificuldades para elas.         Pode-se passar, agora, para um material que já foi construído com o objetivo bem preciso e que é definido como contínuo ou estruturado, pois permite o reconhecimento através do exercício das estruturas lógicas da mente.

        A Lógica foi considerada durante muito tempo como ciência filosófica, mas hoje é considerada uma ciência matemática, justamente pelo fato da sua linguagem desenvolver todo o raciocínio matemático.

        A introdução à Lógica na Educação Infantil tem como objetivo uma mudança da “situação de ensinar” para a “situação de aprender”, exigindo do professor uma mudança de atitude e de mentalidade, a fim de que a criança alcance o desenvolvimento do seu pensamento lógico e das suas estruturas mentais.

        As cores, as formas e as dimensões são propriedades, atributos, que se referem a objetos, constituindo-se o material-base das experiências matemáticas. Como são atributos fáceis de distinguir pelas crianças, os relacionamentos lógicos entre esses atributos são facilmente alcançados, desde que exercícios sejam convenientemente escolhidos e adaptados ao estágio de desenvolvimento da criança.

        É considerado contínuo ou estruturado porque permite o reconhecimento e o exercício de algumas estruturas lógicas da mente.

        Lógica   situação de aprender e não situação de ensinar[pic 2]

                                                                           

Variações:

Cor (azul, amarelo, vermelho)

Forma (triângulos, círculo, quadrado, retângulo)

Tamanho (grande e pequeno)

Espessura (grosso e fino)

        APRESENTAÇÃO

        O trabalho com os Blocos Lógicos é regido por quatro princípios, que são apresentados em quatro fases:

  1ª fase: Princípio dinâmico (a partir dos 2 anos)

         Consiste no contato direto com as 48 peças. Esse contato cria novos estímulos, não só para a estrutura do pensamento lógico, como também para o enriquecimento da memória.  É a aprendizagem através da descoberta, pois, através da manipulação das peças, a criança chega à descoberta dos atributos. Nesta fase, o professor deixa que as crianças explorem ludicamente todas as peças da caixa dos blocos.

  2ª fase: Princípio da Construtividade (3 anos)

        Nas experiências regidas pelo primeiro princípio, a criança verifica a objetividade dos conceitos e faz construções livres. Quando a criança já explorou bastante os blocos, começa a descobrir que existem pontos em comum entre as peças e separa-as segundo características, tais como: forma, cor, espessura ou tamanho. Por exemplo: em meio ao manuseio livre das peças, a criança separa todas as amarelas. Neste momento, o professor começa com os diversos exercícios que são sugeridos para serem executados com o auxílio dos cartões com atributos.

   3ª fase: Princípio da Variabilidade Perceptiva (4 anos e meio)

         Esse princípio baseia-se na exploração das mais diversas possibilidades de variações que funcionam como atributos de cada bloco.

        Através do constante manuseio do material, a criança interioriza o conteúdo da caixa com seus atributos e a relação entre eles. O importante é fazer com que a criança consiga perceber o que é variante ou invariante na relação entre determinadas peças e, para tal, o professor executa jogos com regras diversas.

   4ª fase: Princípio da Variabilidade Matemática (6 nos)

        As crianças, através de descobertas próprias, percebem diferenças e semelhanças entre as peças, estando, portanto, em condições de serem conduzidas a um estágio de abstração.

        Tendo sido apresentada às crianças uma mesma estrutura sob formas equivalentes e tão variadas quanto possível, através da realização de operações concretas, pela comparação, elas passarão à abstração matemática. Isto quer dizer: a criança é capaz de aplicar os conceitos adquiridos através dos diversos jogos lógicos a outras situações matemáticas.

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