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CONTAÇÃO DE HISTÓRIA: UMA FORMA LÚDICA DE APRENDIZAGEM

Por:   •  25/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.444 Palavras (14 Páginas)  •  807 Visualizações

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CONTAÇÃO DE HISTÓRIA: UMA FORMA LÚDICA DE APRENDIZAGEM

RESUMO:
Esse artigo trata a respeito da influência da contação de histórias para o desenvolvimento infantil, visando compreender como ela influencia na aprendizagem da criança, argumentando sobre a sua importância para o desenvolvimento individual e social das crianças. Os principais resultados apontaram que: dentro de uma perspectiva do desenvolvimento humano os professores estão em um momento especial da vida dos alunos, no que se refere à construção de novas aprendizagens sociais e cognitivas. Atualmente, os educadores estão preocupados em proporcionar as crianças formas de conhecimentos diversificados, em conjunto com as escolas que procuram oferecer bons livros aos alunos, criando condições necessárias para que o professor e a criança desenvolvam essa atividade. 




1. INTRODUÇÃO

Estamos diante de uma sociedade contemporânea em que muitas coisas tomaram novas formas e significados diferentes. A tradição de alguns costumes vai se perdendo com o passar do tempo. Mas contar histórias é uma tradição que continua viva e apesar de ter ganhado novos elementos necessários à nossa época guarda a sua essência exatamente como começou, ou seja, transmitindo conhecimentos, saberes, lendas, mitos de geração em geração. Os pais nunca deixaram de contar histórias aos filhos, nem os professores, nem as amas de leite, nem os avôs, nem os tios e tantos outros. As crianças nunca deixarão de querer ouvir histórias. Há sempre alguém a contar uma história.
Objetivamos com esse artigo apresentar as características da Contação de Histórias e argumentar sobre a sua importância para o desenvolvimento individual e social das crianças. Para demonstrar esse ponto de vista buscamos conhecer diferentes formas de se contar história e compreender como elas contribuem no despertar nas crianças o prazer pela leitura. Caracterizar meios divertidos e atraentes para contar história no Ensino Fundamental; compreender aquilo que é real e o imaginário. Além disso, procuramos compreender a importância da gesticulação, da entonação de voz e preparação do espaço na contação de histórias. 
Procurando responder ao problema que nos instigou a essa pesquisa, o qual questionava se a utilização de diferentes técnicas para a contação de histórias atende as necessidades reais de aprendizagem e desenvolvimento das crianças, inicialmente fizemos uma pesquisa bibliográfica em busca de novas informações que nos permitisse aprofundar os conhecimentos que detínhamos sobre o tema em questão. Em um segundo momento realizamos uma pesquisa de campo, em duas salas de aula de uma escola da rede Municipal de ensino de Itumbiara, nas quais colocamos em prática a teoria adquirida. Nesse momento realizamos um momento de contação de história com os alunos das salas elegidas. Posteriormente a essa etapa da pesquisa, buscando avaliar e conhecer a prática pedagógica, no que se refere a contação de história,elaboramos um questionário e solicitamos que vinte professores que atuam nos Anos Iniciais os respondesse. 
Este trabalho se caracterizou como um estudo de campo onde as alunas participaram ativamente com as crianças na hora da contação de histórias, visando aprimorar essa atividade juntamente com os professores da escola selecionada. Esse tipo de pesquisa, segundo Gil (2002), visa o envolvimento e a resolução de um determinado problema, sempre com base em diálogo para se chegar a um consenso, através da ação daqueles que na pesquisa estão envolvidos.
Os dados coletados através das observações feitas pelas alunas durante as atividades de contação de história, bem como por um questionário semi-estruturado destinado às observações dos professores das séries envolvidas no projeto, foram analisados quantitativa e qualitativamente, buscando aprender as subjetividades e compreendê-las com base nos fundamentos teóricos que orientam este estudo, bem como procurando fazer um paralelo entre o que acontece na realidade de sala de aula e o que deveria ocorrer durante as horas de contação de histórias, bem como as impressões das crianças e das professoras sobre os instrumentos diferenciados que podem ser utilizados na arte da contação de histórias e como eles podem contribuir para a formação de futuros leitores e contadores de histórias.
Esse trabalho justificou-se pela importância de levar para dentro das escolas, especialmente no Ensino Fundamental, formas diferenciadas de contação de histórias, e como instrumento de aprendizagem motivando as crianças para que elas tenham um momento de fantasia e faz-de-conta. Esta é uma maneira fundamental para desenvolver valores como: amizade, limite, tolerância e o cognitivo.

