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CIÊNCIAS NATURAIS: UMA RELAÇÃO DE DIFERENÇAS NA IGUALDADE

Por:   •  30/3/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.534 Palavras (7 Páginas)  •  165 Visualizações

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Curso

Licenciatura em Pedagogia

Disciplina

Conteúdos e Metodologia de Ciências Naturais II

Data

11/06/2017

Professor

Edson Gonçalves da Silva

Discente

Betânea Loureço Bertier, Cleonice da Matta Tirolti, Lucilene da Silva, Lucinéia S. de O. Jorge, Viviane M. M. de Oliveira

CIÊNCIAS NATURAIS: UMA RELAÇÃO DE DIFERENÇAS NA IGUALDADE

  1. A obra

O livro Ciências Naturais na Educação 2v.2 foi escrito pelos autores: Fátima Braga Branquinho, Maria Amélia de Souza Reis e Maria do Carmo Ferreira, publicado pela editora Tereza Queiroz no Rio de Janeiro pela Fundação CECIERJ em 2008 é composto por 4 unidades identificada por aulas da aula 21 à aula 28, com um total de 197 páginas.

  1. Os autores

Fátima Braga Branquinho licenciada em Biologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, tem mestrado em Educação pela Fundação Getúlio Vargas, Doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas, pós-doutorado no Centro de Sociologie de I’Innovation/ÉcoleNationaleSupérieur dês Mines de Paris e no núcleo interdisciplinar de Estudos sobre o Imaginário/CFICH/UFPE. Atualmente é professora do Departamento de Ciências Sociais e Educação da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Maria Amélia de Souza Reis possui mestrado e doutorado em Educação pela UFF (Universidade Federal Fluminense), além de pós-doutorado e estágio por intercâmbio internacional em Ciências da Educação pela Universidade de Coimbra, Portugal, em parceria com a UNIRIO

(Universidade Federal do Estado em parceria com a do Rio de Janeiro).

1.3 Ciências Naturais: uma relação de diferenças na igualdade

Esta resenha trata da primeira unidade do livro Ciências Naturais na Educação 2 escrito por Fátima Braga Branquinho, Maria Amélia de Souza Reis e Maria do Carmo Ferreira é resultado da segunda edição, publicada no Rio de Janeiro em 2008. A primeira unidade é composta pela aula 21- O ensino das Ciências da Natureza e os temas transversais nos Parâmetros Curriculares Nacionais -PCN e pela aula 22- Sexualidade e as relações degênero de ensino de Ciências Naturais.

Os autores partem da premissa de que o ensino de Ciências Naturais não se transformou efetivamente e ainda trazem fortes traços de uma educação bancária e tecnicista de memorização onde a teoria e prática não fazem sentido, pois, não sabemos como utilizar tais conhecimentos em situações da vida cotidiana.

Houve poucas mudanças nos livros didáticos os conteúdos programáticos continuam fragmentados e ensinam coisas da Natureza como se não fizéssemos parte dela, na sala de aula se aprende que o corpo humano é um conjunto de órgãos sistemas e funções que se relacionam, mas são estudados isoladamente dando a idéia de que o corpo é somente uma máquina que consome energia e produz trabalho. É conveniente para uma pequena e poderosa camada da sociedade que a massa social tenha a idéia que é preciso conhecer a parte e não o todo. A metodologia de ensino empregada está defasada que acabam ignorando o potencial do saber e das vivências trazidas pelas crianças para a escola. Conforme afirma BRANQUINHO; REIS; FERREIRA, (2008):

Nas metodologias empregadas, assistimos com freqüência à utilização de práticas repetitivas e evasivas, experimentações exauridas de conteúdos ou isoladas de uma realidade conceitual mais ampla. Exercícios para casa para que os alunos completem frases sem nexo ou questionamentos cujos resultados pedagógicos podem ser duvidosos, além de assuntos, quase sempre fragmentários e tratados isoladamente sem preocupação de atender à construção de um sistema conceitual mais geral.

Para os autores é preciso repensar o ensino de Ciências e Saúde na escola de forma à situar-los histórica e socialmente com uma metodologia fundamental para uma educação progressista e libertadora, os autores trazem ainda três passos fundamentação para se encaminhar a essa mudança.

  •  O conhecimento universal acumulado pela humanidade ao longo da História, seja ele de natureza política, científica, cultural, social e de si mesmo, e que possa servir às suas necessidades e objetivos de vida;
  • os instrumentos teóricos adequados para fazer crítica desses conhecimentos, renovando-os, atualizando-os, e mesmo recriando-os e superando-os, de modo a identificá-lo sem seu caráter histórico-cultural
  • os instrumentos práticos para teorização da própria prática, construindo, a partir daí, novos conhecimentos adequados aos objetivos de transformção da realidade do mundo, e de si próprio. (BANQUINHO;REIS;FERREIRA, 2008, p.15)

Esses passos direcionam o profissional da educação a um novo tipo de competência pedagógica que prioriza o trabalho em grupo com posicionamento político claro e objetivo, onde os objetivos devem estar claramente definidos e entendidos por todos para que as atividades sejam planejadas organizadas e encaminhadas com intuito de atender os objetivos propostos. Ao final desse processo faz-se a avaliação comparando os objetivos definidos pelo grupo aos problemas colocados e às atividades desenvolvidas, para então se redefinir necessidades e objetivos ou reorganizá-los.

Os PCN- Parâmetros curriculares Nacionais surgem para superar o academicismo e reducionismo das disciplinas com uma proposta de conteúdos como elementos colaboradores da compreensão de mundo de forma globalizada destacando os temas transversais, estudo do meio ambiente, orientação sexual e ética, saúde e multiculturalidade, como suporte para nortear o planejamento de aulas e currículos fazendo com que as vivências comunitárias se encaixem em disciplinas estanques. No entanto essas políticas não foram implementadas com sucesso por vários motivos e o principal deles é a falta de recursos financeiros. Vale ressaltar que para construir um novo conceito de ensinar e aprender é necessário que se reflita sobre interdisciplinaridade e transversalidade nos PCN tendo por enfoque curricular as preocupações mais agudas da sociedade atual.

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