COMPORTAMENTO HUMANO: A SOCIEDADE, A HISTÓRIA SOCIAL E A EXPRESSÃO DOS SENTIMENTOS
Por: JAQUEBRITO2016 • 29/1/2017 • Monografia • 3.832 Palavras (16 Páginas) • 741 Visualizações
COMPORTAMENTO HUMANO: A SOCIEDADE, A HISTÓRIA SOCIAL E A EXPRESSÃO DOS SENTIMENTOS
Santa De Brito Souza
RESUMO: Objetiva-se neste artigo, discutir como o ser humano expressa os seus sentimentos quando não está bem consigo mesmo e identificar como funciona a parte mental quando uma pessoa sofre alterações de comportamento. O comportamento humano vem sendo analisado há muito tempo, procurando esclarecer fatos que acontecem no cotidiano e na relação com as outras pessoas. Pesquisas feitas por psicólogos e analistas mostram como a sociedade se comporta e se adapta ao meio de convivência. Entrando em um assunto complexo e único sobre os sentimentos que surgiram com as mudanças ocorridas na sociedade através de acontecimentos no mundo contemporâneo. A metodologia de coleta de dados é qualitativa por meio de levantamento bibliográfico. A fundamentação teórica tem como fio condutor os estudos de Viscott (1938), Psique (2012), entre outros.
Palavras-chave: Comportamento. Sociedade. Sentimento
1 INTRODUÇÃO
Há necessidade do homem explicar os fenômenos que ocorrem, tanto na natureza quanto com o comportamento humano, o que leva-o de volta ao início de tudo, a origem. O comportamento humano não muda (ciência & vida, ano II). Os estudos sobre o assunto não são recentes, pois vem desde as primeiras civilizações quando houve a necessidade de se entender melhor sobre o comportamento humano.
Assim, este tema subjetivo passou a ser ponto de reflexão aos filósofos. Assim, objetiva-se, neste artigo, discutir como o ser humano expressa os seus sentimentos quando não esta bem consigo mesmo e identificar como funciona a parte mental quando uma pessoa sofre alterações de comportamento. O comportamento humano vem sendo analisado há muito tempo, procurando esclarecer fatos que acontecem no cotidiano e na relação com as outras pessoas.
2 COMPORTAMENTO HUMANO: CONCEITOS TEÓRICOS
Este estudo sobre o comportamento busca na Etologia que (In: PSIQUE, revista 2012), trata do "comportamento humano em sociedade". E para compreender o comportamento humano é preciso voltar à origem da espécie. Observando desde o princípio como as espécies se comunicavam e qual a ligação do "início" para os dias de hoje. Nossa sociedade vivenciou vários momentos de mudanças, as quais afetaram totalmente o comportamento do homem para com o homem.
Uma dessas mudanças que aprofundo neste artigo é a dos sentimentos, como a depressão, o stress, a ansiedade e a raiva, que a mudança do comportamento trouxe para a rotina do mundo contemporâneo. Nesse sentido, David Viscott (1938) aborda que, o homem contemporâneo deve afastar-se de certos sentimentos que as mudanças contemporâneas trouxeram para a humanidade.A maioria dos comportamentos pode ser adaptativa, mas não herdados diretamente, os quais podem ser especificamente codificados ou programados.
A revista Ciência & vida (Psique, n°6, ano ll) aborda que, o ser humano herda as estruturas cognitivas, ou módulos mentais, que são as adaptações referentes ao comportamento. E são os módulos mentais, na sua interação com o ambiente em que vivemos que produzem comportamentos dentro de cada contexto cultural ou em cada sociedade. Quando uma pessoa se associa a um grupo de indivíduos que aspiram coletivamente ao aumento da potencia de agir, proporciona-se o aprimoramento das condições de vida da sociedade. Efetivada principalmente a partir do momento em que há compreensão da importância do relacionamento social, que potencializa o núcleo de forças vitais da coletividade, a “multidão”, a qual, nessa perspectiva, não pode ser confundida com o usual termo “massa”.
Por conseguinte, conforme a perspectiva estabelecida por Michel Hardt e Antonio Negri no livro "Multidão" (2005) e no livro "Guerra e democracia na era do império" (In: revista ciência & vida, 2012). Assim: [...] Enquanto a „multidão‟ representa o anseio de transformação social e a potência empreendedora dos membros de uma sociedade, a 'massa', por sua vez, seria a desarticulação dos indivíduos enquanto membros dessa sociedade, alienada das suas próprias potencias intrínsecas de criação (Ciência & Vida, 2012, p. 05). Dessa maneira, abre-se uma perspectiva renovadora para o estudo filosófico das erupções populares na sociedade contemporânea, resgatando a sua força política como um processo efetivo de transformação social em nossa realidade, está regido pela cultura nos seus mais diversos níveis.
O individuo consciente do seu poder singular perante os ditames da padronização do gosto social é capaz de lutar contra essas determinações alienadas, também a coletividade social se une em prol da ampliação da qualidade de vida e da afirmação dos seus direitos políticos perante uma realidade social que se caracteriza justamente pelo vazio do espectro político. Os sentimentos, na concepção de David Viscott “são nossa reação ao que percebemos e por, sua vez, eles colorem e definem nossa percepção do mundo” (IBIDEM,1938, p. 11).
Sendo assim, com todos esses acontecimentos que submetem o ser humano a ter alguns sentimentos caracterizados por depressão, por exemplo, quando ocorre a morte de um filho, a mãe se encontra em uma situação total de abandono do amor de seu filho. Vendo que ele se foi para sempre reage de forma depressiva. Para Viscott, esse tipo de sentimento surge quase como uma explicação ao acontecimento anterior, ou até mesmo posterior. A ansiedade mostra seus sentimentos devido a acontecimentos de espera ou de perdas. Estes sentimentos são manifestados nas desilusões, nas contradições entre outros artefatos que deixam alguns indivíduos incapacitados de se associar novamente a algo já ocorrido, como uma paixão que teve um desfecho ruim, ou possivelmente uma guerra ocorrida em sua terra, um desentendimento no trabalho ou até mesmo em família.
O englobamento dos termos caracterizadores de sentimentos pelos quais as pessoas demonstram ou que vivem sempre rodeando suas mentes, não é tão distante nas interações que ocorrem na convivência cotidiana. Desta forma, é necessário analisar o cotidiano das pessoas, comparando a mudança de comportamentos devido aos acontecimentos anteriores. Tendo para fazer uma análise sobre como o comportamento humano se altera ou muda durante uma conversa, ou no trabalho, e como interações afetam os sujeitos, levando-os aos emaranhados que é a vida humana, às mudanças de comportamento. Conforme Viscott (1938), o homem é organizado em sociedade, por isso se depara com uma linha de pensamentos que se entrelaçam, marcando vertentes distintas e as trazem para o meio de convivência.
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