2. DESENVOLVIMENTO

A contação de historia é uma forma lúdica de aprendizagem infantil. Ela pode ser utilizada como prática nas salas de aula, a didática utilizada para d contar historias pode influenciar no aprendizado e na formação de crianças de 2 a 5 anos. Nem sempre contar histórias infantis nas creches e escolas de ensino fundamental é uma prática estimulada e valorizada, a escola não pode ser vista como única detentora do saber, ou uma mera transmissora de informações. “Ela precisa ter como papel desenvolver a criatividade em seus alunos. Os alunos devem atuar como sujeitos e não como meros receptadores de informações.” (Libanêo, p.19).
Os professores podem valorizar a contação de histórias, mostrando que isso é muito importante no desenvolvimento da criança. Com essa atividade ela usa a imaginação, ou seja, cria seu próprio mundo, “o das fantasias”. Levar o faz de conta até as crianças é sustentar o imaginário, é ter a curiosidade respondida em relação a muitas perguntas, e encontrar idéias para solucionar questões. A criança deve ser estimulada a partir da mais tenra idade a ter gosto da leitura. Não importa que a criança não saiba ainda fazer a leitura de um livro, pois o professor deve ler e assim dar esta referência de leitura para ela.
A literatura infantil pode ser usada como recurso lúdico desenvolvendo na criança um comportamento prazeroso. A contação de historias é uma forma criativa para qualquer criança aprender por meio de uma atividade prazeroso, em que poderá expressar sua percepção de mundo.
O conceito de leitura é muito amplo e complexo, pois podemos ter em mente alguém lendo jornal, revista, folhetos, contudo é comum pensarmos em leitura de livros. O ato de ler é usualmente relacionado com a escrita, e o leitor visto como decodificador da letra.
Conforme Paulo Freire (1997, p. 11):

“(...) o ato de ler não se esgota da decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita, mas que se antecipa e se alonga na inteligência do mundo. A leitura do mundo precede a leitura da palavra (...) linguagem e realidade se prendem dinamicamente.”

FRANTZ (1997), no livro “O ensino da literatura nas séries iniciais” faz um levantamento intrigante, onde observa que até meados do século 19, não existiam praticamente livros de leitura nas nossas escolas.
A partir da segunda metade do século 19, começaram a surgir livros de leitura destinados especificamente as séries iniciais de escolarização, mas alguns ainda eram impressos na Europa.
Já na década de 70, surgem inúmeras séries de livros de literatura e, ao contrário do que acontecia no passado, cada livro passa a ter um tempo menor de utilização na escola. Anteriormente, alguns compêndios sobreviviam no cotidiano das salas de aula por quarenta a cinqüenta anos. A mudança decorreu tanto da necessidade de constante atualização do conteúdo quanto do desenvolvimento das pesquisas, que a cada dia modificavam o conhecimento pedagógico. 
A escola tem falhado e muito na condução do processo, no que se refere à formação do leitor. Ela não tem conseguido mostrar ao aluno a beleza, a magia, o prazer, a satisfação que uma boa leitura de obras literárias pode proporcionar ao seu leitor. O aluno não consegue perceber a leitura literária como uma atividade significativa e gratificante em sua vida, e por isso não se interessa por ela. 
Segundo Terzi (1997) a melhora na qualidade de ensino que tanto buscamos só vai ser alcançada quando a escola formar, de fato, leitores. Não podemos esquecer também que em uma “sociedade letrada”, a leitura é condição primeira, indispensável para o exercício da cidadania. Assim, se o professor das séries iniciais tiver sucesso em iniciar seus alunos pelos caminhos da leitura através da literatura infantil, e a esse trabalho for dada continuidade pelos professores das etapas seguintes, temos certeza de que a escola brasileira conseguirá dar um grande salto de qualidade e o professor-alfabetizador bem como os demais, terão cumprido da melhor forma a sua missão de educadores.
O trabalho de leitura na escola segundo Fernandes (2003) tem por objetivo levar o aluno à análise e à compreensão das idéias dos autores e buscar no texto os elementos básicos e os efeitos de sentido. É muito importante que o leitor se envolva se emocione e adquira uma visão dos vários materiais portadores de mensagem presentes na comunidade em que vive. Cada vez mais se valoriza a leitura por prazer, o que seria proibitivo no passado, quando os ensinamentos morais e instrutivos eram postos muito acima de um eventual prazer na leitura.
Segundo Santos e Simão (1991) o aluno vem para a escola apresentando as seguintes dificuldades: vocabulário pobre, falta de organização do pensamento, falta de organização na estrutura das orações, problemas de concordância na articulação das palavras. Por isso mesmo, a linguagem oral deve ser planejada através de experiências organizadas a fim de oferecer às crianças reais condições para falar e se fazer compreender, fazendo com que desenvolvam a organização de estruturas de orações, a concordância das palavras, um vocabulário mais rico.
A Linguagem Oral Informal compreende todos os momentos em que o aluno é motivado a falar através de incentivos, tais como: temas para conversas, poesias e coro falado, estórias e dramatizações, hora da novidade e apresentações, exploração de gravuras e composição oral.
Acreditamos que o professor deve utilizar-se, em história, de elementos distintos (voz, expressão corporal, ambiente propício, horário adequado, e em alguns casos de vestimenta apropriada), pois elas apresentam progressão temporal, agentes, sujeitos históricos e fatos interligados; em geografia, da descrição do homem no seu meio, através da descrição do espaço físico e das relações entre o meio natural e os grupos que o ocupam; em matemática, utilizando a dupla linguagem; em ciências, utilizar-se da teoria que pode ser comprovada, levando os alunos a identificar a relação entre a disciplina com a sociedade e a tecnologia.
Algumas crianças, quando chegam à escola, já são capazes de representar o que lêem, pois interagem completamente com um livro de que gostam, contando de forma clara e objetiva a história que o livro traz impresso, ou ainda tentando decifrar as imagens ali colocadas, embora ainda não sejam capazes de ler. Isso se dá quando essa criança possui uma boa quantidade de informação previamente adquirida, através de experiência direta e repetida, habitual, de ver os adultos ler em voz alta ou contato com livros. Estes alunos serão, provavelmente, bons leitores, pois, são certamente oriundos de um ambiente de aprendizagem.
Porém, ler somente não basta. É importante que o aluno entenda o que leu e isso só ocorre mediante a interação escritor – texto – leitor. Para tanto, faz-se necessário um trabalho consciente, dialógico com a linguagem em uso, numa concepção sociointeracionista, onde professores e alunos são parceiros nessa caminhada rumo à construção de sentido do texto, constituindo-se através da interlocução.
O exercício da leitura, como se encontra atualmente nas escolas, não vai além de mera decodificação de signos gráficos, os quais são permeados de fragmentos de livros didáticos, para não fugir à regra imposta aos longos dos tempos da história do ensino em nosso país. Tal postura transforma o ato de ler enfadonho, acrítico, mecânico e, dessa forma, distante o ato de ler ao prazer, que permita a leitura como fonte de lazer.
O público infantil precisa ser estimulado. Criando-se fantasias, despertando o seu potencial imaginativo, aflorando seu pensamento infantil e sua capacidade intuitiva. Por esta perspectiva, a literatura infantil denota esta preocupação, tornando o ensino menos teórico e fatigante. Segundo CADEMARTORI (1994)

“A literatura, por sua vez, propicia uma reorganização das percepções do mundo e desse modo, possibilita uma nova ordenação das experiências existenciais da criança. A convivência com textos literários provoca a formação de novos padrões e o desenvolvimento do senso critico.” (CADEMARTORI,1994)


O conto de fada surge na França de fins do século XVII sob iniciativa de Charles Perrault (1628-1703). Foram as narrativas folclóricas contadas pelos camponeses, governantas e serventes que forneceram a matéria-prima para estes contos. Assim, veio a público “A Bela Adormecida no Bosque”, “Chapeuzinho Vermelho”, “O Gato de Botas”, “As Fadas”, “A Gata Borralheira”, “Henrique do Topete” e “O Pequeno Polegar”. Portanto, antes de ter sido voltado para as crianças, o conto de fada foi originalmente criado tendo-se em mente os leitores adultos. (COELHO, 1997).
Em todas estas estórias havia a intenção de se transmitir determinados valores ou padrões a serem respeitados pela comunidade ou incorporados pelo comportamento de cada indivíduo. Segundo COELHO (1997)

O conto de fada é de natureza espiritual/ética/existencial. Originou-se entre os celtas, com heróis e heroínas, cujas aventuras estavam ligadas ao sobrenatural, ao mistério do além - vida e visavam a realização interior do ser humano. COELHO (1997)

É por esta razão que até hoje se vê o conto de fada mais como um instrumento pedagógico do que como uma arte literária. Em todos os níveis de escolaridade deve haver tempos e espaços para as histórias infantis, pois sabemos que passam por várias gerações, os temas dessas histórias, têm a incrível capacidade de viajar pelo mundo, trocando apenas de roupa, já que a essência não muda. A criança leitora recria seu próprio texto a partir de outros que explora.

2.1 ANÁLISE DO RELATÓRIO

Nosso estudo focou-se nos professores, que dentro de uma perspectiva do desenvolvimento humano estão em um momento especial da vida dos alunos, no que se refere à construção de novas aprendizagens sociais e cognitivas. 
Os professores participantes da pesquisa são oriundos de escolas Públicas Municipais e Estaduais, nas quais analisamos como o professor pode contribuir para despertar o interesse das crianças nas leituras de obras literárias, colaborando para a formação e para melhoria de seu senso crítico. 
Pelas informações encontradas ao longo da investigação, verificamos que, os educadores estão preocupados em proporcionar as crianças formas de conhecimentos diversificados, em conjunto com as escolas que procuram oferecer bons livros aos alunos, criando condições necessárias para que o professor e a criança desenvolvam essa atividade. O objetivo dessa atividade é trabalhar as habilidades individuais, respeitando a diversidade, relacionando conteúdo ao cotidiano, ampliando horizontes na pluralidade cultural e linguística, no sentido de formar um cidadão que valorize a vida e seja atuante na sociedade.
Todos os educadores compartilharam reflexões relativamente profundas sobre como a contação de histórias é benéfica para o desenvolvimento cognitivo da criança. Veja a resposta dada por um participante sobre a pergunta: De acordo com sua formação pedagógica, de que maneira a contação de história pode influenciar na formação das crianças? “Através da ludicidade presente na contação de histórias a criança desenvolve o pensamento crítico e reflexivo”.
Os educadores foram unânimes em afirmar que a contação de histórias favorece o desenvolvimento de valores como amizade, respeito, compreensão, afeto e principalmente disciplina. A educadora “A” discorreu sobre a pergunta: De que forma o profissional da educação pode valorizar a contação de história? “Desenvolvendo o hábito da leitura constantemente, em pequenas leituras com gravuras grandes e coloridas, depois gradativamente oferecer vários tipos de leitura como poemas, fábulas, uma boa leitura e a maneira de ser contada não é substituída nem mesmo pela grande tecnologia dos DVDs. O educador deve ser bastante criativo na maneira de contar as histórias para prender a atenção do aluno.” 
É na infância e no início da adolescência que os educadores podem contribuir para o desenvolvimento social humano de uma maneira especial, obtendo resultados favoráveis e duradouros. A qualidade e a intensidade das respostas obtidas nessa pesquisa mostram que o educador vem satisfazendo as necessidades físicas e psicológicas da criança no percurso do desenvolvimento infantil. Isso pode ser observado no cotidiano das escolas.
A educadora “B” concorda que o professor pode valorizar a contação de histórias, mostrando a sua importância no desenvolvimento infantil e despertando nas crianças a curiosidade, através de exemplos e sempre levando para dentro da sala de aula obras literárias. Tal atividade exige que os educadores tenham conhecimento para saber adequar os livros às crianças de acordo com sua faixa-etária. 
A educadora “C” também concorda com essa visão em relação ao despertar o interesse de seus alunos para a leitura, ao comentar que reconta as histórias usando os alunos como se fosse o próprio personagem, através de fantoches, assim é priorizado o momento prazeroso da leitura.
Nessa definição, o educador pode ser considerado um dos melhores mediadores do desenvolvimento das crianças. As aprendizagens construídas na escola, muitas vezes, são as mais relevantes para a vida das pessoas. E ainda, os educadores escolares podem oferecer condições melhores de desenvolvimento aos educando. Tal aprendizagem de âmbito escolar, além de oportunizar uma relação íntima com o saber, tem funções de socialização. 
Assim sendo, a contribuição que os educadores deram para a pesquisa foi fundamental para provocar reflexões sobre o tema abordado e confirmar que a contação de história é muito importante para o desenvolvimento infantil.
É imprescindível que o educador atuante na fase inicial do processo de construção da identidade promova situações onde a criança reconheça suas particularidades e interaja entre elas, seja qual for à faixa etária. 
Os primeiros anos de vida são anos verdadeiramente de educação. De acordo com a educadora “D”, às vezes uma simples leitura pode trazer o sorriso de uma criança ou fazer com que ela viaja no tempo ao ouvir as histórias.
Analisando os gráficos abaixo, foi constatado que 55% dos professores questionados consideram que a escola oferece bons livros de literatura infantil para seus alunos. Isso mostra que as escolas reconhecem a importância da contação de história no desenvolvimento infantil. Além disso, 75% desses professores afirmam que a escola não tem falhado na condução do processo de formação do leitor.




No que se refere à leitura, há unanimidade entre os professores questionados, ao concordarem que num conto, bem contado, a criança aprende a ouvir e a se concentrar. Eles consideram também que a contação de histórias contribui significamente para o desenvolvimento das crianças, acreditando que ao ouvir histórias, proporcionam a elas momentos de prazer.
Baseado no relato das profissionais da educação, o ato de contar histórias, associando a sua prática educacional, contribui de forma significativa e produtiva para a construção da aprendizagem infantil. A contação de histórias é uma ferramenta a ser utilizada para a melhoria da construção do imaginário infantil e também como uma forma de ensinar o conteúdo escolar.
É importante salientar a preocupação de que as crianças desenvolvam e ampliem suas habilidades, e que conheçam e compreendam melhor o mundo que a cercam. É essencial que se crie situações em que possibilite o envolvimento da criança num momento lúdico e principalmente prazeroso.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com esse trabalho foi possível comprovar na prática que a contação de histórias desperta nas crianças uma grande atenção, concentração, entusiasmo e participação. As crianças se envolveram de uma forma satisfatória, manifestando suas opiniões sempre engajados com a história. Diante disso acreditamos que a contação de histórias é o portal que leva as crianças ao mundo dos livros, permitindo que literatura seja para a criança o espaço fantástico para a expansão do seu ser, exercício pleno da sua capacidade simbólica vista trabalhar diretamente com elementos do imaginário, do maravilhoso e do poético. Amplia o universo mágico, transreal da criança para que esta se torne adulto mais criativo, Integrado e feliz. 
Diante destas considerações os professores devem valorizar a contação de histórias, a partir da compreensão da importância dessa prática para o desenvolvimento infantil. Vemos que o educador pode preparar seu trabalho a partir do conhecimento que tiver sobre a organização das histórias infantis, que são histórias que podem provocar o imaginário infantil, permitindo que os alunos liberem seus sonhos. Na mediação do trabalho, as crianças criam possibilidades, levantam hipóteses sobre as histórias eapontam as relações sobre os acontecimentos. 


4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COELHO. Bethy. Contar histórias: uma arte sem idade. São Paulo: Ática, 1996.
http://www.rosangelatrajano.com.br/contacaohistorias.pdf 17h43min 
CARVALHO, Bárbara Vasconcelos de. A Literatura Infantil: Visão histórica e crítica. 6° ed. São Paulo: ed. Global. 1989
CADEMARTORI, Lígia. O que é literatura infantil. 6°ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. 
FERNANDES, Maria. Artigos. Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas. Rio de Janeiro, 2003.
FRANTZ, Maria Helena Zancan. O ensino da literatura nas séries iniciais. 2 ed. Ampl. – Ijuí: Ed. UNIJUÍ, 1997. 111 p.: il.
FREIRE,Paulo.Pedagogia da Autonomia:Saberes necessários à prática educativa.São Paulo:Paz e Terra,1997.
GIL,Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4.ed .São Paulo:Atlas,2002.
LIBÂNIO, José Carlos. Adeus professor, Adeus professora? Novas exigências educacionais e profissão docente. 9. ed. Ed. Cortez, 2010. 104 p.
SANTOS, Gláurea Basso; SIMÃO, Sueli Parada. Processo de alfabetização: subsídios para um trabalho eficiente. Editora Ática, 7ª Ed. 1991.
PERRAULT. Charles O Capuchinho Vermelho. In Os melhores Contos de Perrault, 1967.
TERZI, Sylvia Bueno. A Construção da Leitura: uma experiência com crianças de meios iletrados. Campinas, SP: Pontes: Editora da UNICAMP, 2 ed, 1997
ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. São Paulo: Global Editora, 1986.
__________________. A literatura infantil e o leitor. São Paulo: Ática, 1991.

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